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quinta-feira, 11 de abril de 2024

05 FATOS PARA SE SABER SOBRE DP- DOENÇA DE PARKINSON

 



Dia 11 de abril é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson e informar-se sobre essa e outras doenças pode ser fundamental para assegurar uma qualidade de vida. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o problema.

1. O que é a doença de Parkinson e como se manifesta?

A doença de Parkinson é uma doença neurológica, crônica e progressiva, sem causa conhecida, que atinge o sistema nervoso central e compromete os movimentos. Quanto maior a faixa etária, maior a incidência. Do ponto de vista não motor, é comum que o paciente relate, cerca de 20 anos antes, sintomas como constipação intestinal e a perda de olfato.

Os principais sintomas motores da doença de Parkinson e que direcionam para fazer o diagnóstico são: tremor de repouso, que aparece quando a pessoa está sentada e com a mão descansada - e tende, no início, a desaparecer quando a pessoa usa aquela mão para fazer alguma coisa - ; a bradicinesia, que faz com que a pessoa tenha dificuldade em realizar movimentos voluntários e promove a lentificação de reflexos e movimentos do corpo; rigidez muscular; e curvatura da postura para frente, o que chamamos de antero-flexão do tronco.

2. Qual a faixa etária que a doença de Parkinson acomete? Os números estão crescendo?

Sem dúvida, é uma doença cuja prevalência aumenta conforme nós envelhecemos, particularmente a partir dos 60 anos de idade. Se pensarmos que atualmente a população vem, gradativamente, invertendo a pirâmide etária, é natural que haja maior chance dos casos crescerem. O que aumenta a necessidade de conhecimento sobre a doença e pesquisas para que tenhamos tratamentos cada vez mais eficazes para o controle.

3. A doença de Parkinson é hereditária?

A doença de Parkinson pode ser hereditária, porém isso acontece em uma minoria dos casos e que normalmente começam em uma idade precoce, entre 30 e 40 anos. Classicamente, os sinais aparecem por volta dos 60-65 anos de idade. Quando há o fator genético, é possível mapear alguns genes já conhecidos, o que pode, no futuro, facilitar o estudo e, potencialmente, melhorar a abordagem desses casos.

4. Tem como prevenir?

Até o momento, a causa para o desenvolvimento do Parkinson é desconhecida. Estudos apontam que exposição a pesticidas, uso de substâncias estimulantes, aumento do estresse oxidativo celular podem contribuir, mas não há ainda uma causa única para explicar o aparecimento da doença. E, por isso, não há nenhuma recomendação preventiva.

O que existe hoje são evidências suficientes que apontam que a realização de atividade física, 150 minutos por semana, reduz significativamente os sintomas.



5. Qual o tratamento?

Além da atividade física, há algumas opções: medicamentoso, fisioterápico e até cirúrgicos, em alguns casos. Nos casos medicamentosos, os tratamentos aumentam a disponibilidade de dopamina no sistema nervoso central, neurotransmissor responsável pela transmissão de sinais na cadeia de circuitos nervosos. Quando indicado o tratamento cirúrgico, chamado de DBS (Deep Brain Stimulation), é como se um marca-passo fosse inserido em regiões profundas do cérebro para estimulá-lo. Há também muitas dúvidas sobre o uso do canabidiol para tratar a doença de Parkinson, mas até o momento não existem evidências suficientes para que a gente recomende o uso. Importante também ressaltar que cada paciente deve ser avaliado de forma individual pelo seu médico.



DIA MUNDIAL DA DOENÇA DE PARKINSON - 11 DE ABRIL

 


No dia 11 de abril é celebrado o Dia Mundial da Doença de Parkinson; o distúrbio neurológico marcado pelos tremores nas mãos é comum em uma a cada mil pessoas. Ainda hoje, uma série de estigmas é associada à doença, tornando a conscientização da temática cada dia mais necessária. 

“Com a doença diagnosticada e tratada adequadamente, o paciente consegue viver com ela em uma condição de vida bastante elevada”, comenta o professor Egberto Reis Barbosa, chefe do Ambulatório de Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento da Divisão de Neurologia Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. 

Doença neurodegenerativa 

A doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa de prevalência alta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de quatro milhões de pessoas são afetadas por ela, o que representa cerca de 1% da população mundial a partir dos 65 anos. “À medida que o contingente de pessoas idosas aumenta, o número de pacientes com a doença de Parkinson também vai aumentando progressivamente”, explica Barbosa. 


Doenças neurodegenerativas são conhecidas como proteinopatias, ou seja, uma proteína, que normalmente é produzida no cérebro, apresenta uma função na transmissão sináptica. Essa sofre uma degeneração estrutural, fator que leva à perda neuronal progressiva. “Nessa doença, o principal problema é a perda de neurônios em uma região do cérebro que se chama substância negra. Eles produzem um neurotransmissor que se chama dopamina, então, todo o arsenal terapêutico para melhorar o paciente com doença de Parkinson é baseado na reposição de dopamina”, explica o professor. 

O médico também comenta que, com o tempo, a doença pode levar a uma incapacidade motora e, como não tem cura, é encarada como um desafio para a medicina. Contudo, na maioria dos casos, os pacientes que seguem o tratamento corretamente conseguem ter uma alta qualidade de vida, reforça ele. “A imagem que se tem é de uma doença muito incapacitante, mas boa parte dos pacientes evolui muito bem, mesmo a longo prazo. Há pacientes que, sob tratamento, mal se percebe que eles possuem a doença. Então, a perspectiva de vida para boa parte dos pacientes é bastante satisfatória, desde que o tratamento seja aderido corretamente.”




Sintomas e identificação 

Além dos conhecidos tremores nas mãos, a doença de Parkinson pode gerar também instabilidade postural, rigidez nas articulações, lentidão nos movimentos e outros sintomas. Porém, o professor da Faculdade de Medicina da USP diz que a maior parte dos pacientes, cerca de 80%, ainda apresenta os tremores como primeiro sintoma. Um contingente menor apresenta rigidez de membros e dificuldade de locomoção. 

O diagnóstico da doença costuma ser feito durante exames clínicos: “Os casos que são apresentados com tremores levam poucos meses para serem identificados, ao passo que aqueles que não apresentam tremor podem levar anos”, adiciona Barbosa. Manifestações pré-motoras da doença também são identificadas e podem auxiliar no diagnóstico final. As mais comuns delas são a perda de olfato e o transtorno comportamental do sono. “Às vezes essas manifestações precedem em vários anos as manifestações motoras”, diz o especialista. 

Como dito, a doença de Parkinson não apresenta cura, mas esse fato não impede que os pacientes tenham qualidade de vida. “Apesar da ausência de cura, os terapêuticos hoje são bastante eficazes para manter os pacientes em uma condição de vida bastante satisfatória”, comenta o professor, reforçando o combate de estigmas associados à doença.  

Além disso, é interessante notar que o tratamento é uma combinação do tratamento medicamentoso (remédios) com atividades físicas regulares. Alguns dos remédios necessários para o controle da doença são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A Levodopa, que é o principal recurso para o tratamento da doença de Parkinson, é fornecida tanto nos postos de saúde quanto pelo Programa Farmácia Popular, que vende o medicamento com descontos”, lembra Barbosa. 




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