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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Saúde Mental do Homem



Saúde Mental do Homem

A saúde mental do homem costuma ser um tema negligenciado. A maioria dos homens ainda encontra inúmeras barreiras internas quando o assunto é cuidar de si mesmo e falar sobre sentimentos.

Dependendo da forma como eles foram ensinados a encarar a vida, a resposta inicial é fugir de quaisquer ocasiões que sugiram vulnerabilidade emocional e conexão. Dessa forma, a conversa acerca da saúde da mente dos homens cai no esquecimento.

Como a população masculina tem vivências diferentes da feminina, as suas necessidades emocionais são um tanto diferentes. Distinções biológicas também influenciam a forma como os homens e as mulheres experienciam a vida e sintomas de condições psicológicas.

Sendo assim, é preciso multiplicar e disseminar as conversas sobre os cuidados com a saúde mental dos homens para o bem deles... 

Muitos homens ainda não têm o costume de cuidar tanto da saúde física quanto da saúde mental.

Por conta disso, eles tendem a sofrer silenciosamente com sintomas de doenças ou receber diagnósticos tardios de patologias cujo tratamento é mais eficiente nos estágios iniciais.

Essa relutância da população masculina pode ser explicada pela educação passada de geração para geração. Homens são ensinados a não demonstrarem sinais de fraqueza.

Quando crenças como “homens não choram” ou “homens são fortes independente da situação” são vividas à risca, os homens sentem que não podem buscar ajuda para resolver os seus problemas de saúde.

 Afinal, fazer isso é um sinal de fraqueza! Então, muitos somente vão ao médico em momentos de extrema necessidade.

O mesmo acontece com a saúde mental. Muitos homens resistem à ideia de fazer terapia por ou enxergarem o acompanhamento psicológico como “coisa de mulher”, ou não acreditarem “nessas coisas”.

Por conseguinte, tendem a sofrer com sintomas de depressão, ansiedade e outras condições sem saber.

Além disso, homens tendem a reprimir mais emoções e sentimentos que as mulheres. Não é à toa que muitos não sabem administrar como se sentem em diversas ocasiões e acabam reagindo intensamente. A repressão emocional é muito prejudicial para a saúde da mente.

Embora muitas transformações sociais tenham acontecido nos últimos anos, modificando percepções tradicionais sobre o papel do homem na sociedade, ainda encontramos crenças e convicções que atrapalham os cuidados masculinos com a saúde mental e física.



Como cuidar da saúde mental do homem?

É muito importante que os homens desenvolvam o hábito de cuidarem de si mesmos, ou seja, do autocuidado.

Ele se torna a base da pirâmide que comporta os demais elementos de suas vidas – trabalho, estudo, família, relacionamentos, filhos, objetivos de vida, saúde, condição financeira, entre outros.

Se você não está bem, as demais áreas de sua vida também sofrem porque você deixa de ter ânimo e energia para gerenciá-las.

A vontade de se isolar dos demais, de faltar ao trabalho e até de desaparecer por um tempo surge facilmente neste momento de fragilidade emocional.

Embora esses anseios sejam tentadores, eles não resolvem problemas nem conflitos internos. O ideal é procurar um psicólogo para buscar, em conjunto, maneiras de extinguir o cansaço mental e o estresse.

Para prevenir esse cenário desagradável, os homens podem adotar hábitos que promovem a manutenção da sua saúde mental. Entre eles estão:

 

1.    Praticar exercícios físicos

A prática de exercícios físicos é uma obrigatoriedade para homens e mulheres de todas as idades. Além de ajudarem na circulação do sangue e fortalecerem a musculatura, eles liberam hormônios essenciais para o bem-estar emocional.

Mesmo levando uma vida tranquila, pessoas sedentárias tendem a se sentir mal com mais frequência sem saber o porquê exatamente por essa razão.

Os homens devem buscar atividades, esportes e exercícios que lhe deem prazer no momento da execução para cuidar da saúde do corpo e, consequentemente, da mente.

 


2.    Fazer visitas periódicas ao médico

Ir ao médico é um compromisso adiável para grande parte dos homens. Eles evitam ao máximo ir ao consultório de um especialista, especialmente quando é necessário fazer um exame considerado embaraçoso.

 

O Novembro Azul, movimento dedicado à conscientização do câncer de próstata, foi criado justamente para encorajar homens a fazerem o exame todos os anos a partir de determinada idade. Um diagnóstico precoce garante mais sucesso no tratamento.

 

Sendo assim, não perca os seus encontros com os médicos. Mesmo quem não recebeu o diagnóstico de uma patologia deve ir ao médico para solicitar um check-up completo, especialmente após a idade avançada. Essas consultas periódicas são indispensáveis para a prevenção de doenças graves.

Já para quem está em tratamento as consultas são ainda mais importantes. Há diversos casos de homens que se recusam a dar continuidade a um tratamento importante por estarem com o ego ferido.

 


3.    Expressar sentimentos de forma produtiva

A maioria dos homens não é muito fã de dialogar sobre sentimentos. Tudo bem. Você não precisa necessariamente falar para se expressar. É possível extravasar sentimentos desgastantes por meio de atividades produtivas.

Elas podem ser um esporte coletivo ou individual, uma atividade criativa (pintura, música, carpintaria, escrita), uma volta no quarteirão ou um hobby bacana (leitura, montar quebra-cabeças, pescar, colecionar objetos).

O objetivo é transferir as emoções e os sentimentos conflitantes para essas atividades, criando algo do zero ou liberando-as através da movimentação do corpo.

Quando nem o diálogo nem a expressão sadia é feita, a tendência é ficar mal-humorado e criar conflitos desnecessários com pessoas amadas.

 




4.    Falar sobre o que sente

Ainda que existam outras formas de expressar os seus sentimentos, falar sobre o que lhe incomoda é uma das mais eficazes. Escolha alguém de confiança para desabafar quando estiver se sentindo irritado, cansado ou melancólico.

