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sexta-feira, 5 de abril de 2024

Os Filhos do Quarto: O Impacto dos Dispositivos Eletrônicos na Vida dos Adolescentes

 


por Abilio Machado Psicoarteterapeuta


No mundo contemporâneo, testemunhamos uma mudança significativa na forma como os adolescentes interagem com o ambiente ao seu redor. A geração atual está crescendo em um cenário dominado por dispositivos eletrônicos, com a tecnologia desempenhando um papel cada vez mais proeminente em suas vidas. Um fenômeno que tem chamado a atenção dos pais e profissionais da saúde mental é o isolamento voluntário dos adolescentes em seus quartos, onde se entregam a celulares, tablets e jogos. Este artigo explora o impacto dessa tendência, que podemos chamar de "os filhos do quarto", na psique e nas relações interpessoais e individuais dos adolescentes.


A Fuga Digital

A tecnologia trouxe consigo inúmeras vantagens, incluindo o acesso a informações e a possibilidade de se conectar com pessoas de todo o mundo. No entanto, quando o uso dessas ferramentas se torna excessivo, pode criar uma desconexão com o mundo real. Os adolescentes de hoje frequentemente optam por se isolar em seus quartos, imersos em suas telas, em vez de interagir com a família ou amigos.


Os quartos que costumavam ser refúgios de descanso e privacidade agora se transformaram em santuários digitais. O acesso constante às redes sociais, jogos e conteúdo online proporciona uma fuga temporária da realidade, mas também leva a uma desconexão das emoções, das relações interpessoais e das atividades do mundo real.


Impacto na Psique

O uso excessivo de dispositivos eletrônicos, muitas vezes em detrimento de atividades físicas, sociais e criativas, tem implicações significativas para a saúde mental dos adolescentes. Entre os impactos mais preocupantes, estão:


1. Ansiedade e depressão: O constante contato com as redes sociais e a comparação com vidas aparentemente mais emocionantes de outros podem desencadear sentimentos de inadequação, alimentando a ansiedade e a depressão.

2. Problemas de sono: A exposição à luz azul das telas à noite pode afetar negativamente o sono, levando a distúrbios do sono e cansaço crônico.

3. Isolamento social: O isolamento físico resultante do tempo excessivo em quartos com dispositivos eletrônicos pode prejudicar as habilidades sociais, dificultando o estabelecimento de relações interpessoais saudáveis.

4. Problemas de concentração: A constante interrupção causada por notificações e a necessidade de multitarefa pode prejudicar a capacidade de concentração e o desempenho acadêmico.


Impacto nas Relações Interpessoais

O isolamento digital também tem implicações profundas nas relações familiares e de amizade. À medida que os adolescentes se retiram para seus quartos e dispositivos eletrônicos, a comunicação cara a cara diminui. Isso pode levar a mal-entendidos, conflitos e uma sensação de distância entre pais e filhos.


Além disso, as amizades podem ser afetadas, já que muitos adolescentes preferem se comunicar via mensagens de texto ou mídias sociais em vez de passar tempo juntos pessoalmente. Essa falta de contato físico e olho no olho pode dificultar o desenvolvimento de habilidades sociais importantes.


O Papel dos Pais e Profissionais de Saúde

Para lidar com "os filhos do quarto" e minimizar os impactos negativos dos dispositivos eletrônicos na vida dos adolescentes, é essencial que os pais desempenhem um papel ativo. Aqui estão algumas estratégias a serem consideradas:


Definir limites de tempo: Estabeleça regras para o uso de dispositivos eletrônicos e promova atividades familiares que não envolvam telas.


Comunique-se abertamente: Incentive a comunicação aberta com os adolescentes para que eles se sintam à vontade para compartilhar seus sentimentos e preocupações.


Exemplo: Os pais devem servir como modelos de comportamento saudável, equilibrando o uso de dispositivos com atividades offline.


Promova atividades offline: Incentive a participação em atividades esportivas, artísticas e culturais, que ajudam a construir habilidades sociais e emocionais.


Acompanhamento profissional: Se você perceber sinais de problemas emocionais ou comportamentais, busque a ajuda de um profissional de saúde mental.


