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sábado, 23 de março de 2024

Perdoe-me pelo Medo: Um Caminho para a Autocompaixão e a Transformação



Por Abilio Machado Psicoarteterapeuta

No intricado tecido de nossa jornada pessoal, muitas vezes nos vemos confrontados com a difícil tarefa de confrontar nossos medos e falhas. A autocrítica e a autoacusação podem se tornar pesos pesados, dificultando nosso progresso em direção à cura e ao crescimento pessoal. No entanto, é importante lembrar que o perdão a si mesmo é uma parte essencial desse processo. Pedir perdão por ter vivido uma vida no medo pode ser o primeiro passo rumo à libertação e à renovação.

O Poder da Autocompaixão

Em seu livro "Auto-compaixão: Pare de se Torturar e se Tratar com Gentileza", a psicóloga Kristin Neff destaca a importância da autocompaixão como uma ferramenta para enfrentar o sofrimento humano. Neff define autocompaixão como "ser gentil e compreensivo consigo mesmo quando você está enfrentando sofrimento, falha ou dor pessoal". Em vez de se punir implacavelmente por nossas falhas passadas, a autocompaixão nos permite reconhecer nossa humanidade compartilhada e nos oferecer a mesma bondade e compreensão que ofereceríamos a um amigo querido em tempos difíceis.

O Desafio do Perdão a Si Mesmo

Pedir perdão a si mesmo pode ser uma tarefa assustadora. Muitas vezes, estamos tão acostumados a nos criticar e nos julgar que o próprio conceito de autoperdão parece estranho e desconfortável. No entanto, é importante lembrar que o perdão não é sobre justificar ou esquecer nossas ações passadas, mas sim sobre liberar o fardo do ressentimento e da autocondenação que temos carregado.

A psicoterapia pode desempenhar um papel fundamental nesse processo. Ao trabalhar com um psicoterapeuta qualificado, os indivíduos podem explorar suas emoções, examinar padrões de pensamento negativos e desenvolver estratégias saudáveis ​​para lidar com a autocrítica e o autojulgamento. O psicoterapeuta atua como um guia compassivo e solidário, ajudando os clientes a cultivar autocompaixão e a encontrar perdão por si mesmos.

A Jornada em Direção à Transformação

Pedir perdão a si mesmo pelo medo é mais do que um ato de reconciliação; é um ponto de partida para a transformação pessoal. Ao liberar a carga do passado, abrimos espaço para novas possibilidades e experiências. Em vez de sermos definidos por nossos erros passados, podemos abraçar a oportunidade de nos reinventar e viver de acordo com nossos valores mais profundos.

A jornada em direção à autocompaixão e ao perdão a si mesmo pode ser longa e desafiadora, mas é uma jornada que vale a pena fazer. Ao reconhecer nossa própria humanidade e nos comprometermos a tratar a nós mesmos com bondade e compaixão, podemos criar uma vida mais significativa e gratificante para nós mesmos e para os outros ao nosso redor.

Conclusão: Um Convite à Autocompaixão

Pedir perdão a si mesmo pelo medo é um ato de coragem e autocompaixão. À medida que nos permitimos reconhecer e liberar o peso do passado, abrimos espaço para a transformação e o crescimento pessoal. Como psicoterapeutas, é nossa missão oferecer apoio e orientação a todos que buscam essa jornada de autodescoberta e cura. Estamos aqui para lembrar a você que merece gentileza, compaixão e perdão - especialmente de si mesmo.

Nesta jornada de autocompaixão e perdão, estamos ao seu lado, prontos para oferecer o apoio e a orientação de que você precisa. Não importa quão difícil seja o caminho, lembre-se sempre de que você é digno de amor, perdão e uma vida plena de significado e alegria. Permita-se perdoar e abraçar a beleza da sua humanidade imperfeita.

Referências:

  • Neff, K. (2011). Self-Compassion: Stop Beating Yourself Up and Leave Insecurity Behind. HarperCollins.
  • Gilbert, P. (2010). Compassion Focused Therapy: Distinctive Features. Routledge.