Falar sobre como você se sente não é um sinal de fraqueza nem de vulnerabilidade. Caso você tenha ouvido isso do seu avô, do seu pai ou de outra figura paterna importante em sua vida, compreenda que essa forma de pensar foi passada a eles por gerações anteriores.

Eles simplesmente aprenderam a reprimir emoções por não terem recebido instruções que sugerissem o contrário.

Você pode se distanciar desse modo de pensar se ele estiver lhe causando mal. Se você deseja se expressar de uma forma considerada não convencional para as suas figuras paternas, faça isso mesmo com a possibilidade de repreensões.

Falar sobre sentimentos não é somente uma forma muito natural de autoexpressão como também de tentar solucionar problemas. Um conselho de amigo pode lhe tirar de uma enrascada.

 




5.    Fazer terapia

Segundo o relatório da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, cerca de 69% dos homens brasileiros procuraram a terapia em 2018 enquanto 82% das mulheres fizeram o mesmo. Embora a porcentagem dos homens pareça expressiva, a diferença de preocupação com a saúde mental entre os gêneros ainda é alta.

Os homens normalmente se recusam a fazer psicoterapia ou não são totalmente honestos durante o processo por nutrirem crenças de que homens são naturalmente fortes e resistentes. Logo, não precisam “disso”.

A terapia é uma necessidade de todas as pessoas independente do gênero, da origem e da idade. Em qualquer momento da vida, você pode agendar uma consulta com um psicólogo e contar a ele as suas preocupações.

Além de ajudar a resolver questões emocionais e problemas do dia a dia, a terapia promove o autoconhecimento, a autoconfiança e a autoestima alta.

Esses fatores contribuem para uma vivência proveitosa e para a redução de conflitos interpessoais. Em outras palavras, os efeitos da terapia são sentidos a longo prazo.

Sendo assim, ela é uma ferramenta que deve ser utilizada pelos homens para o encontro efetivo com o bem-estar.

 


6.    Aprender a administrar o estresse

O estresse faz parte da rotina de praticamente todas as pessoas. Não importa onde vivem e que tipo de trabalho fazem, em algum momento elas se sentem sobrecarregadas e estressadas.

Os homens costumam sofrer com o estresse no ambiente profissional e com preocupações relacionadas a vida financeira.

Como em muitos lares o homem ainda é o único provedor, a responsabilidade de suprir as necessidades da família é dele.

O dinheiro precisa entrar para que os familiares possam comprar comida, vestimentas e itens de higiene pessoal, além de terem acesso a oportunidades.

Já no trabalho, o excesso de responsabilidade e os expedientes longos são as maiores causas desse mal-estar.

Para evitar a sobrecarga e um posterior colapso mental, os homens precisam aprender a administrar o estresse. Eles podem fazer isso ao adotar “remédios caseiros”, como meditação, caminhada e técnicas de relaxamento.

Além disso, a terapia pode fornecer o conhecimento que lhes falta sobre gerenciamento de emoções.




sexta-feira, 17 de junho de 2022

Uma égide que atua em ti...

 

O ser humano, por sua natureza, se deixa condicionar pelas experiências que vive ao longo de sua existência. Principalmente pelo que vive no período de sua infância, ou no momento em que lhe parece se apresentar a si os ares da carência, e pode projetar-se num condicionamento  num contraponto do seu equilíbrio, pois procura a fuga, é mais fácil, o abandono de si e de outros , por que condicionamento, porque desde a mais tenra idades e é induzido uma forma de pensar, ou seja um vai se moldando a outros... e estes outros podem ser qualquer outros... família, trabalho, equipe, relacionamentos, comunidade direta que pode ser bairro, igreja, agremiação.  
Um grande exemplo que  temos neste condicionamento é a escola com partido, pois se ela permanecesse com política seria algo exultante pois a escola estaria formando novos cidadãos livres, democráticos e críticos . 
Porém a escola com partido ela é uni lateral, não há a liberdade de quem pensa ou ao menos tenta pensar diferente de toda a militância impressa, expressa e vociferada, quase como uma cartilha programada a um fim... e assim é...são os padrões da nossa realidade e fugir só lhe fará ter lá a frente cobranças a si mesmo, quando sozinho, porém bem possível que vá jogar toda a culpa de suas próprias escolhas n outro com o famoso: não foi isso que eu quis dizer. 
Me lembro de um professor a muitos aos atrás que ele dizia sempre quando surgia uma desculpa em algum dos alunos: tome cuidado, o grande mal se aproxima que é quando a cabeça pensa não e a boca diz sim e vice-versa, é hoje temos uma grande massa depressiva que confunde e funde-se com ansiedade apresentando o quadro que tem sobre sua égide o remorso e a culpa. 


Abilio Machado Psicoterapeuta


10 Regras de amor exigente para os pais

 

10 Regras de amor exigente para os pais

 

1.    Estabelecer um consenso familiar sobre o uso de substâncias: as regras devem ser comunicadas antes da puberdade. As crianças devem saber que seus pais esperam que na adolescência não fumem, não bebam, não usem maconha e outras drogas. Cada família deve estabelecer suas próprias regras, que devem ser repetidas com frequência. Porém atenção pais: seja o modelo. De nada adianta ir pedir a seus filhos que não bebam com um copo de cerveja na mão ou chegar no bar antes de chegar em casa, ou falar não fume com um cigarro entre os dentes.

2.    Estabelecer penalidades pelo não-cumprimento das regras: as punições não precisam ser nem repressivas, nem excessivas e devem ser anunciadas previamente e mantidas de forma consistente. Ou seja, os pais têm de ser cooperativos e não um querer derrubar a autoridade do outro. Pode ser útil estabelecê-las com a participação dos filhos, no começo de sua adolescência. Ex.: perda de privilégios, restrição ao uso do telefone, “proibição de sair de casa”, atividades extra curriculares, etc.