A tendência dos "filhos do quarto" é um desafio contemporâneo para pais, educadores e profissionais de saúde mental. Embora a tecnologia seja uma parte inevitável da vida moderna, é crucial encontrar um equilíbrio saudável que promova o bem-estar emocional e as relações interpessoais dos adolescentes.

domingo, 3 de outubro de 2021

MENINAS MUTILADAS e GRAVIDEZ DE ADOLESCENTES

 

MENINAS MUTILADAS e GRAVIDEZ DE ADOLESCENTES .

MENINAS MUTILADAS e GRAVIDEZ DE ADOLESCENTES .
                                                          Por Poet Ha, Abilio Machado


‘Cerca de dois milhões de meninas são mutiladas todo ano’ declara uma edição de The Progress of Nations, publicação sobre saúde, nutrição e educação de crianças do Fundo das nações Unidas para a infância.
‘ Egito, Etiópia, Quênia, Nigéria, Somália e Sudão respondem por 75% de todos os casos. No Djibuti e na Somália, 98% das meninas estão mutiladas”.
Além da dor, o procedimento pode causar infecções, hemorragia prolongada, infertilidade e morte.
‘A doutrina da mutilação não é exigida por nenhuma religião. ´´E na verdade uma tradição que visa preservar a virgindade, assegurar que a moça se case e assim mantenha-se, reprimida, a sua sexualidade’, declara o relatório.
Grupos e organizações, preocupados com os direitos das mulheres e com o bem estar das crianças pressionam os governos para que se proíbam essa prática, mas a pergunta paira no ar e se for liberada essa sexualidade mantida a efeito cultural por estas sociedades como seria o aumento de adolescentes grávidas nestes países?!
Num segundo relatório mostram que em muitos países a gravidez de adolescentes é um problema persistente. Os Estados Unidos, por exemplo, têm a proporção mais alta dos países industrializados: 64 nascimentos anuais para cada grupo de 1000 garotas entre 15 a 19 anos. E este assunto não vemos nos debates políticos à presidência americana, vemos apenas discussões dos loby’s que todos escondem, mas fazem. Alguém ouviu Hillary mencionar o fato, até mesmo Obama que diz vir do gueto?! Eles gostam de tentar arrumar a casa do vizinho, mas não a própria, se fôssemos dar um exemplo ao conto moral dos lençóis sujos com certeza usaríamos os EUA.
O Japão tem a proporção mais baixa: 04 nascimentos ao ano.
A gravidez de uma adolescente não afeta apenas o seu desenvolvimento do corpo ainda não maduro para esta modificação, prejudica seu crescimento educativo, favorece a autopunição devido As oportunidades que tornam-se escassas. Podem trazer problemas à criança como cuidados de qualidade inferior, pobreza e ambiente instável.
O Brasil segundo pesquisa recente houve crescimento entre as adolescentes da chamada gravidez acidental, jovens que mesmo tendo acesso à informação se deixam levar pelo desejo afoito e engravidam. Como deixar que duas crianças cuidem de outra criança? Isto quando não são seduzidas por maiores que aproveitam a birra desta procura de independência que todo adolescente quer, o uso errado da liberdade e do comportamento copiado, fazendo que os pais as expulsem de casa ou as empurrem para viver com alguém que só procurava nelas satisfações animalescas. Forçando a um relacionamento de agressividade e miséria, isto quando não há apenas uma saída a prostituição.
Que fazemos nós ante os casos e descasos que nossa política social e saúde nos acossa? Ficamos gratos por não ser uma de nós a fazer parte deste relatório como se não fôssemos uma corrente humana parte um do outro, todos de um.
 
 
Poetha Abilio Machado
Enviado por Poetha Abilio Machado em 23/04/2008
Reeditado em 23/04/2008
Código do texto: T958023
Classificação de conteúdo: seguro

Adolescência e o álcool.

 

Por Poet Ha, Abilio Machado.


