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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Infidelidade Digital existe ?

 


Infidelidade digital: decepções virtuais que têm consequências


Você não precisa mais sair de casa para ser infiel ao seu parceiro. Em um mundo online, as possibilidades são infinitas e as traições são múltiplas. Mas o que está por trás desse fato?


Com o advento da tecnologia e sua instalação gradual no DNA cotidiano, surgiu um novo tipo de traição emocional. Aqui estamos nos referindo à infidelidade digital, um fenômeno cada vez mais comum e uma fonte de dor e preocupação no relacionamento . A partir de agora, não é mais necessário sair de casa para ser infiel e isso às vezes serve de desculpa ou de escudo.


“Mas nada aconteceu! », Ouvimos. “ Mas nós nem nos conhecemos pessoalmente! ” Eles insistem. Apesar disso, a perplexidade é a mesma e o impacto dói pela deslealdade emocional, a quebra de confiança e o engano flagrante de quem busca cumplicidade em outro lar. Neste mundo online, como podemos ver, uma pessoa pode ter várias vidas paralelas àquela que dorme ao seu lado sem suspeitar de nada.



Portanto, e por mais surpreendente que pareça, esse tipo de situação não ocorre apenas entre os nômades digitais. Engano virtual não é exclusivo para a geração do milênio e Geração Z. Considere que a pornografia na Internet consumo , por exemplo, ocorre em qualquer faixa etária; tal coisa também pode ser considerada uma traição se o parceiro não souber ou não concordar com ela.



Infidelidade digital: traições, emoções furtivas e aumento da autoestima

As infidelidades já não são o que costumavam ser, mas não são menos graves. Se antes a traição surgia com flertes no trabalho ou com uma fuga furtiva no meio da noite em busca de algo novo, agora tudo que precisamos é de uma conta nas redes sociais . Ou para se cadastrar em aplicativos orientados para esse fim. Alguns curtidas , alguns comentários ousados ​​em uma foto, uma mensagem direta e o jogo começa: o flerte digital.



Muitas pessoas pensam que a infidelidade digital não é a verdadeira infidelidade. Porém, onde está o limite? Onde está o manual que nos permite diferenciar o que é permitido e o que não é? Trabalhos de pesquisa , como o feito no Instituto Nacional de Saúde Mental e Neurociência (NIMHANS) em Bangalore, Índia, deixam claro: a infidelidade online é vista como tão traumática quanto a infidelidade verdadeira. Vamos nos aprofundar nisso.





O mundo digital, um teatro de ambiguidade e traição à distância

A infidelidade digital ocorre às escondidas . Verificamos nossos telefones quando nosso parceiro não está olhando, esperando por uma nova mensagem. Temos conversas ou sexting (enviando mensagens ou fotos com forte conteúdo sexual) nas costas um do outro e de maneira furtiva. Esse tipo de comportamento não é realmente um problema?



Muitas pessoas ainda veem alguma confusão na infidelidade digital. Afinal, esse flerte ousado no Instagram quase nunca se resume a algo real. Quão importante é se você continuar a amar seu parceiro? eles insistem. Neste mundo online, as possibilidades são infinitas e não há nada de errado em tirar proveito delas (é o que dizem a si mesmas). Porém, a realidade é diferente.



O flerte virtual é uma traição óbvia e as razões são as seguintes:

• Com a infidelidade digital, violamos completamente o princípio da confiança.

• Parte de nós sabe que esse flerte, que essas mensagens sexuais podem machucar a outra pessoa, se ela souber disso.

• Infidelidade não significa trair exclusivamente sexualmente seu parceiro. Trata-se de buscar intimidade em alguém que não seja aquele com quem temos um compromisso. As intenções têm tanta implicação quanto as próprias ações.



Alguns estudos como os realizados na Northcentral University (Califórnia) nos mostram algo interessante. A infidelidade emocional é considerada muito mais séria do que a infidelidade sexual online. Da mesma forma, os homens, em média, levam a infidelidade digital menos a sério do que as mulheres.

O problema da autoestima como gatilho para a infidelidade digital

Quando essa troca de gostos , comentários e conversas íntimas começa, a maioria das pessoas não está tentando trair seu parceiro . O objetivo não é sexo ou traição como tal.



O que encontramos, na verdade, é o desejo de novas experiências, a adrenalina , o fortalecimento da autoestima, a busca de uma emoção furtiva que seria fonte de prazer em determinado momento do dia.



• O perfil infiel digital é alguém com baixa autoestima que precisa de um impulso rápido .

• Não esqueçamos que são inúmeros os portais e aplicações que se enriquecem justamente neste tipo de necessidades. As questões emocionais são um grande negócio para as grandes empresas de Internet.