3.    Dedicar algum tempo diário para conversar com os filhos a respeito do que está se passando em suas vidas, como se sentem e o que pensam. Deve-se deixá-los falar livremente, não é necessário ter respostas, mas escutá-los atentamente, respeitando suas experiências e sentimentos... Se não der todos os dias, criar uma noite familiar...

4.    Ajudar os filhos a definirem objetivos pessoais: essas metas podem ser acadêmicas, esportivas e sociais. É importante ensinar os filhos a tolerar seus inevitáveis fracassos, que são oportunidades para crescer e não para desanimar... Passar a mão na cabeça ou enganar o momento para evitar a frustração causa mais danos que o enfretamento da realidade.

5.    Conhecer os amigos dos filhos: conhecer também os pais, encontrar-se com eles e compartilhar conhecimentos... quem conseguir terá um feito concreto, hoje se torna muito difícil este contato entre famílias.

6.    Ajudar os filhos a sentirem-se bem com suas próprias qualidades e com seus pequenos ou grandes êxitos: isto significa entusiasmar-se pelo que gostam. É muito comum os pais projetarem nos filhos os seus desejos pessoais, e assim cansam os filhos empurrando-os a fazer tudo que suas vontades pessoais assim querem. 

7.    Deve haver um sistema estabelecido para a resolução de conflitos: nem sempre os filhos estão de acordo com todos os regulamentos da casa. A melhor maneira de manter a autoridade é estar aberto aos questionamentos dos filhos. Um recurso útil é incluir a consultoria com uma pessoa respeitada por todos (outro membro da família, um médico, um vizinho, um líder da igreja, um psicoterapeuta, etc.).

8.    Falar frequentemente e muito cedo com os filhos a respeito de seu futuro: os filhos devem saber que o tempo que viverão com seus pais é limitado, pois se tornarão adultos, sairão de casa e, neste momento, deverão pagar suas contas e estabelecer suas regras. Enquanto estiverem na casa dos pais precisarão aceitar sua autoridade.

9.    Deve-se desfrutar dos filhos: uma das maiores felicidades da vida é ter os filhos em casa. Tanto os pais quanto os filhos devem trabalhar para que o lar seja um ambiente positivo para todos. Isso significa trabalho de equipe e respeito mútuo.

10.  Ser um pai/mãe “intrometido/a”: é importante fazer perguntas aos filhos, onde e com quem estão. Esta informação é necessária para que sejam pais efetivos. 

quinta-feira, 9 de junho de 2022

TA - Transtorno de Ansiedade. Conheça alguns sintomas que merecem sua atenção...


Transtornos de Ansiedade

Ansiedade: conheça alguns sintomas que merecem sua atenção...


Ansiedade é um termo geral para vários distúrbios que causam nervosismo, medo, apreensão e preocupação.


A ansiedade é uma reação que todo indivíduo experimenta diante de algumas situações do dia a dia, como falar em público, expectativa para datas importantes, entrevistas de emprego, vésperas de provas, exames de saúde entre outras.


Contudo, algumas pessoas vivenciam esta reação de forma mais frequente e intensa, que pode ser considerada patológica e comprometer a saúde emocional.


Como saber quando a ansiedade normal ultrapassa os limites e pode ser considerada um transtorno? Confira mais no texto abaixo.


Ansiedade e Medo


De acordo com o DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais) os transtornos de ansiedade incluem aqueles que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionadas.


Assim, medo é a resposta emocional à ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura.


O medo é com mais frequência associado a períodos de excitabilidade aumentada, necessária para luta ou fuga, pensamentos de perigo imediato e comportamentos direcionados a escapar de alguma situação. 


Os ataques de pânico se destacam dentro dos transtornos de ansiedade como um tipo particular de resposta ao medo.


Como controlar a ansiedade?


Aprendemos a controlar a ansiedade quando descobrimos seus gatilhos emocionais. Desse modo, uma das melhores ferramentas atuais para lidar com os momentos ansiosos é a psicoterapia.


É possível identificar gatilhos por conta própria ou com o terapeuta. Às vezes, podem os caminhos são óbvios, como o consumo excessivo de cafeína, álcool ou cigarro. Outras vezes, eles podem ser menos óbvios.


Eventualmente, problemas de longo prazo como dificuldades financeiras ou relacionadas ao trabalho podem levar algum tempo até serem descobertos.


Assim, podemos ser impactados por uma data de vencimento, uma pessoa ou a situação e não percebermos. Isso pode exigir algum apoio extra, por meio da terapia, ou com amigos e mentores.


Quando você descobrir seu ou seus gatilhos, tente limitar sua exposição, se puder. Entretanto, se você não consegue ou não pode reduzir o contato, como no caso de um ambiente de trabalho estressante, que não pode ser alterado no momento, o uso de outras técnicas de enfrentamento pode ajudar.


O que caracteriza o transtorno de ansiedade?


Os transtornos de ansiedade se diferenciam do medo ou da ansiedade normais, adaptativos,  por serem excessivos ou persistirem além de períodos apropriados ao nível de desenvolvimento.


Assim, eles diferem do medo ou da ansiedade provisórios, com frequência induzidos por estresse, por serem persistentes.


Quais são os Sintomas de ansiedade?


Veja quais são principais sintomas que podem estar relacionados a transtornos de ansiedade, e merecem atenção:


Enxergar perigo em tudo;

Apetite desregulado;

Alterações de sono;

Tensão Muscular;

Medo de falar em público;

Preocupações em excesso;

Ficar sempre próximo de ataques de nervos;

Medos irracionais;Inquietação constante;

Sintomas físicos;

Pensamentos obsessivos;

Perfeccionismo;

Problemas digestivos.


Veja mais detalhes sobre cada um deles abaixo!