Em nossos dias... É comum referir-se assim à nossa adolescência. Vemos ruir os valores dos recém chegados da infância, não é difícil encontrá-los nas praças, nas escadarias, frente de lojas, postos de gasolina, pequenos lugares identificados por eles como points.
Nunca estão a sós e sempre agarrados a uma garrafa, seja ela no invólucro normal ou misturada em grandes garrafas peti que eles chamaram de tubão, ou estão com latas de cerveja, ou energéticos, cachaça ou vinho...
Parece não saber mais o que é diversão, se não estiver calibrado não há vontade de se fazer algo, álcool ou outras coisas.
Pobres jovens perderam a inocência e com isso perdem o próprio senso moral, perde-se aos braços da embriagues.
Frases perdidas como: eu tomo umas pra fica legal. Sabe como é o tubão rodou a roda e a gente não pode ser caretão.
O que leva a isso? Uma busca de afirmação? É o medo de não ser aceito, de não ser convidado a participar?
A grande pergunta que viaja em quase todos os cursos em dependência química é: Quando começa o vicio? Onde está?
Poderia começar no corredor do supermercado, bem ali próximo aos produtos de primeira necessidade? Pois se fossem colocados próximo à ração ou aos produtos de limpeza não seriam vendidos...
Talvez em casa na geladeira ou no estoque planejado para finais de semana ou para as festas. A bebida alcoólica está até nas festinhas infantis, pois se não tiver os pais não levam os filhos, uma maneira de agradar aos pais dos convidados e a criança pede um gole, alguns pais metem o dedo na bebida ou até a chupeta e a criança suga sedenta.
Talvez em festas religiosas, lamentavelmente ainda a desculpas é o alto lucro que é necessário para manter a igreja e algumas atividades e privilégios. Por que? Porque todo mundo bebe, são famílias inteiras que vão, assistem à celebração e chegam na festa ou em casa e antes do almoço já se encharcam de etílicos, perpetuando a conivência.
As desculpas são inúmeras, desde ser o dono do dinheiro, de ter e poder, de se achar acima da lei, outros dizem que é para manter a amizade.
Cada gole dado pela juventude acontece um atrazo moral à toda uma geração, um retrocesso ao seu lado animal, levanta o véu da verdadeira vontade pessoal, da personalidade da Alma daquele que a ingere, e na sua maioria desperta os piores monstros que existem no subconsciente, na revolta contra a família, contra a sociedade e contra si mesmo.
E quando o álcool se une à ignorância e à estupidez? O garoto briguento, com ciúmes à flor da pele, com revolta pelos pais acima de tudo? Quando a menina é castrada em casa e sai e bebe, pondo-se a dançar lascivamente e a subir sobre as mesas? E quando isso tudo se alia ao automóvel? E quando se alia ao serviço que presta ou à que pertence? Muito comuns são aquelas frases: Sabe com quem está falando? Sabe filho de quem sou eu?
Onde mora a culpa?
Na educação? Na escola? Na família? Na Igreja? Na mídia? Nos pais? No governo? Na punição?
Está nas ações não tão democráticas, pois sabemos que somos um país teoricamente democrático, mas na verdade, na prática ainda somos republicanos e ditadorial, onde os que fazem as leis ou estão associados a ela podem e livram-se com facilidade de qualquer rusga, enquanto os que estão fora deste círculo são os que sofrem as penas da lei e servem como exemplo aos outros. Seria a culpa desta impunidade? Falta de opção de lazer? Estaria nos olhos fechados da família nos primeiros dias de adolescência, quando o pai fica todo orgulhoso por que o filho chegou caindo e vomitando e além de tudo deixou cair um preservativo na frente da vovó...
Talvez haja quem ache bonito alguém dizer:
__Pô, tomei todas ontem nem sei como cheguei em casa...
__A festa estava boa?
__Puxa nem sei... Até a hora em que olhei para a gatinha estava depois cara nem sei quem era ela, mas tinha a pele um pouco áspera... E para comer, então?! Devo ter comido algo ruim estou com uma dor lá embaixo, no naninho...
__É meu jovem, naninho de bêbado não tem dono, quem chega come!
Poetha Abilio Machado
Enviado por Poetha Abilio Machado em 05/11/2008
Código do texto: T1266773
Classificação de conteúdo: seguro

sábado, 2 de outubro de 2021

O que é Identidade de Gênero?