• Onde estou no mercado de namoro de hoje? Outra razão pela qual o flerte digital é praticado é para ver se você ainda tem “potencial”. Ainda sou atraente? Se eu não tivesse um parceiro agora, poderia encontrar outro, rapidamente? Basta entrar em determinadas páginas ou tentar a sorte nas redes sociais para descobrir.

• O universo digital é mais simples do que o mundo real. Este é, sem dúvida, outro ponto óbvio: o mundo online evolui a um ritmo diferente, tem regras diferentes e tudo é mais estimulante e acima de tudo rápido. Assim, subscrevemos determinadas aplicações para procurar algo específico, entramos em grupos com gostos semelhantes… Tudo isto evita que percamos tempo, navegando anonimamente e conseguindo o que queremos num bocado .de tempo.

Para concluir, a era do Sexo, Mentiras e Vídeo que Steven Soderbergh nos trouxe neste famoso filme dos anos 90 mudou completamente. O sexo já é possível em outros tipos de cenários, as fitas de vídeo deram lugar ao celular e as mentiras ainda são mentiras que ferem e rompem relacionamentos.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Dualidade do ser...



EGO X ALMA

Perceba que parece existir 2 entidades operando em sua consciência a todo instante! É como se houvesse 2 fontes de referências ou 2 tipos de egos – um “eu inferior” e um “Eu Superior ou Verdadeiro”, ambos a argumentar com você de diferentes e antagônicos pontos de vista. Cabe a você escolher a quem ouvir, sempre. Está em suas mãos decidir a quem convidar para te influenciar e operar como o seu pensamento consciente. Por uma simples questão de ilustração, vou chamar de “ego” o que antes chamei de “eu inferior” e de “Alma” o que chamei de “Eu Superior/Verdadeiro.”

O ego sempre se apoia em circunstâncias e fatores externos para se gabar e se exaltar. Na ausência das condições favoráveis para o ego sobreviver e prosperar, ele se irrita e até entra em pânico para que as coisas, as circunstâncias e as pessoas mudem! Segundo sua perspectiva, as coisas só entram no eixo quando tudo está encaixado em seus devidos lugares e contextos. Só assim o ego diz estar bem e em paz! O ego olha pra fora em busca de sinais suficientemente convincentes de que existem indícios fortes para ter-se esperança e fé para confiar.

Por outro lado, a Alma está eternamente em paz e segura de sua própria natureza e de suas capacidades para impor sua paz e permanência. Ela te faz olhar pra dentro em busca de evidências de que a harmonia, a paz e a substância verdadeira das coisas estão sempre presentes e sob controle. Ela sabe que tudo depende de seu próprio querer. A Alma conhece a regra da demonstração infalível de resultados intencionados e confia serenamente em sua autoridade maior pra fazer prevalecer a ordem divina nas coisas e em conformidade com a supremacia que lhe é devida. A Alma te faz sentir sereno, próspero e confiante antes mesmo que as coisas, as circunstâncias e as pessoas mudem!

Diferentemente do ego, incapacitado pela densa cegueira de seu próprio materialismo grosseiro, a Alma, por meio da intuição espiritualizada, te possibilita discernir os “sinais dos tempos”, as energias positivas e favoráveis que estão em ação e operando para a consecução do seu propósito e missão no plano diário das suas experiências de vida.

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

O que é autocompaixão?!


 A autocompaixão é exatamente essa maneira de enxergar com gentileza, preocupação, apoio e de forma amável a si próprio, como você faria com um(a) amigo(a) em alguma dificuldade. 

É permitir-se e aceitar-se como se é, diminuindo, assim, as cobranças e críticas sobre você.


Vivemos em um mundo que exige que sejamos cada vez mais ativos em tudo a nossa volta. O tempo, a correria, a pressa, a sobrecarga, o excesso de coisas para realizar estão caminhando juntos e nos pressionando a fazer e a produzir, mais e sempre. Com isso, aprendemos a nos autocobrar de uma maneira injusta; com isso, almejamos ultrapassar nossos próprios limites. 

Mas será que isso é realmente saudável? 

E a resposta é: nem sempre.

Se isso te causa sofrimento, com certeza você pode ter ultrapassado demais seus limites, e isso te levará à sensação de estar perdido no processo. 

Diante desse cenário, dos excessos e da necessidade de agradar a tudo e todos, como podemos lidar com tudo isso? Vamos começar, então, a falar sobre autocompaixão, uma maneira diferente de olhar para si mesmo. 

Afinal, o que é autocompaixão?

  • Você já se sentiu comovido(a) com o sofrimento de uma pessoa que nem conhece?
  • Você já se sentiu disposto(a) a querer amenizar a dificuldade de algum familiar?
  • Você já se sentiu inclinado(a) a querer fazer mais do que poderia por alguém?

Se você respondeu Sim à maioria das perguntas, você tende a ser uma pessoa que demonstra compaixão. 