1 – Enxergar perigo em tudo


Indivíduos com transtornos de ansiedade em geral superestimam o perigo nas situações que temem ou evitam. Da mesma maneira, o medo ou a ansiedade são excessivos ou fora de proporção.


Você já conheceu alguma pessoa que não viaja de avião por que tem medo de acidente aéreo? Está sempre pensando que o avião vai cair? Já imagina inclusive a cena de luto?


Outro exemplo é alguém que passa por um procedimento ou exame médico simples e teme ter uma doença grave ou ficar incapacitado após o exame. Em casos mais extremos chega até a cogitar a possibilidade de morrer no procedimento.


2 – Apetite desregulado


Não faltam casos de pessoas que encontram na comida uma solução para seus problemas emocionais. Isto é, ao menor sinal de preocupação você recorre ao brigadeiro, a um docinho ou qualquer outro alimento para aliviar a tensão.


Em geral, mastigam pouco o alimento e ingerem grande quantidade de comida em pouco tempo.


Comer indiscriminadamente, sem fome, por ansiedade, estresse ou outra emoção negativa é um sinal de alerta. E cuidado! Esta atitude também pode desencadear uma compulsão alimentar. 


3 – Alterações de sono


Sentem dificuldade para dormir ou apresentam episódios de insônia em vésperas de reuniões importantes e eventos. Não conseguem se desligar do que fizeram ao longo do dia no trabalho e passam a noite processando o que farão no dia seguinte.


Algumas vezes chegam a sonhar e despertar pensando em soluções possíveis para determinada questão.


4 – Tensão muscular


É comum sofrer com dores nas costas, ombros e nuca. Os músculos do pescoço ficam travados e a dor é tanta que mal dá para virar de lado.


Essa tensão muscular, quase constante, geralmente acompanha os transtornos de ansiedade. Quanto maior a preocupação e o desânimo, maior a possibilidade de transferir as tensões para a região cervical. 


5 – Medo de falar em público


Somente ao pensar na necessidade de realizar uma apresentação para uma plateia sinais como sudorese excessiva, mãos geladas, taquicardia, falta de ar e respiração ofegante aparecem.


Esse medo pode estar relacionado às preocupações com o ego, receio de julgamento e a apreensão, o que aumenta a ansiedade.


6 – Preocupações em excesso


Estão sempre preocupados com o futuro. Ainda mais em épocas de crise econômica, é comum ver pessoas pensando na manutenção do emprego.


A preocupação excessiva é uma fonte direta de dores de cabeça, úlceras, ansiedade e stress, podendo inclusive afetar o sistema imunológico.


Além disso, essa angústia e o volume de detalhes para pensar afeta muito a atenção da pessoa com ansiedade, o que faz com que seja difícil se focar.


Assim, ela perde eficiência em suas atividades diárias, e isso amplia as preocupações, tornando tudo um ciclo que pode gerar desespero e outros problemas.


7 – Ficar sempre próximo um ataque de nervos


Pessoas que estão a ponto de entrar em um ataque de nervos, podem passar da euforia ao pranto rapidamente.  Sintomas como irritabilidade e mudanças de humor repentinas, sem explicação aparente, surgem em momentos de maior pressão e estresse.


8 – Medos irracionais


Medos de estar perdendo alguma coisa, de não ser bom o suficiente, medo do fracasso, pânico de ficar sozinho ou de não ser aceito também perseguem pessoas ansiosas.


Campeões de autocrítica, são os primeiros a não se sentir capazes o suficiente para concluir uma determinada atividade. O excesso de medo pode comprometer a segurança nas relações pessoais, seja no trabalho ou na família.


9 – "Inquietação constante" 


Dificuldade de concentração, inquietação e fadiga. O indivíduo apresenta uma angústia intensa, não consegue ficar quieto, caminha de um lado para o outro, desespera-se.


Fatores que geram grande desconforto ao atrapalhar a conclusão de uma tarefa, além de afetar a qualidade de vida da própria pessoa e também de quem está ao seu lado.


10 – Sinais físicos


Nos momentos de ansiedade, podem surgir sintomas físicos que vão além das dores musculares:


tremores;

cansaço;

sensação de falta de ar ou asfixia;

coração acelerado;

suor excessivo;

mãos frias e suadas;

boca seca, tontura;

náuseas;

diarreia;

desconforto abdominal;

ondas de calor;

calafrios;

micção frequente;

dificuldade para engolir;

sensação de engasgo.


11 – Pensamentos obsessivos


O pensamento obsessivo é uma incapacidade de ganhar controle sobre pensamentos e imagens, angustiantes e recorrentes. Estudos de imagem cerebral indicam que está associado a uma disfunção neurológica de causa desconhecida que força os pensamentos em ciclos repetitivos.


Dessa forma, o pensamento obsessivo também pode estar associado a transtornos do humor, incluindo distimia, depressão e transtorno bipolar. É também o sintoma definidor de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Transtorno de Pânico e muitas outras condições psicológicas.


12 – Perfeccionismo


O perfeccionismo caracteriza-se pela insistência em estabelecer padrões altos e pela busca incessante em alcançá-los.


De fato, os perfeccionistas muitas vezes têm alto desempenho – mas o preço desse sucesso pode ser a infelicidade e insatisfação crônicas. O perfeccionismo excessivo pode estar fortemente ligado ao medo de errar e a comportamentos de autossabotagem, como a procrastinação.


Desse modo, como a perfeição é algo praticamente impossível de se atingir, pessoas perfeccionistas acabam sofrendo com a ansiedade por não conseguir atingir o objetivo estabelecido.


13 – Problemas digestivos


Um sistema muito afetado pelo estresse e ansiedade é o gastrointestinal. Dores, má digestão, mal-estar no abdômen, diarreia e azia são alguns dos sinais.


Consequentemente, ansiedade excessiva e estresse agudo podem alterar as funções gastrointestinais por meio do sistema nervoso.