 



É a maneira como alguém se sente e se apresenta para si e para as demais pessoas como masculino ou feminino, ou ainda pode ser uma mescla, uma mistura de ambos, independentemente do sexo biológico (fêmea ou macho) ou da orientação sexual (orientação do desejo: homossexual, heterossexual ou bissexual). É a forma como nos reconhecemos a nós mesmo e desejamos que os outros nos reconheçam. Isso incluí a maneira como agimos (jeito de ser), a maneira como nos vestimos, andamos, falamos (o linguajar que utilizamos) e também, nos vestimos

A identidade de gênero é normalmente confundida com a orientação sexual. Por exemplo, é muito comum as pessoas travestis serem consideradas como homossexuais, pois, o fato dessas pessoas portarem, em seus corpos, elementos mais femininos, leva a grande maioria das outras pessoas a afirmarem que a travesti se sente, necessariamente, atraída por homens. Na realidade, a travesti pode se sentir atraída (orientação do desejo) tanto por homens, quanto por mulheres e por outras travestis. Ser travesti não determina a orientação do desejo da pessoa.

É importante destacar que as pessoas travestis, como conhecemos no Brasil principalmente, não são encontradas em todas as partes do mundo. Em outros países, as pessoas que, para nós brasileiros, seriam travestis, recebem outros nomes. Existem casos de países onde se reconhecem nas travestis características divinas, sendo com sideradas deusas ou, ainda, portadores de boa sorte e bênçãos.

Existem também, além do(a) travesti, as pessoas transexuais que são indivíduos que não reconhecem como seu, o corpo biológico que tem, ou seja, são pessoas que se reconhecem de um determinado sexo, mas o seu corpo é, biologicamente, do sexo oposto. São pessoas que, geralmente, buscam adequar cirurgicamente seus corpos, para aproximar-se do sexo que se reconhecem. Para a ciência, especialmente a medicina, são consideradas pessoas com transtorno de identidade de gênero e, portando, carecem de tratamentos para adequar as características anatômicas ao sexo com o qual a pessoa se identifica por meio de tratamentos hormonais, terapias psicológicas e intervenções cirúrgicas.

Desde os anos 1990, com o crescimento dos movimentos sociais que lutam pelo reconhecimento dos direitos humanos de lésbicas, gays, travestis, transexuais e bissexuais, tem sido usado em algumas siglas, o termo TRANSGÊNERO, para reunir as necessidades e exigências de travestis e transexuais, conjuntamente. O termo é controverso e, por vezes, inadequado pois trata da mesma forma demandas que são, geralmente, diferentes. Além disso, o termo “transgênero” também é utilizado para designar outras manifestações de identidade de gênero como, por exemplo, as/os transformistas (chamados, em outros como croos-dresser) ou drag-queens, pessoas que se utilizam de elementos de um determinado gênero (masculino ou feminino), para realizar uma apresentação artística ou mesmo satisfazer a um desejo pessoal (fetiche) de sentir-se de outro gênero, por alguns instantes.

A sigla LGBTT, corresponde a todas as pessoas lésbicas (L), gays (G), bissexuais (B), travestis (T) e transexuais (T). Pode aparecer em diversas ordenações diferentes, de acordo com critérios próprios, como por exemplo: GLBT, GLTB, LGTTB, LGBT, etc... Todas elas referem-se às mesmas pessoas. Vale ressaltar que quando na sigla aparece apenas um “T” é por que esta se refere a transgêneros, de forma geral.

Você sabe o que é Orientação Sexual?

 



Orientação Sexual refere-se à direção ou à inclinação do desejo afetivo e erótico de cada pessoa. De maneira simplificada, pode-se afirmar que esse desejo, ao direcionar-se, pode ter como único ou principal objeto pessoas do sexo oposto (heterossexualidades), pessoas do mesmo sexo (homossexualidades) ou de ambos os sexos (bissexualidades).