A autocompaixão é exatamente essa maneira de enxergar com gentileza, preocupação, apoio e de forma amável a si próprio, como você faria com um(a) amigo(a) em alguma dificuldade. É permitir-se e aceitar-se como se é, diminuindo, assim, as cobranças e críticas sobre você. 

Lidando com as expectativas

Todos nós temos diversas expectativas sobre praticamente tudo na vida. Porém, é exatamente quando se tem muitas expectativas que se corre o risco de obter várias frustrações. 

Podemos ter expectativas sobre os outros, sobre nós mesmos e sobre o futuro. É comum. A questão é que não temos controle sobre os outros e nem mesmo sobre o futuro. Só temos controle sobre nós e, ainda assim, precisamos tomar cuidado com o grau de expectativa que colocamos em nossas vidas. Isso pode gerar muita frustração. 

Faça a si mesmo as seguintes perguntas:

  • “Será que o que espero de mim é aquilo que realmente quero?”;
  • “Será que preciso atender as expectativas que as pessoas têm sobre mim?;
  • “Será que preciso cobrar-me tanto, e o tempo todo?”
  • “Será que vou que me frustrar se não conseguir realizar o que espero?”

Se você respondeu Não à maioria das questões, que bom, você consegue lidar bem com as expectativas. Mas não se culpe ou se sinta mal caso tenha respondido Sim à maioria delas. 

Lembre-se: tenha autocompaixão. 

Preparando-se para a autocompaixão

Primeiro, pense nas áreas de sua vida que você mais se cobra, mais se critica e mais se sente pressionado(a). Agora, escreve essas áreas da sua vida em folha de papel. 

Provavelmente você deve ter escrito áreas como família, amigos, trabalho, igreja, relacionamentos amorosos, dentre tantas outras possíveis. 

Que tal agora escrever as emoções que essas áreas causam na sua vida, sejam elas boas ou ruins. 

Provavelmente você percebeu um mix de emoções, estou certo? 

As emoções, sejam elas boas ou não, fazem parte da nossa vida. O problema é que tendemos a querer que as emoções ruins sumam ou desapareçam de nós como mágica e, infelizmente, não é bem assim que funciona. 

Somente quando aceitamos tudo o que sentimos, podemos então nos aceitar plenamente tal como realmente somos. 

Passos para se alcançar a autocompaixão 


  • Seja gentil com você. Da mesma maneira que você pode ser gentil com um estranho ou conhecido, pratique isso com você. Procure aceitar e compreender seus erros. 

  • Seja seu aliado.  Você já deve enfrentar muitos desafios em sua vida, não seja seu inimigo, seja seu maior aliado. 

  • Aceite aquilo que você senteBoas ou ruins, as emoções fazem parte de quem nós somos. Portanto, procure trabalhar ao lado delas, não contra elas.

  • Calibre sua autocobrança. Procure compreender até que ponto cobrar-se muito é saudável para você. Pode ter certeza, cobrar-se muito nunca é saudável. Então, tente encontrar um equilíbrio quando sentir que está em sofrimento, é exatamente nesse ponto que você deve recuar. 

  • Desenvolva seu amor próprio. Aprenda a amar-se mais, a gostar de você, de quem você realmente é. Coloque-se em primeiro lugar de vez em quando, isso é não ser egoísta, é amar a quem você é. Se sente que precisa mudar em algumas áreas, tudo bem, mas ame-se no processo de transformação. 

  • Estabeleça limites. Compreenda que todos temos limites e precisamos dele para sabermos quem somos e onde queremos chegar. 

  • Não viva para alcançar aprovação alheia. Entenda que sua vida não pode ser medida pelo olhar do outro, pela maneira como o outro quer que você seja. Você tem que ser você por você e não para agradar os outros. 

  • Não absorva tudo. Cuidado para não ser uma esponja emocional que absorve tudo a sua volta e se esquece no processo. Não viva para resolver os problemas dos outros, lembre-se de você. 

  • Escolha suas batalhas. Nem tudo precisa ser uma luta. Você não precisa sair por aí brigando com tudo e com todos. Procure olhar para dentro, você precisa mais de você do que imagina. Escolha as batalhas que vai se envolver. Muitas vezes saber quando se posicionar e saber quando recuar pode ser libertador.

  • Pensamentos Negativos. Cuidado com pensamentos negativos que você desenvolveu sobre si ao longo da vida. Eles podem estar errados. Como um investigador, confronte a verdade deles com a realidade. Lembre-se: pensamento não é fato. 

  • AutorresponsabilidadeSaiba que você é responsável por você e ninguém mais. Não transfira aos outros responsabilidades que são suas. A felicidade, a alegria e as realizações estão em suas mãos, não na dos outros. Então, procure aprender a lidar com suas escolhas e, assim, saberá administrar as consequências. 

  • Autorreflexão e Gratidão. Sabe aqueles momentos em que paramos para pensar na vida? Então, procure pensar no lado bom de sua vida, pense com carinho em tudo que você já fez por você, olhe-se com amor e gratidão. Parabenize-se. 