Como consequência dessas alterações podem surgir úlceras, gastrites, doenças inflamatórias, refluxo gastroesofágico e síndrome do intestino irritável.


"Estratégias para controlar a ansiedade"


Controlar a ansiedade é um desafio, mas existem estratégias, recursos e até mesmo mudanças que você pode fazer em seu dia a dia que vão auxiliar com isso!


Separei alguns abaixo. Veja:


"Sessões de Psicoterapia"


A Psicoterapia é um processo que pode ajudar, e muito, os indivíduos que sofrem com ansiedade. É um tratamento colaborativo baseado na relação entre um indivíduo e um psicólogo.


Baseado em diálogo, ele fornece um ambiente de apoio que permite falar abertamente com alguém que é objetivo, neutro e sem julgamento.


Você e seu psicoterapeuta trabalharão juntos para identificar e mudar os padrões de pensamento e comportamento que o impedem de sentir o seu melhor, aumentando o autoconhecimento e a resiliência.


Uma das abordagens bastante eficientes no tratamento de quadros ansiosos é a Terapia Cognitivo Comportamental, que tem uma atuação bastante focal e direta.

"Sessões de Arteterapia"

A descoberta é prática de seus talentos, junto a seu Arteterapeuta, irá provocar através da arte seus sentimentos,  buscar resignificações ao que em ti incomoda ou limita. A busca destas libertações através da arte, na expressividade artística, num poema, num conto, num livro, num rabisco,  desenho ou pintura, uma quadro. Unindo tema, habilidade e terapia. Podendo começar pelo básico da escrita através de um diárioterapia, de observação de si e dos outros.


"Praticar atividade física"


Reserve um tempo para uma caminhada, corrida ou qualquer atividade física que te proporcione prazer.


Atividade física realizada de forma regular ajuda a fortalecer o sistema imunológico, prevenir doenças cardiovasculares e obesidade. Igualmente, ela aumenta o bem-estar, a disposição para atividades do dia a dia e a produtividade no trabalho.


Também diminui a insônia e melhora a saúde mental, prevenindo a depressão. Entretanto, se você é do tipo competitivo, estabeleça uma meta, como por exemplo correr uma prova de 5 ou 10 km. 


Como resultado, a prática frequente de atividade física regula o sono, pois a prática de exercícios libera endorfina, que proporciona bem-estar e diminui a ansiedade e o estresse.


"Praticar meditação"


Neurocientistas já comprovaram que a prática de meditação contribui para aumentar a região do córtex pré-frontal esquerdo, região responsável pelo sentimento de felicidade.


Assim, cinco minutos diários para observar a respiração já são eficientes para o começo. Se possível estimule sua equipe a meditar também, os ganhos serão enormes.


Mindfulness é uma das intervenções mais eficientes para reduzir o estresse e o sistema imunológico. Eu gosto bastante e uso o Headspace.


Inclusive, descobri recentemente o app da Vivo Meditação, já em português. Quem sabe você não começa a meditar hoje mesmo?


"Ouvir música"


A música ajuda relaxar, extravasar, expressar, dançar, celebrar, interiorizar, descansar… Ainda mais no Brasil, onde a narrativa social e o cotidiano são musicais.


Ela é um elemento terapêutico por excelência. É algo medicinal e sem contra-indicações. Quando foi a última vez que você curtiu sua música preferida?


"Manter uma alimentação saudável"


Um cérebro saudável é a primeira linha de defesa contra a ansiedade, depressão e outros transtornos do humor.


De fato, algumas vitaminas são necessárias para a formação de neurotransmissores que estimulam o bom humor, enquanto outras fornecem energia para células cerebrais ou as protegem de danos. Assim como os nossos órgãos, o nosso cérebro precisa de certas vitaminas para funcionar normalmente.


Todos passamos por momentos de ansiedade e stress. Se forem muito frequentes ou muito intensos, podem indicar a necessidade de auxílio de profissionais especializados.


Fontes:

Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais 5.ª edição (2013)


Site: www.health.com


Precisa de apoio psicoterapêutico ou conhece alguém que precisa ? 


ABILIO MACHADO 
PSICOARTETERAPEUTA 





Transtornos de Ansiedade 





quarta-feira, 27 de abril de 2022

Tudo sobre fobias

 

Quais são os tipos, quem sofre e como tratá-las?

Levar um susto ao ver uma aranha ou uma cobra, sentir frio na barriga ao olhar pela janela do vigésimo andar de um prédio ou ficar desconfortável falando diante de uma plateia são reações comuns quando nos deparamos com situações inesperadas ou pouco habituais.

Porém, quando o medo e a ansiedade tornam-se excessivos e persistentes, pode ser um sinal de desenvolvimento de fobias — um tipo de transtorno de ansiedade que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está no topo da lista de países com o maior percentual de pessoas com transtornos de ansiedade: 9,3% dos brasileiros sofrem desse problema de saúde mental, incluindo as fobias gerais.

Quando não tratada, a fobia pode gerar sofrimento e afetar diretamente a rotina e as relações sociais do indivíduo, trazendo limitações no trabalho, na escola ou nas atividades do dia a dia. Isso acontece porque quem sofre desse transtorno costuma evitar situações em que se expõe à causa do medo.

Por ser um assunto complexo e que gera muitas dúvidas, escrevemos abaixo um guia completo para que você saiba como identificar as fobias mais comuns, conheça os principais sintomas e entenda quais são os tratamentos mais eficazes e adequados.

O que é fobia?

A fobia é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo irracional de uma situação, atividade, lugar, objeto ou animal, mesmo que isso não represente qualquer perigo. Ou seja, a ansiedade que uma pessoa fóbica sente é desproporcional à circunstância em si.