O termo “orientação sexual” tem sido utilizado nos últimos anos, ao invés de opção sexual, pois a idéia de “opção” permite a compreensão de que o(a) homossexual escolheu sentir o desejo que sente e, portanto, poderia ter optado por ser heterossexual. Se fosse uma questão de opção, heterossexuais também poderiam escolher sentir desejo por pessoas do mesmo sexo, o que pode ou não acontecer. Por isso, o correto é dizer e utilizar orientação sexual.

É importante lembrar também que não nascemos com uma orientação sexual definida, pronta, acabada. Pelo contrário, ao longo da vida vamos aprendendo e nos identificando com diferentes formas de vivenciar nossos desejos de uma forma mais fixa ou mais flexível, conforme as experiências vividas por cada um(a).
 

Ampliando nossos olhares:

Desde que foi nomeada pela ciência, a homossexualidade e a bissexualidade esteve geralmente associada ao crime, ao pecado e a doença. Por isso, que antigamente dizia-se “homossexualismo” e “bissexualismo”, usando o sufixo ISMO para indicar que as práticas homossexuais eram consideradas doenças e por tanto, poderia (e deviam) ser tratadas.

  • Desde 1993, a Classificação Internacional de Doenças (CID) não considera mais a homossexualidade como doença, deixando de considerá-la como algo que deve ser tratado e pode ser curado.

  • Desde 1999, o Conselho Federal de Psicologia, por meio da resolução 01/99, proibiu que os/as psicólogos/as submetessem pessoas a terapias “curativas” para convertê-las da homossexualidade:

    • Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
      Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.

Sendo assim, o uso sufixo ISMO foi substituído pelo sufixo DADE, reconhecendo que se trata de uma vivência/prática humana, característica da sexualidade das pessoas e que nada tem a ver com doença, crime ou pecado. Desta forma, podemos entender a Homossexualidade como a atração afetiva e sexual por uma pessoa do mesmo sexo.

Da mesma forma que a heterossexualidade (atração por uma pessoa do sexo oposto) não tem explicação científica universal, a homossexualidade também não tem e cada pessoa escolherá a sua forma de viver (ou não) a sua homossexualidade, sendo alguns/algumas mais visíveis e outros/as menos.
 


 

Vamos aprender:

Heterossexual: Indivíduo amorosamente, fisicamente e afetivamente atraído por pessoas do sexo/gênero oposto. Heterossexuais não precisam, necessariamente, terem tido experiências sexuais com pessoas do outro sexo/gênero para se identificarem como tal.

Homossexual: É a pessoa que se sente atraída sexual, emocional ou afetivamente por pessoas do mesmo sexo/gênero.

Lésbica: Mulher que é atraída afetivamente e/ou sexualmente por pessoas do mesmo sexo/gênero. Não precisam ter tido, necessariamente, experiências sexuais com outras mulheres para se identificarem como lésbicas.

Bissexual: É a pessoa que se relaciona afetiva e sexualmente com pessoas de ambos os sexos/gêneros. Bi é uma forma reduzida de falar de pessoas Bissexuais.

Travesti: Pessoa que nasce do sexo masculino ou feminino, mas que tem sua identidade de gênero oposta ao seu sexo biológico, assumindo papéis de gênero diferentes daquele imposto pela sociedade. Muitas travestis modificam seus corpos por meio de hormonioterapias, aplicações de silicone e/ou cirurgias plásticas, porém, vale ressaltar que isso não é regra para todas (definição adotada pela Conferência Nacional LGBT em 2008. Diferentemente das transexuais, as travestis não desejam realizar a cirurgia de redesignação sexual (mudança de órgão genital). Utiliza-se o artigo definido feminino “A” para falar da Travesti (aquela que possui seios, corpo, vestimentas, cabelos, e formas femininas). É incorreto usar o artigo masculino, por exemplo, “O“ travesti Maria, pois está se referindo a uma pessoa do gênero feminino.

Transexual: Pessoa que possui uma identidade de gênero diferente do sexo designado no nascimento. Homens e mulheres transexuais podem manifestar o desejo de se submeterem a intervenções médico-cirúrgicas para realizarem a adequação dos seus atributos físicos de nascença (inclusive genitais) a sua identidade de gênero constituída.