  • Autoimagem. Cuidado com a maneira que você se enxerga fisicamente. Procure identificar se você está se vendo pelo olhar dos outros ou pelo seu. Se perceber que seu olhar pode estar contaminado com fatores externos como mídia, expectativas alheias e frustrações, olhe novamente, mas com compaixão e aceitação.

  • Ame sua companhia. Ame estar com você mesmo(a). Sabe aqueles momentos que para muitas pessoas bate a solidão por estar sozinho(a), então, se você aprender a gostar de estar com você, pode ter certeza, nunca estará sozinho(a), pois irá sempre apreciar sua própria companhia e fará boas coisas com ela.  Não dependa do outro para se sentir amado(a). 

Por fim, não pense em fazer tudo ao mesmo tempo o tempo todo em sua vida. Tenha leveza e calma. Faça um pouco de cada vez e verá a diferença. Cuidado com a intensidade em tudo que faz.   

Se estiver com dificuldades para desenvolver essa autocompaixão, procure aderir a um processo de psicoterapia com um psicólogo.

Estou com agenda aberta para atendimento online te esperando, com compaixão e pronto a te ouvir e contribuir para seu bem-estar.





segunda-feira, 27 de junho de 2022

Saúde Mental do Homem



Saúde Mental do Homem

A saúde mental do homem costuma ser um tema negligenciado. A maioria dos homens ainda encontra inúmeras barreiras internas quando o assunto é cuidar de si mesmo e falar sobre sentimentos.

Dependendo da forma como eles foram ensinados a encarar a vida, a resposta inicial é fugir de quaisquer ocasiões que sugiram vulnerabilidade emocional e conexão. Dessa forma, a conversa acerca da saúde da mente dos homens cai no esquecimento.

Como a população masculina tem vivências diferentes da feminina, as suas necessidades emocionais são um tanto diferentes. Distinções biológicas também influenciam a forma como os homens e as mulheres experienciam a vida e sintomas de condições psicológicas.

Sendo assim, é preciso multiplicar e disseminar as conversas sobre os cuidados com a saúde mental dos homens para o bem deles... 

Muitos homens ainda não têm o costume de cuidar tanto da saúde física quanto da saúde mental.

Por conta disso, eles tendem a sofrer silenciosamente com sintomas de doenças ou receber diagnósticos tardios de patologias cujo tratamento é mais eficiente nos estágios iniciais.

Essa relutância da população masculina pode ser explicada pela educação passada de geração para geração. Homens são ensinados a não demonstrarem sinais de fraqueza.

Quando crenças como “homens não choram” ou “homens são fortes independente da situação” são vividas à risca, os homens sentem que não podem buscar ajuda para resolver os seus problemas de saúde.

 Afinal, fazer isso é um sinal de fraqueza! Então, muitos somente vão ao médico em momentos de extrema necessidade.

O mesmo acontece com a saúde mental. Muitos homens resistem à ideia de fazer terapia por ou enxergarem o acompanhamento psicológico como “coisa de mulher”, ou não acreditarem “nessas coisas”.

Por conseguinte, tendem a sofrer com sintomas de depressão, ansiedade e outras condições sem saber.

Além disso, homens tendem a reprimir mais emoções e sentimentos que as mulheres. Não é à toa que muitos não sabem administrar como se sentem em diversas ocasiões e acabam reagindo intensamente. A repressão emocional é muito prejudicial para a saúde da mente.

Embora muitas transformações sociais tenham acontecido nos últimos anos, modificando percepções tradicionais sobre o papel do homem na sociedade, ainda encontramos crenças e convicções que atrapalham os cuidados masculinos com a saúde mental e física.



Como cuidar da saúde mental do homem?

É muito importante que os homens desenvolvam o hábito de cuidarem de si mesmos, ou seja, do autocuidado.

Ele se torna a base da pirâmide que comporta os demais elementos de suas vidas – trabalho, estudo, família, relacionamentos, filhos, objetivos de vida, saúde, condição financeira, entre outros.

Se você não está bem, as demais áreas de sua vida também sofrem porque você deixa de ter ânimo e energia para gerenciá-las.

A vontade de se isolar dos demais, de faltar ao trabalho e até de desaparecer por um tempo surge facilmente neste momento de fragilidade emocional.

Embora esses anseios sejam tentadores, eles não resolvem problemas nem conflitos internos. O ideal é procurar um psicólogo para buscar, em conjunto, maneiras de extinguir o cansaço mental e o estresse.

Para prevenir esse cenário desagradável, os homens podem adotar hábitos que promovem a manutenção da sua saúde mental. Entre eles estão:

 

1.    Praticar exercícios físicos

A prática de exercícios físicos é uma obrigatoriedade para homens e mulheres de todas as idades. Além de ajudarem na circulação do sangue e fortalecerem a musculatura, eles liberam hormônios essenciais para o bem-estar emocional.