Existem tanto fobias específicas, como medo de animais, de altura, de ferimentos ou de sangue, quanto complexas, como medo de interações sociais. Geralmente, os transtornos simples se manifestam quando uma pessoa tem um senso de perigo exagerado ou irrealista sobre algo e evita os gatilhos específicos.

O desenvolvimento de fobias pode estar ligado à interação entre fatores genéticos e ambientais, a condicionamentos, a eventos negativos relacionados a uma situação ou objeto, a mudanças no funcionamento do cérebro ou a experiências traumáticas vividas na infância. Por isso, crianças e jovens são suscetíveis a apresentar esse tipo de transtorno.

Segundo uma pesquisa realizada por Fernando Asbahr, professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), aproximadamente 10% das crianças e adolescentes preencherão critérios diagnósticos para algum tipo de transtorno de ansiedade. Nessa população, a prevalência de fobias específicas é em torno de 2,4 a 3,3%, e de fobia social, de 1%.

Qual é a diferença entre medo e fobia?

O medo é considerado uma emoção básica, ou primária, de adaptação do homem frente a situações de ameaça ou perigo enfrentadas ao longo de sua história evolutiva. Esse estado emocional é universal, ou seja, é compartilhado entre indivíduos de todas as culturas.

Essa resposta imediata a eventos ambientais ou pensamentos internos desencadeia mudanças de raciocínio e comportamento. Isso acontece porque a emoção é formada por três componentes: resposta fisiológica, como taquicardia e sudorese; resposta comportamental, como olhos arregalados; e sensação, em que a pessoa interpreta essas respostas corporais como “estou com medo”.

Já a ansiedade é uma mistura de emoções, em que o medo é predominante. Esse sentimento ajuda as pessoas a anteciparem eventos futuros e a buscarem novas formas de enfrentar os desafios, sendo também parte normal e benéfica na vida diária. Os níveis de medo e ansiedade variam de pessoa para pessoa, podendo aumentar ou diminuir de acordo com a circunstância.

Em situações de ameaça ou perigo, o medo e a ansiedade se relacionam, gerando um estado de apreensão e tensão e comportamentos de proteção, defesa, fuga e esquiva. Porém, quando a ansiedade ou o medo é angustiante, persistente ou incontrolável na ausência de perigo real, é um indício de que a pessoa está sofrendo de fobia.

Portanto, a grande diferença entre o medo e a fobia é a intensidade dos sentimentos e das emoções e as consequências negativas que esse distúrbio traz para a vida da pessoa.

Quais são as fobias mais comuns no Brasil?

O estresse e as pressões da vida moderna têm levado cada vez mais pessoas a desenvolver transtornos mentais, que muitas vezes passam despercebidos ou são ignorados, podendo evoluir para problemas de saúde mais sérios. Muitas fobias são vistas como “medos bobos” e acabam não recebendo a atenção merecida, o que faz com que a pessoa sofra calada ou isole-se do convívio familiar e social.

Conforme informações do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), indivíduos com fobia específica têm até 60% mais probabilidade de cometer suicídio do que pessoas sem o diagnóstico. Porém, essas taxas elevadas podem estar ligadas principalmente à comorbidade com transtornos de personalidade ou outros transtornos ansiosos.

Milhares de fobias já foram descritas, classificadas e documentadas, mas algumas delas são mais comuns, como as listadas abaixo.

Acrofobia

A acrofobia é caracterizada pelo medo irracional de altura e pode ser causada por diversos fatores, como instinto de sobrevivência exacerbado e experiências traumáticas. Uma pessoa que caiu de um lugar alto ou presenciou um acidente envolvendo queda livre, por exemplo, tem grandes chances de desenvolver esse tipo de fobia.

Os indivíduos que sofrem desse transtorno costumam apresentar sintomas físicos e emocionais intensos quando estão em locais altos, como vertigem, tremor e pânico. Nos quadros mais graves, o acrofóbico não consegue subir escadas, morar em prédios, entrar em elevadores ou dirigir sobre pontes.

Aerofobia

Diferentemente do que muitos pensam, uma pessoa que sofre de acrofobia nem sempre terá medo de andar de avião. Por isso, há um nome específico para o medo irracional de voar, que é aerofobia. Geralmente, a pessoa que desenvolve esse transtorno de ansiedade se restringe ao uso de transportes terrestres ou marítimos.

A aerofobia pode limitar a vida do indivíduo tanto em questões de lazer quanto profissionais, pois muitos acrofóbicos deixam de viajar para outros países nas férias, de participar de congressos internacionais ou de ir a reuniões em filiais estrangeiras da empresa devido à ansiedade incontrolável que esta situação causa.

Agorafobia

A palavra agorafobia é usada para designar o medo irracional de lugares abertos, fechados ou de multidões devido a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que não terá ninguém por perto para receber auxílio caso apresente sintomas incapacitantes, como pânico ou crises agudas de ansiedade.

Normalmente, quem sofre desse transtorno fica muito dependente de outras pessoas, pois precisa ter uma companhia sempre por perto para ter a sensação de segurança. A falta de independência e de confiança em si mesmo pode trazer muito sofrimento emocional para o indivíduo com agorafobia.

O simples fato de sair de casa para ir ao supermercado ou à farmácia, por exemplo, pode se transformar em uma experiência terrível e ameaçadora. Apesar de saberem que seus medos são irracionais, os agorafóbicos não conseguem deixar de pensar que estão em constante perigo.

Aracnofobia

Uma das fobias mais comuns está relacionada à aranha, um aracnídeo de oito pernas que pode ou não ser venenoso para o ser humano. Apesar da aparência assustadora, muitas espécies são inofensivas e quase invisíveis a olho nu. Porém, isso não impede que várias pessoas sintam medo excessivo desse animal.

O condicionamento na infância é uma das principais causas da aracnofobia. Muitas crianças são ensinadas por seus pais ou responsáveis a temer ou a evitar o contato com aranhas por causa da possibilidade de serem picadas. Quando chegam à idade adulta, não conseguem controlar o medo e a ansiedade diante desse bicho, mesmo que não represente um perigo real.