Para mais informações sobre como embarcar nesta jornada de autocompaixão e perdão, não hesite em entrar em contato conosco para agendar uma consulta.

@psicoterapeutaabiliomachado

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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Perfeccionismo e Autoestima = Autoconfiança ....



O perfeccionismo é descrito por muitos psicólogos como a necessidade de estabelecer padrões elevados e rígidos para si mesmo. A pessoa perfeccionista segue uma série de requisitos de conduta, criados especialmente para ela mesma, e faz constantes auto avaliações.

Características de uma pessoa perfeccionista
  1. Ser metódico e minucioso;
  2. Ter dificuldade em aceitar e aprender com os erros;
  3. Ser detalhista ao extremo para evitar que algo dê errado;
  4. Punir-se quando erra;
  5. Sentir-se sempre culpado;
  6. Ter dificuldades para trabalhar em equipe;
  7. Ser inflexível diante dos erros dos outros;

Identificando os tipos de perfeccionismo
  1. Perfeccionismo pessoal. O perfeccionismo pessoal (ou auto orientado) tem foco na auto avaliação. ...
  2. Perfeccionismo social. O foco deste tipo de perfeccionismo está na avaliação que a pessoa acredita que os outros fazem dela. ...
  3. Perfeccionismo orientado para os outros.

 A auto cobrança está ligada também com a síndrome da impostora, ou seja, a pessoa se cobra demais para obter um resultado e, quando consegue, não se sente merecedora dele. Essas práticas geram um ciclo vicioso de sentimentos conturbados que só cessam com terapia e acompanhamento profissional. Pensamentos como “Eu tenho que…”, “Eu deveria dar conta…”, “Deveria ter feito…”, “Todo mundo faz, então…”, “Por que sou assim?” são marcas de pessoas que têm a perfeição em suas ações como objetivo constante.

Segundo o dicionário, “cobrança” é o ato ou efeito de cobrar dívidas, e “emocional” é o que provoca sentimentos de grande intensidade. Um dos aspectos humanos que é recorrente nas pesquisas feitas pela psicologia é a cobrança que depositamos nas coisas, nos outros e, principalmente, em nós mesmos.
Procure se focar nas soluções e não nos problemas. Seja gentil com você mesmo: é muito importante que você se valorize e questione os pensamentos negativos sobre si mesmo. Isso amenizará o sentimento de culpa e crítica...

Sinais que você se cobra demais (e nem percebe)

Sempre pensa que deveria ter feito melhor;
Sofre muito quando recebe críticas;
Se julga quando erra;
Tenta agradar a todos o tempo todo;
Se culpa por descansar;
Faz de tudo para não discordarem de você;
Sente culpa quando não dá conta de algo.

Pode até parecer estranho, mas pessoas que se cobram demais, tendem a adiar suas decisões e atitudes, pois acredita que precisa de mais tempo para que a sua decisão ou atitude seja perfeita. 
O que é uma bola de neve pois muita das vezes a culpa vem ainda maior, quando deixam de fazer e percebem que ainda não fez.
Somos parte desta sociedade. Se somos cobrados é porque também cobramos. 
Seria muito mais simples se cada um soubesse o que é bom para si sem interferir no que é do outro. Com o tempo amadurecemos e passamos a tomar as decisões de acordo com as nossas convicções, sem ligar para os outros.
A maturidade não é algo que deve ser somado ao longo da vida, e então com 60 anos você pode se considerar uma pessoa madura. Pelo contrário, hoje em dia notamos que a maturidade não está ligada à idade. É muito mais ligado a equilíbrio, consenso , observação, correção e ação de si mesmo.
 
Psicoterapeuta Abilio Machado

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

O que é autocompaixão?!


 A autocompaixão é exatamente essa maneira de enxergar com gentileza, preocupação, apoio e de forma amável a si próprio, como você faria com um(a) amigo(a) em alguma dificuldade. 