HSH e MSM: As siglas HSH (Homens que fazem Sexo com Homens) e MSM (Mulheres que fazem Sexo com Mulheres) foram criadas e adotadas em alguns países do mundo, principalmente por legisladores, ativistas, profissionais e técnicos da saúde, para referir-se, no caso dos homens, àqueles que tem ou mantêm relações sexuais com outros homens, mesmo que estes não reconheçam ter sua orientação sexual homossexual ou se auto identificam como “gays”. O mesmo vale para sigla MSM, no caso das mulheres que fazem sexo com outras mulheres, mas não se vêem como “lésbicas”.

GLS: Sigla que se popularizou por designar, em uma única sigla, não só os “gays” e “lésbicas”, mas também aqueles que, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero, são solidários, abertos e “simpatizantes” em relação à diversidade LGBT. GLS também é utilizado para descrever as atividades culturais e mercadológicas comuns a este grupo de pessoas. A sigla GLS é excludente porque não identifica as pessoas bissexuais, travestis e transexuais. Dessa forma, não deve ser empregada como referência à esfera política das diversas vertentes dos movimentos LGBT.

LGBT: Sigla que representa o movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

 Fonte de pesquisa: Manual de comunicação LGBTQIA+




Diversidade Sexual

 

Refletir a diversidade para entender...




Desde há muitos anos a humanidade tem buscado razões ou causas, para definir e desvendar o desejo e a atração entre pessoas do mesmo sexo, ou ainda, precisar ou catalogar as múltiplas e diferentes facetas da sexualidade humana. Em diversas culturas e países, o amor ou afeição entre pessoas do mesmo sexo, assumiu formas sociais diversas e, por vezes, bastante distintas de como a percebemos na atualidade.

No passado, na Grécia Antiga, por exemplo, o costume da época determinava que os homens jovens deveriam viver parte de sua vida com um homem mais velho, que o ensinaria os segredos da filosofia, da guerra e do amor. O amor era considerado um privilégio apenas dos homens. Mas é importante destacar que nessas culturas antigas, o afeto, desejo ou amor entre pessoas do mesmo sexo não tinham a mesma importância da atualidade e nem mesmo recebiam o mesmo nome ou eram alvo do mesmo preconceito.
 


 

Durante muito tempo, a heterossexualidade foi entendida e tratada como natural aos seres humanos. Isto se deve, especialmente, pela compreensão de que a sexualidade de qualquer individuo (e suas manifestações), resumem-se à função reprodutiva. Essa compreensão (de que a heterossexualidade seria a forma “natural” de viver a sexualidade) empurrou para a marginalidade, toda e qualquer manifestação de afeto, desejo ou carinho não heterossexual. Assim, na maioria das sociedades, pessoas cujo afeto se dirige a outra pessoa que não é do sexo biológico oposto, são frequentemente alvo de violências e tratadas como seres sem dignidade e não merecedoras de respeito e dos mesmos direitos.

Para pensar a Diversidade Sexual é preciso reconhecer que, apesar da semelhança biológica, a vida social de cada um(a) é diferente uma das outras, assim como as famílias, a turma da escola, os(as) amigos(as), vinhos(as), crenças religiosas, ou ainda todas as questões sócias e culturais de um pais inteiro.  Reconhecer a complexidade das relações entre as pessoas, suas diversidades e costumes, línguas, culturas, etnias e a própria diversidade de vivências é o primeiro passo para entender a diversidade sexual. 
 



 

Portanto, podemos entender a Diversidade Sexual não somente como as práticas sexuais, mas como todos os elementos que compõem a sexualidade humana, de forma ampla, ou seja, nossas vivências – sexuais ou não; nossas práticas habituais que aprendemos e incorporamos ao longo da vida, nossos desejos e afetos, nossos comportamentos e maneiras como vemos a nós mesmos e nos mostramos para os outros.
 


Vamos falar.... Sobre sexualidade ?

 

Vamos falar de sexo?

Sexo e Sexualidade são a mesma coisa? Todo mundo tem sexualidade?

Quando começa a sexualidades? Eu posso viver a minha sexualidade livre de preconceitos, medos e falsas crenças?