Mesmo levando uma vida tranquila, pessoas sedentárias tendem a se sentir mal com mais frequência sem saber o porquê exatamente por essa razão.

Os homens devem buscar atividades, esportes e exercícios que lhe deem prazer no momento da execução para cuidar da saúde do corpo e, consequentemente, da mente.

 


2.    Fazer visitas periódicas ao médico

Ir ao médico é um compromisso adiável para grande parte dos homens. Eles evitam ao máximo ir ao consultório de um especialista, especialmente quando é necessário fazer um exame considerado embaraçoso.

 

O Novembro Azul, movimento dedicado à conscientização do câncer de próstata, foi criado justamente para encorajar homens a fazerem o exame todos os anos a partir de determinada idade. Um diagnóstico precoce garante mais sucesso no tratamento.

 

Sendo assim, não perca os seus encontros com os médicos. Mesmo quem não recebeu o diagnóstico de uma patologia deve ir ao médico para solicitar um check-up completo, especialmente após a idade avançada. Essas consultas periódicas são indispensáveis para a prevenção de doenças graves.

Já para quem está em tratamento as consultas são ainda mais importantes. Há diversos casos de homens que se recusam a dar continuidade a um tratamento importante por estarem com o ego ferido.

 


3.    Expressar sentimentos de forma produtiva

A maioria dos homens não é muito fã de dialogar sobre sentimentos. Tudo bem. Você não precisa necessariamente falar para se expressar. É possível extravasar sentimentos desgastantes por meio de atividades produtivas.

Elas podem ser um esporte coletivo ou individual, uma atividade criativa (pintura, música, carpintaria, escrita), uma volta no quarteirão ou um hobby bacana (leitura, montar quebra-cabeças, pescar, colecionar objetos).

O objetivo é transferir as emoções e os sentimentos conflitantes para essas atividades, criando algo do zero ou liberando-as através da movimentação do corpo.

Quando nem o diálogo nem a expressão sadia é feita, a tendência é ficar mal-humorado e criar conflitos desnecessários com pessoas amadas.

 




4.    Falar sobre o que sente

Ainda que existam outras formas de expressar os seus sentimentos, falar sobre o que lhe incomoda é uma das mais eficazes. Escolha alguém de confiança para desabafar quando estiver se sentindo irritado, cansado ou melancólico.

Falar sobre como você se sente não é um sinal de fraqueza nem de vulnerabilidade. Caso você tenha ouvido isso do seu avô, do seu pai ou de outra figura paterna importante em sua vida, compreenda que essa forma de pensar foi passada a eles por gerações anteriores.

Eles simplesmente aprenderam a reprimir emoções por não terem recebido instruções que sugerissem o contrário.

Você pode se distanciar desse modo de pensar se ele estiver lhe causando mal. Se você deseja se expressar de uma forma considerada não convencional para as suas figuras paternas, faça isso mesmo com a possibilidade de repreensões.

Falar sobre sentimentos não é somente uma forma muito natural de autoexpressão como também de tentar solucionar problemas. Um conselho de amigo pode lhe tirar de uma enrascada.

 




5.    Fazer terapia

Segundo o relatório da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, cerca de 69% dos homens brasileiros procuraram a terapia em 2018 enquanto 82% das mulheres fizeram o mesmo. Embora a porcentagem dos homens pareça expressiva, a diferença de preocupação com a saúde mental entre os gêneros ainda é alta.

Os homens normalmente se recusam a fazer psicoterapia ou não são totalmente honestos durante o processo por nutrirem crenças de que homens são naturalmente fortes e resistentes. Logo, não precisam “disso”.

A terapia é uma necessidade de todas as pessoas independente do gênero, da origem e da idade. Em qualquer momento da vida, você pode agendar uma consulta com um psicólogo e contar a ele as suas preocupações.

Além de ajudar a resolver questões emocionais e problemas do dia a dia, a terapia promove o autoconhecimento, a autoconfiança e a autoestima alta.

Esses fatores contribuem para uma vivência proveitosa e para a redução de conflitos interpessoais. Em outras palavras, os efeitos da terapia são sentidos a longo prazo.

Sendo assim, ela é uma ferramenta que deve ser utilizada pelos homens para o encontro efetivo com o bem-estar.

 


6.    Aprender a administrar o estresse

O estresse faz parte da rotina de praticamente todas as pessoas. Não importa onde vivem e que tipo de trabalho fazem, em algum momento elas se sentem sobrecarregadas e estressadas.

Os homens costumam sofrer com o estresse no ambiente profissional e com preocupações relacionadas a vida financeira.

Como em muitos lares o homem ainda é o único provedor, a responsabilidade de suprir as necessidades da família é dele.