É permitir-se e aceitar-se como se é, diminuindo, assim, as cobranças e críticas sobre você.


Vivemos em um mundo que exige que sejamos cada vez mais ativos em tudo a nossa volta. O tempo, a correria, a pressa, a sobrecarga, o excesso de coisas para realizar estão caminhando juntos e nos pressionando a fazer e a produzir, mais e sempre. Com isso, aprendemos a nos autocobrar de uma maneira injusta; com isso, almejamos ultrapassar nossos próprios limites. 

Mas será que isso é realmente saudável? 

E a resposta é: nem sempre.

Se isso te causa sofrimento, com certeza você pode ter ultrapassado demais seus limites, e isso te levará à sensação de estar perdido no processo. 

Diante desse cenário, dos excessos e da necessidade de agradar a tudo e todos, como podemos lidar com tudo isso? Vamos começar, então, a falar sobre autocompaixão, uma maneira diferente de olhar para si mesmo. 

Afinal, o que é autocompaixão?

  • Você já se sentiu comovido(a) com o sofrimento de uma pessoa que nem conhece?
  • Você já se sentiu disposto(a) a querer amenizar a dificuldade de algum familiar?
  • Você já se sentiu inclinado(a) a querer fazer mais do que poderia por alguém?

Se você respondeu Sim à maioria das perguntas, você tende a ser uma pessoa que demonstra compaixão. 

A autocompaixão é exatamente essa maneira de enxergar com gentileza, preocupação, apoio e de forma amável a si próprio, como você faria com um(a) amigo(a) em alguma dificuldade. É permitir-se e aceitar-se como se é, diminuindo, assim, as cobranças e críticas sobre você. 

Lidando com as expectativas

Todos nós temos diversas expectativas sobre praticamente tudo na vida. Porém, é exatamente quando se tem muitas expectativas que se corre o risco de obter várias frustrações. 

Podemos ter expectativas sobre os outros, sobre nós mesmos e sobre o futuro. É comum. A questão é que não temos controle sobre os outros e nem mesmo sobre o futuro. Só temos controle sobre nós e, ainda assim, precisamos tomar cuidado com o grau de expectativa que colocamos em nossas vidas. Isso pode gerar muita frustração. 

Faça a si mesmo as seguintes perguntas:

  • “Será que o que espero de mim é aquilo que realmente quero?”;
  • “Será que preciso atender as expectativas que as pessoas têm sobre mim?;
  • “Será que preciso cobrar-me tanto, e o tempo todo?”
  • “Será que vou que me frustrar se não conseguir realizar o que espero?”

Se você respondeu Não à maioria das questões, que bom, você consegue lidar bem com as expectativas. Mas não se culpe ou se sinta mal caso tenha respondido Sim à maioria delas. 

Lembre-se: tenha autocompaixão. 

Preparando-se para a autocompaixão

Primeiro, pense nas áreas de sua vida que você mais se cobra, mais se critica e mais se sente pressionado(a). Agora, escreve essas áreas da sua vida em folha de papel. 

Provavelmente você deve ter escrito áreas como família, amigos, trabalho, igreja, relacionamentos amorosos, dentre tantas outras possíveis. 

Que tal agora escrever as emoções que essas áreas causam na sua vida, sejam elas boas ou ruins. 

Provavelmente você percebeu um mix de emoções, estou certo? 

As emoções, sejam elas boas ou não, fazem parte da nossa vida. O problema é que tendemos a querer que as emoções ruins sumam ou desapareçam de nós como mágica e, infelizmente, não é bem assim que funciona. 

Somente quando aceitamos tudo o que sentimos, podemos então nos aceitar plenamente tal como realmente somos. 

Passos para se alcançar a autocompaixão 


  • Seja gentil com você. Da mesma maneira que você pode ser gentil com um estranho ou conhecido, pratique isso com você. Procure aceitar e compreender seus erros. 