Claustrofobia

Permanecer por muito tempo em um lugar fechado e pequeno é o maior temor dos claustrofóbicos. Esse transtorno muitas vezes é confundido com a agorafobia, mas apresenta características distintas de diagnóstico. Quem sofre desse transtorno sente medo do confinamento em ambientes fechados.

Entrar em elevadores, trens do metrô e aparelhos de ressonância magnética, por exemplo, pode paralisar ou causar pânico em indivíduos que desenvolvem essa fobia, dificultando suas relações sociais e atividades do cotidiano. Estima-se que a claustrofobia atinja cerca de 4% da população.

Coulrofobia

O medo irracional de palhaços é denominado coulrofobia e, na maioria dos casos, é desenvolvido devido a experiências traumáticas na infância. Embora sejam coloridas e alegres, essas criaturas mascaradas típicas do circo transformaram-se no pesadelo de muitas pessoas.

As expressões faciais desconhecidas e os gestos exagerados dos palhaços são alguns dos atributos que causam pânico em quem sofre desse transtorno de ansiedade. Além disso, muitos filmes e seriados de terror têm o palhaço como protagonista, o que pode ter contribuído para o aumento dessa fobia entre adolescentes e adultos.

Fobia social

O transtorno de ansiedade social, ou fobia social, é caracterizado por uma ansiedade ou medo irracional de situações sociais corriqueiras. A pessoa teme ser rejeitada, humilhada ou avaliada negativamente pelos demais, por isso esquiva-se de falar em público, de conhecer novas pessoas, de ir a festas, de comer na frente dos outros, de conversar com figuras de autoridade ou até mesmo de sair de casa.

Com frequência, esse tipo de transtorno se desenvolve na infância ou início da adolescência, podendo permanecer até a vida adulta se não for tratado. A fobia social causa diversos prejuízos na vida de um indivíduo, pois afeta suas relações sociais, profissionais e amorosas, podendo evoluir para outros problemas de saúde mental, como depressão e abuso de drogas.

Glossofobia

Apesar de ser um grande desafio, muitas pessoas conseguem vencer a ansiedade de apresentar trabalhos ou fazer apresentações na frente de uma plateia. Mas, quando essa situação é paralisante e causa um medo persistente, é um alerta para o diagnóstico de transtorno mental.

Glossofobia é o termo usado para designar o medo irracional de falar em público. Um estudo publicado no International Journal of Research indica que aproximadamente 75% das pessoas sofrem dessa fobia. Esse transtorno traz diversas complicações para a vida social do indivíduo, já que essas situações ocorrem com frequência na escola e no ambiente de trabalho.

Hematofobia

Hematofobia, ou hemofobia, é o nome dado à patologia psicológica apresentada por pessoas que têm medo exagerado e irracional de ver sangue. O sintomas mais comuns são desmaio, enjoo, tontura, calafrio e falta de ar. Porém, esses sintomas podem variar de pessoa a pessoa dependendo do grau do transtorno.

Alguns hematofóbicos também podem desenvolver medo de objetos cortantes e perfurantes, como facas e agulhas, que podem estar associados ao sangramento. Por isso, muitas vezes deixam de fazer exames médicos que necessitam da retirada de sangue e uso desses instrumentos médicos. Como qualquer distúrbio exagerado, a pessoa precisa ser tratada para que não afete sua qualidade de vida.

Ofidiofobia

O medo irracional de cobras ou serpentes é chamado de ofidiofobia. Assim como a aracnofobia, esse é um dos transtornos de ansiedade mais comuns envolvendo animais. As pessoas que desenvolvem essa patologia começam a passar mal e a apresentar sintomas de pânico ao se depararem com esse tipo de réptil.

Em casos mais graves, somente a menção ou a visualização de uma imagem de cobra pode levar a pessoa a uma intensa reação de pavor, calafrios e, em alguns casos, problemas cardíacos.

Um dos motivos que tornam essa fobia uma das mais prevalentes na população geral é o fato de que algumas espécies de cobras são peçonhentas, ou seja, injetam seus venenos nas vítimas, sendo, muitas vezes, mortais. Mesmo sem nunca ter tido contato direto com esses animais, as pessoas podem desenvolver esse tipo de transtorno de ansiedade.

Para alguns neurocientistas, o medo de cobras é uma herança ancestral, pois esses animais representavam uma grande ameaça à sobrevivência, principalmente para os povos primitivos. Ao longo da evolução, as pessoas começaram a detectar os répteis que conseguiam se camuflar facilmente entre o mato e as árvores, reconhecendo o perigo.

Tripofobia

Apesar de parecer inusitado, a aversão a padrões irregulares ou a agrupamentos de pequenos buracos ou saliências atinge cerca de 15% da população. Segundo uma pesquisa realizada na Universidade Emory, nos Estados Unidos, a tripofobia está mais relacionada à emoção de nojo do que de medo.

Os dados da pesquisa mostram que a reação das pessoas frente a um conjunto de furos ou buracos está relacionada a um mecanismo visual primitivo presente em todos os seres humanos. Ao contrário da resposta de luta ou fuga própria do medo, os voluntários do estudo tiveram uma resposta que retardou a ação, emitindo um alerta de cautela.

Existem também fobias específicas incomuns, como a amaxofobia — medo de estar em um veículo em movimento —, a araquibutirofobia — medo de que comidas pastosas grudem no céu da boca —, a barofobia — medo da gravidade —, a geliofobia — medo de risadas —, e a gnomofobia — medo de gnomos de jardim.

Quais são os principais sintomas?

Pessoas que apresentam fobias geralmente conhecem as causas dos seus medos e evitam ao máximo entrar em contato com o que temem, não apresentando sintomas expressivos no dia a dia. Porém, em alguns casos, o simples fato de pensar na origem da fobia já desencadeia uma série de manifestações adversas.