O dinheiro precisa entrar para que os familiares possam comprar comida, vestimentas e itens de higiene pessoal, além de terem acesso a oportunidades.

Já no trabalho, o excesso de responsabilidade e os expedientes longos são as maiores causas desse mal-estar.

Para evitar a sobrecarga e um posterior colapso mental, os homens precisam aprender a administrar o estresse. Eles podem fazer isso ao adotar “remédios caseiros”, como meditação, caminhada e técnicas de relaxamento.

Além disso, a terapia pode fornecer o conhecimento que lhes falta sobre gerenciamento de emoções.




quarta-feira, 27 de abril de 2022

Tudo sobre fobias

 

Quais são os tipos, quem sofre e como tratá-las?

Levar um susto ao ver uma aranha ou uma cobra, sentir frio na barriga ao olhar pela janela do vigésimo andar de um prédio ou ficar desconfortável falando diante de uma plateia são reações comuns quando nos deparamos com situações inesperadas ou pouco habituais.

Porém, quando o medo e a ansiedade tornam-se excessivos e persistentes, pode ser um sinal de desenvolvimento de fobias — um tipo de transtorno de ansiedade que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está no topo da lista de países com o maior percentual de pessoas com transtornos de ansiedade: 9,3% dos brasileiros sofrem desse problema de saúde mental, incluindo as fobias gerais.

Quando não tratada, a fobia pode gerar sofrimento e afetar diretamente a rotina e as relações sociais do indivíduo, trazendo limitações no trabalho, na escola ou nas atividades do dia a dia. Isso acontece porque quem sofre desse transtorno costuma evitar situações em que se expõe à causa do medo.

Por ser um assunto complexo e que gera muitas dúvidas, escrevemos abaixo um guia completo para que você saiba como identificar as fobias mais comuns, conheça os principais sintomas e entenda quais são os tratamentos mais eficazes e adequados.

O que é fobia?

A fobia é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo irracional de uma situação, atividade, lugar, objeto ou animal, mesmo que isso não represente qualquer perigo. Ou seja, a ansiedade que uma pessoa fóbica sente é desproporcional à circunstância em si.

Existem tanto fobias específicas, como medo de animais, de altura, de ferimentos ou de sangue, quanto complexas, como medo de interações sociais. Geralmente, os transtornos simples se manifestam quando uma pessoa tem um senso de perigo exagerado ou irrealista sobre algo e evita os gatilhos específicos.

O desenvolvimento de fobias pode estar ligado à interação entre fatores genéticos e ambientais, a condicionamentos, a eventos negativos relacionados a uma situação ou objeto, a mudanças no funcionamento do cérebro ou a experiências traumáticas vividas na infância. Por isso, crianças e jovens são suscetíveis a apresentar esse tipo de transtorno.

Segundo uma pesquisa realizada por Fernando Asbahr, professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), aproximadamente 10% das crianças e adolescentes preencherão critérios diagnósticos para algum tipo de transtorno de ansiedade. Nessa população, a prevalência de fobias específicas é em torno de 2,4 a 3,3%, e de fobia social, de 1%.

Qual é a diferença entre medo e fobia?

O medo é considerado uma emoção básica, ou primária, de adaptação do homem frente a situações de ameaça ou perigo enfrentadas ao longo de sua história evolutiva. Esse estado emocional é universal, ou seja, é compartilhado entre indivíduos de todas as culturas.

Essa resposta imediata a eventos ambientais ou pensamentos internos desencadeia mudanças de raciocínio e comportamento. Isso acontece porque a emoção é formada por três componentes: resposta fisiológica, como taquicardia e sudorese; resposta comportamental, como olhos arregalados; e sensação, em que a pessoa interpreta essas respostas corporais como “estou com medo”.

Já a ansiedade é uma mistura de emoções, em que o medo é predominante. Esse sentimento ajuda as pessoas a anteciparem eventos futuros e a buscarem novas formas de enfrentar os desafios, sendo também parte normal e benéfica na vida diária. Os níveis de medo e ansiedade variam de pessoa para pessoa, podendo aumentar ou diminuir de acordo com a circunstância.

Em situações de ameaça ou perigo, o medo e a ansiedade se relacionam, gerando um estado de apreensão e tensão e comportamentos de proteção, defesa, fuga e esquiva. Porém, quando a ansiedade ou o medo é angustiante, persistente ou incontrolável na ausência de perigo real, é um indício de que a pessoa está sofrendo de fobia.

Portanto, a grande diferença entre o medo e a fobia é a intensidade dos sentimentos e das emoções e as consequências negativas que esse distúrbio traz para a vida da pessoa.

Quais são as fobias mais comuns no Brasil?

O estresse e as pressões da vida moderna têm levado cada vez mais pessoas a desenvolver transtornos mentais, que muitas vezes passam despercebidos ou são ignorados, podendo evoluir para problemas de saúde mais sérios. Muitas fobias são vistas como “medos bobos” e acabam não recebendo a atenção merecida, o que faz com que a pessoa sofra calada ou isole-se do convívio familiar e social.