Quem nunca fez essas perguntas ou pelo menos já ouviu uma delas na roda de amigos, na sala de aula na orientação de um(a) profissional de saúde quando o tema é sexualidade. Vamos juntos conhecer um pouco mais sobre este assunto que está na nossa cabeça, conversas, desejos, sentimentos...

Sexo = ou ≠ de Sexualidade?

Muitas pessoas acham que ao falar de sexualidade estamos falando de sexo, mas é importante entender que sexo se refere a definição dos órgão genitais, masculino ou feminino, ou também pode ser compreendido como uma relação sexual, enquanto que o conceito de sexualidade está ligado a tudo aquilo que somos capazes de sentir e expressar. Abaixo vamos conhecer o Conceito da Organização Mundial de Saúde.

"A sexualidade faz parte da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. Sexualidade não é sinônimo de coito (relação sexual) e não se limita à ocorrência ou não de orgasmo. Sexualidade é muito mais que isso, é a energia que motiva a encontrar o amor, contato e intimidade e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas, e como estas tocam e são tocadas. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada um direito humano básico." (WHO TECHNICAL REPORTS SERIES, 1975)

Devemos compreender também que tudo que sentimos e vivemos acontece no nosso corpo, portanto, não é possível separar a sexualidade do corpo ou pensar no corpo sem considerar a sexualidade. Por isso, ouvimos tantas mensagens de controle do nosso corpo, “fecha a perna”, “não chora”, “tira a mão dai” etc, que tem por objetivo controlar também a nossa sexualidade e como consequência acaba nos afastando de conhecer e cuidar do nosso corpo e aumentando a nossa vulnerabilidade.

 

Todo mundo tem sexualidade?

Sim, afinal a sexualidade esta presente deste quando nascemos ate nossa morte, o que irá acontecer é que a sexualidade humana pode se transformar ao longo dos anos, dependendo das experiências que a pessoa se permite vivenciarem. Sendo assim, é possível entender a sexualidade como uma característica dinâmica e não estática, imutável, ou seja, assim como os cabelos mudam de cor e de textura ao longo dos anos, a sexualidade também muda conforme o tempo passa. A maneira como nos sentimos atraídos pelas outras pessoas também pode mudar em intensidade, em orientação e em identidade, ao longo da vida e de acordo com as vivências que os indivíduos se permitem.

 

Todo mundo tem direito de viver a sua sexualidade?

Sim! Você, seus amigos(as), familiares, professores(as)... Tem o direito de viver a sexualidade sem medo, vergonha, culpa, falas crenças e outros impedimentos à livre expressão dos desejos.

sábado, 25 de setembro de 2021

resenha Gruspun H. (1999). Crianças e Adolescentes com Transtornos Psicológicos e do Desenvolvimento. São Paulo. Atheneu.

 

Gruspun H. (1999). Crianças e Adolescentes com Transtornos Psicológicos e do Desenvolvimento. São Paulo. Atheneu.

RESENHA

PSICOPATOLOGIA INFANTIL

Gruspun H. (1999). Crianças e Adolescentes com Transtornos Psicológicos e do Desenvolvimento. São Paulo. Atheneu.