Apesar de variarem de acordo com o tipo e o grau do transtorno, alguns sintomas são comuns a maioria das fobias e aparecem de forma repentina, principalmente quando ocorre um ataque de pânico. Entre os sintomas físicos, podemos destacar:

  • tontura e vertigem;
  • náusea;
  • tremores;
  • calafrios;
  • formigamento pelo corpo;
  • sudorese intensa;
  • dor de cabeça;
  • tensão muscular;
  • diarreia;
  • aumento da frequência cardíaca e palpitações;
  • boca seca;
  • dificuldade para respirar.

Há também sintomas psicológicos, como preocupação excessiva, fixação nos problemas, irritabilidade, dificuldade para dormir, desorientação, confusão mental e medo de perder o controle, de enlouquecer ou de morrer.

Em alguns casos, dois ou mais problemas de saúde mental acometem o mesmo indivíduo, como transtorno de ansiedade e depressão, podendo levar ao aparecimento de outros sintomas. Por isso, é importante procurar orientação de profissionais para receber um diagnóstico completo e preciso.

Como tratar as fobias?

As fobias são transtornos mentais incapacitantes que devem ser tratados por especialistas a fim de trazer mais qualidade de vida ao indivíduo e evitar o desenvolvimento de outros problemas de saúde, como depressão, isolamento social e pensamentos de morte.

Como visto, o medo irracional e incontrolável pode gerar sofrimento e trazer limitações relevantes no dia a dia das pessoas, por isso o diagnóstico e o tratamento precoces das fobias é fundamental para a manutenção da saúde do indivíduo, evitando constrangimentos e limitações.

O tratamento de uma fobia deve ser iniciado após um diagnóstico minucioso, que abranja aspectos físicos, cognitivos e psicossociais. Essa avaliação clínica detalhada serve como ponto de partida para a escolha das técnicas mais eficazes para atender às necessidades específicas de cada paciente.

Os principais tratamentos para esse tipo de transtorno são os medicamentosos e os psicoterapêuticos, que podem ser indicados pelos médicos de maneira isolada ou conjunta, dependendo das causas do problema e do grau de incapacitação da pessoa atendida.

Tratamento não medicamentoso

Algumas abordagens psicoterapêuticas têm sido eficazes no tratamento de fobias, principalmente a terapia de exposição e a terapia cognitivo-comportamental. Essas modalidades baseiam-se na aplicação de técnicas psicológicas para entender as causas do transtorno e fazer com que a pessoa confronte as situações causadoras da ansiedade ou do medo.

As sessões de psicoterapia devem ser regulares para chegar aos objetivos traçados. Nesse processo, o papel do profissional é fazer com que a pessoa compreenda que é possível enfrentar seus medos e temores mais profundos de forma a superar sua fobia e aumentar sua autoestima.

A escolha da psicoterapia mais adequada depende de vários fatores, como evolução do transtorno, sintomas apresentados, histórico clínico e colaboração do paciente atendido. Esse tipo de tratamento visa desde a solução de problemas até a modificação de comportamentos, para que o indivíduo conheça a si mesmo e o mundo a seu redor.

Tratamento medicamentoso

O uso de medicamentos normalmente é indicado na fase inicial do tratamento psiquiátrico nos casos mais graves ou avançados de fobia, nos quais há sintomas associados ou mais expressivos.

Os antidepressivos e os tranquilizantes têm mostrado resultados positivos na diminuição da ansiedade e da agitação típicos dos quadros de fobia, mas devem ser usados de maneira controlada e por um curto período para que não causem reações adversas ou problemas secundários.

A prescrição de fármacos deve ser feita por um médico especialista, mediante uma avaliação clínica completa e detalhada, que deve incluir exames laboratoriais, histórico familiar e de dependência de álcool ou drogas e testes físicos e psicológicos.

Tratamento de fobias com hipnose funciona?

A terapia com hipnose, ou hipnoterapia, é uma modalidade terapêutica alternativa que utiliza técnicas hipnóticas para descobrir as causas dos problemas apresentados pelo indivíduo e ajudá-lo a resgatar memórias e a enfrentar seus medos e traumas por meio do transe.

A hipnoterapia tem sido empregada no mundo todo como ferramenta auxiliar no diagnóstico e no tratamento de problemas de saúde física e mental. No Brasil, essa abordagem é reconhecida pelos Conselhos Federais de Medicina (CFM), de Psicologia (CFP), de Odontologia (CFO) e de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).

Assim, como nos demais tratamentos, a pessoa deve passar por uma avaliação prévia de um hipnoterapeuta certificado. É importante ressaltar que a hipnose é uma alternativa terapêutica e coadjuvante aos tratamentos convencionais realizados por profissionais especialistas da área da saúde.

O ideal é contar com uma equipe multidisciplinar capacitada para dar assistência aos pacientes e seus familiares em todas as etapas de diagnóstico e tratamento. O atendimento deve ser realizado por psiquiatras, clínicos gerais, psicólogos e terapeutas, com foco na recuperação e na manutenção da saúde integral do paciente.

Em todo esse processo, o incentivo e o apoio de amigos e familiares é essencial, já que muitas pessoas diagnosticadas com fobias acreditam que seus medos são passageiros ou não precisam ser tratados. Entre as principais recomendações para ajudar uma pessoa a lidar com o problema, estão não reforçar as causas da fobia, comemorar os progressos e dar suporte nos momentos de crise.

A busca por informações e orientação profissional nos casos de transtorno de ansiedade é de extrema importância para garantir bem-estar, autonomia e independência a quem sofre desse transtorno. Para que mais pessoas entendam sobre as fobias e procurem ajuda especializada, compartilhe este artigo nas suas redes sociais.


fonte:www.hospitalsantamonica.com.br  

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