Conforme informações do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), indivíduos com fobia específica têm até 60% mais probabilidade de cometer suicídio do que pessoas sem o diagnóstico. Porém, essas taxas elevadas podem estar ligadas principalmente à comorbidade com transtornos de personalidade ou outros transtornos ansiosos.

Milhares de fobias já foram descritas, classificadas e documentadas, mas algumas delas são mais comuns, como as listadas abaixo.

Acrofobia

A acrofobia é caracterizada pelo medo irracional de altura e pode ser causada por diversos fatores, como instinto de sobrevivência exacerbado e experiências traumáticas. Uma pessoa que caiu de um lugar alto ou presenciou um acidente envolvendo queda livre, por exemplo, tem grandes chances de desenvolver esse tipo de fobia.

Os indivíduos que sofrem desse transtorno costumam apresentar sintomas físicos e emocionais intensos quando estão em locais altos, como vertigem, tremor e pânico. Nos quadros mais graves, o acrofóbico não consegue subir escadas, morar em prédios, entrar em elevadores ou dirigir sobre pontes.

Aerofobia

Diferentemente do que muitos pensam, uma pessoa que sofre de acrofobia nem sempre terá medo de andar de avião. Por isso, há um nome específico para o medo irracional de voar, que é aerofobia. Geralmente, a pessoa que desenvolve esse transtorno de ansiedade se restringe ao uso de transportes terrestres ou marítimos.

A aerofobia pode limitar a vida do indivíduo tanto em questões de lazer quanto profissionais, pois muitos acrofóbicos deixam de viajar para outros países nas férias, de participar de congressos internacionais ou de ir a reuniões em filiais estrangeiras da empresa devido à ansiedade incontrolável que esta situação causa.

Agorafobia

A palavra agorafobia é usada para designar o medo irracional de lugares abertos, fechados ou de multidões devido a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que não terá ninguém por perto para receber auxílio caso apresente sintomas incapacitantes, como pânico ou crises agudas de ansiedade.

Normalmente, quem sofre desse transtorno fica muito dependente de outras pessoas, pois precisa ter uma companhia sempre por perto para ter a sensação de segurança. A falta de independência e de confiança em si mesmo pode trazer muito sofrimento emocional para o indivíduo com agorafobia.

O simples fato de sair de casa para ir ao supermercado ou à farmácia, por exemplo, pode se transformar em uma experiência terrível e ameaçadora. Apesar de saberem que seus medos são irracionais, os agorafóbicos não conseguem deixar de pensar que estão em constante perigo.

Aracnofobia

Uma das fobias mais comuns está relacionada à aranha, um aracnídeo de oito pernas que pode ou não ser venenoso para o ser humano. Apesar da aparência assustadora, muitas espécies são inofensivas e quase invisíveis a olho nu. Porém, isso não impede que várias pessoas sintam medo excessivo desse animal.

O condicionamento na infância é uma das principais causas da aracnofobia. Muitas crianças são ensinadas por seus pais ou responsáveis a temer ou a evitar o contato com aranhas por causa da possibilidade de serem picadas. Quando chegam à idade adulta, não conseguem controlar o medo e a ansiedade diante desse bicho, mesmo que não represente um perigo real.

Claustrofobia

Permanecer por muito tempo em um lugar fechado e pequeno é o maior temor dos claustrofóbicos. Esse transtorno muitas vezes é confundido com a agorafobia, mas apresenta características distintas de diagnóstico. Quem sofre desse transtorno sente medo do confinamento em ambientes fechados.

Entrar em elevadores, trens do metrô e aparelhos de ressonância magnética, por exemplo, pode paralisar ou causar pânico em indivíduos que desenvolvem essa fobia, dificultando suas relações sociais e atividades do cotidiano. Estima-se que a claustrofobia atinja cerca de 4% da população.

Coulrofobia

O medo irracional de palhaços é denominado coulrofobia e, na maioria dos casos, é desenvolvido devido a experiências traumáticas na infância. Embora sejam coloridas e alegres, essas criaturas mascaradas típicas do circo transformaram-se no pesadelo de muitas pessoas.

As expressões faciais desconhecidas e os gestos exagerados dos palhaços são alguns dos atributos que causam pânico em quem sofre desse transtorno de ansiedade. Além disso, muitos filmes e seriados de terror têm o palhaço como protagonista, o que pode ter contribuído para o aumento dessa fobia entre adolescentes e adultos.

Fobia social

O transtorno de ansiedade social, ou fobia social, é caracterizado por uma ansiedade ou medo irracional de situações sociais corriqueiras. A pessoa teme ser rejeitada, humilhada ou avaliada negativamente pelos demais, por isso esquiva-se de falar em público, de conhecer novas pessoas, de ir a festas, de comer na frente dos outros, de conversar com figuras de autoridade ou até mesmo de sair de casa.