  • Seja seu aliado.  Você já deve enfrentar muitos desafios em sua vida, não seja seu inimigo, seja seu maior aliado. 

  • Aceite aquilo que você senteBoas ou ruins, as emoções fazem parte de quem nós somos. Portanto, procure trabalhar ao lado delas, não contra elas.

  • Calibre sua autocobrança. Procure compreender até que ponto cobrar-se muito é saudável para você. Pode ter certeza, cobrar-se muito nunca é saudável. Então, tente encontrar um equilíbrio quando sentir que está em sofrimento, é exatamente nesse ponto que você deve recuar. 

  • Desenvolva seu amor próprio. Aprenda a amar-se mais, a gostar de você, de quem você realmente é. Coloque-se em primeiro lugar de vez em quando, isso é não ser egoísta, é amar a quem você é. Se sente que precisa mudar em algumas áreas, tudo bem, mas ame-se no processo de transformação. 

  • Estabeleça limites. Compreenda que todos temos limites e precisamos dele para sabermos quem somos e onde queremos chegar. 

  • Não viva para alcançar aprovação alheia. Entenda que sua vida não pode ser medida pelo olhar do outro, pela maneira como o outro quer que você seja. Você tem que ser você por você e não para agradar os outros. 

  • Não absorva tudo. Cuidado para não ser uma esponja emocional que absorve tudo a sua volta e se esquece no processo. Não viva para resolver os problemas dos outros, lembre-se de você. 

  • Escolha suas batalhas. Nem tudo precisa ser uma luta. Você não precisa sair por aí brigando com tudo e com todos. Procure olhar para dentro, você precisa mais de você do que imagina. Escolha as batalhas que vai se envolver. Muitas vezes saber quando se posicionar e saber quando recuar pode ser libertador.

  • Pensamentos Negativos. Cuidado com pensamentos negativos que você desenvolveu sobre si ao longo da vida. Eles podem estar errados. Como um investigador, confronte a verdade deles com a realidade. Lembre-se: pensamento não é fato. 

  • AutorresponsabilidadeSaiba que você é responsável por você e ninguém mais. Não transfira aos outros responsabilidades que são suas. A felicidade, a alegria e as realizações estão em suas mãos, não na dos outros. Então, procure aprender a lidar com suas escolhas e, assim, saberá administrar as consequências. 

  • Autorreflexão e Gratidão. Sabe aqueles momentos em que paramos para pensar na vida? Então, procure pensar no lado bom de sua vida, pense com carinho em tudo que você já fez por você, olhe-se com amor e gratidão. Parabenize-se. 

  • Autoimagem. Cuidado com a maneira que você se enxerga fisicamente. Procure identificar se você está se vendo pelo olhar dos outros ou pelo seu. Se perceber que seu olhar pode estar contaminado com fatores externos como mídia, expectativas alheias e frustrações, olhe novamente, mas com compaixão e aceitação.

  • Ame sua companhia. Ame estar com você mesmo(a). Sabe aqueles momentos que para muitas pessoas bate a solidão por estar sozinho(a), então, se você aprender a gostar de estar com você, pode ter certeza, nunca estará sozinho(a), pois irá sempre apreciar sua própria companhia e fará boas coisas com ela.  Não dependa do outro para se sentir amado(a). 

Por fim, não pense em fazer tudo ao mesmo tempo o tempo todo em sua vida. Tenha leveza e calma. Faça um pouco de cada vez e verá a diferença. Cuidado com a intensidade em tudo que faz.   

Se estiver com dificuldades para desenvolver essa autocompaixão, procure aderir a um processo de psicoterapia com um psicólogo.

Estou com agenda aberta para atendimento online te esperando, com compaixão e pronto a te ouvir e contribuir para seu bem-estar.





PSICÓLOGO AMGO OU AMIGO PSICÓLOGO

  Na delicada dança das relações humanas, um verso inesperado ecoa: "Muitas vezes não se quer um psicólogo, e sim um amigo." Essa...