Machado, Abilio . Agosto/2011

Os casos apresentados parecem queixas ainda presentes na nossa sociedade, das atitudes comportamentais das crianças, o processo de diagnóstico que o capítulo vem mostrar sobre os distúrbios quanto a sua classificação, epidemiologia, causa de risco, prognósticos e tratamentos e neste livro é o objetivo a transmissão dos conhecimentos a este processo de diagnóstico, da classificação, saber avaliar e delinear os tratamentos e prevenções aos transtornos do desenvolvimento psicológico, emocional, social, psiquiátrico e mental em que crianças e adolescentes.
Os sintomas apresentam sinais em quatro áreas: emocional, de conduta, relacionamento e desenvolvimento. Sendo: os emocionais como medo e ansiedade. E os de conduta apresentando um quadro anti-social aparecem sendo mais graves, assim comparado com os sintomas dos adultos, sendo comportamento desafiante; agressivo e ameaçador; anti-social cometendo delitos como furto, roubo, atos de violência em grupo, incendiário e abuso de drogas. Sintomas do chamado círculo de delinqüência juvenil.
O psicológico e mental apresentam áreas de relevância como regularização da motricidade e da atenção; fala e linguagem, jogos; controle esfincteriano; habilidades escolares; especialmente as de leitura, de escrita, de matemática e inclusive as artísticas. O processo de desenvolvimento cerebral é uma comunicação entre os genes e meio ambiente, pode ser corrompido causando distúrbios, quebra da corrente causando déficits estas causas podem ser do indivíduo ou serem causadas como adversidades no microambiente de formação, resultado de toxinas drogas, infecções, estresse, problemas sociais que trazem variáveis como nutrição, abuso de drogas.
A extensão, o tempo, localização e a natureza darão efeitos desde lesões leves até lesões graves e irreversíveis, pode ocorrer compensação, que é quando o cérebro recria outros caminhos para cumprir a função desejada.
Os sintomas emocionais podem ser avaliados através de testes aplicados diretamente à criança e adolescente, como testes de inteligência e de aptidões, e antes nos pais também.
Quanto às dificuldades de relacionamento os seus sinais podem surgir desde a amais tenra idade, e traz em alguns casos o problema estaria propriamente nela ou em quem ela se relaciona.
Na classificação é usado o CID 10 e DSM IV que classificam segundo a sintomatologia e incluem o prejuízo social, vida familiar, escola e aprendizado, amizades em jogos e esportes; o sofrimento da criança bem como a ameaça que pode causar. Enquanto a CID 09 no DSM III não incluem o relacionamento e o ambiente ao paciente, ficando restrito apenas à psiquiatria.
A epidemiologia pode ocorrer em áreas de risco onde a ação da doença poderá atingir um número maior de crianças, tendo ou não prevalência que dependerá de aspectos ligados à cultura e ao gênero. Há de ser criterioso sobre os fatores de risco que influenciarão o diagnóstico em sua combinação de sintomas que seguem três fatores: predisponentes, desencadeantes e perpetuadores, e também a ausência de protetores. Os pacientes em grande parte apresentam vários sintomas que o ligam a vários transtornos.
Na etiologia para verificar se a causa é genética o uso de alguns exames laboratoriais são os únicos métodos preventivos e avaliativos para incluir ou excluir o indivíduo. A classificação é mais para comunicação entre os profissionais, sobre os eixos para diagnostico desde o transtorno depressivo decorrente, como episódio atual leve, somático e o psicossomático.
Na CID 10 a classificação é específica, mas também se usa a letra F:
.Transtornos do desenvolvimento Psicológico: F80 a F89.
Transtornos emocionais e de comportamento com início usualmente ocorrendo na infância e adolescência: F90 a F98.
E o Retardo mental: F70 a F77.
Os não específicos:
Transtornos de humor afetivos: F30 a F39.
Transtornos neuróticos relacionados ao estresse e somatoformes: F40 a F48. Esquizofrenia: F20.
 Transtornos não orgânicos do sono: F51.
O tratamento é uma carga de expectativas desde o diagnóstico e, agora o tratamento.  As medidas terapêuticas com medicação ou com terapia psicológica podem ser separadas ou unidas para dar resultado, aplicadas por profissionais habilitados.
O manejo correto da medicação e da dieta tem intenções fundamentais para auxiliar das terapias como: psicoterapia de grupo, psicoterapia individual, psicanálise, psicodrama, terapia comportamental, terapia cognitiva, terapia cognitivo-comportamental, terapia interpessoal, terapia familiar e terapia institucional (hospital dia). A dieta é necessária devido à ação de alguns elementos nutricionais que podem interferir ou alterar a ação medicamentosa.

Poetha Abilio Machado
Enviado por Poetha Abilio Machado em 29/01/2012
Reeditado em 05/02/2012
Código do texto: T3467913
Classificação de conteúdo: seguro

PSICÓLOGO AMGO OU AMIGO PSICÓLOGO

  Na delicada dança das relações humanas, um verso inesperado ecoa: "Muitas vezes não se quer um psicólogo, e sim um amigo." Essa...