Com frequência, esse tipo de transtorno se desenvolve na infância ou início da adolescência, podendo permanecer até a vida adulta se não for tratado. A fobia social causa diversos prejuízos na vida de um indivíduo, pois afeta suas relações sociais, profissionais e amorosas, podendo evoluir para outros problemas de saúde mental, como depressão e abuso de drogas.

Glossofobia

Apesar de ser um grande desafio, muitas pessoas conseguem vencer a ansiedade de apresentar trabalhos ou fazer apresentações na frente de uma plateia. Mas, quando essa situação é paralisante e causa um medo persistente, é um alerta para o diagnóstico de transtorno mental.

Glossofobia é o termo usado para designar o medo irracional de falar em público. Um estudo publicado no International Journal of Research indica que aproximadamente 75% das pessoas sofrem dessa fobia. Esse transtorno traz diversas complicações para a vida social do indivíduo, já que essas situações ocorrem com frequência na escola e no ambiente de trabalho.

Hematofobia

Hematofobia, ou hemofobia, é o nome dado à patologia psicológica apresentada por pessoas que têm medo exagerado e irracional de ver sangue. O sintomas mais comuns são desmaio, enjoo, tontura, calafrio e falta de ar. Porém, esses sintomas podem variar de pessoa a pessoa dependendo do grau do transtorno.

Alguns hematofóbicos também podem desenvolver medo de objetos cortantes e perfurantes, como facas e agulhas, que podem estar associados ao sangramento. Por isso, muitas vezes deixam de fazer exames médicos que necessitam da retirada de sangue e uso desses instrumentos médicos. Como qualquer distúrbio exagerado, a pessoa precisa ser tratada para que não afete sua qualidade de vida.

Ofidiofobia

O medo irracional de cobras ou serpentes é chamado de ofidiofobia. Assim como a aracnofobia, esse é um dos transtornos de ansiedade mais comuns envolvendo animais. As pessoas que desenvolvem essa patologia começam a passar mal e a apresentar sintomas de pânico ao se depararem com esse tipo de réptil.

Em casos mais graves, somente a menção ou a visualização de uma imagem de cobra pode levar a pessoa a uma intensa reação de pavor, calafrios e, em alguns casos, problemas cardíacos.

Um dos motivos que tornam essa fobia uma das mais prevalentes na população geral é o fato de que algumas espécies de cobras são peçonhentas, ou seja, injetam seus venenos nas vítimas, sendo, muitas vezes, mortais. Mesmo sem nunca ter tido contato direto com esses animais, as pessoas podem desenvolver esse tipo de transtorno de ansiedade.

Para alguns neurocientistas, o medo de cobras é uma herança ancestral, pois esses animais representavam uma grande ameaça à sobrevivência, principalmente para os povos primitivos. Ao longo da evolução, as pessoas começaram a detectar os répteis que conseguiam se camuflar facilmente entre o mato e as árvores, reconhecendo o perigo.

Tripofobia

Apesar de parecer inusitado, a aversão a padrões irregulares ou a agrupamentos de pequenos buracos ou saliências atinge cerca de 15% da população. Segundo uma pesquisa realizada na Universidade Emory, nos Estados Unidos, a tripofobia está mais relacionada à emoção de nojo do que de medo.

Os dados da pesquisa mostram que a reação das pessoas frente a um conjunto de furos ou buracos está relacionada a um mecanismo visual primitivo presente em todos os seres humanos. Ao contrário da resposta de luta ou fuga própria do medo, os voluntários do estudo tiveram uma resposta que retardou a ação, emitindo um alerta de cautela.

Existem também fobias específicas incomuns, como a amaxofobia — medo de estar em um veículo em movimento —, a araquibutirofobia — medo de que comidas pastosas grudem no céu da boca —, a barofobia — medo da gravidade —, a geliofobia — medo de risadas —, e a gnomofobia — medo de gnomos de jardim.

Quais são os principais sintomas?

Pessoas que apresentam fobias geralmente conhecem as causas dos seus medos e evitam ao máximo entrar em contato com o que temem, não apresentando sintomas expressivos no dia a dia. Porém, em alguns casos, o simples fato de pensar na origem da fobia já desencadeia uma série de manifestações adversas.

Apesar de variarem de acordo com o tipo e o grau do transtorno, alguns sintomas são comuns a maioria das fobias e aparecem de forma repentina, principalmente quando ocorre um ataque de pânico. Entre os sintomas físicos, podemos destacar:

  • tontura e vertigem;
  • náusea;
  • tremores;
  • calafrios;
  • formigamento pelo corpo;
  • sudorese intensa;
  • dor de cabeça;
  • tensão muscular;
  • diarreia;
  • aumento da frequência cardíaca e palpitações;
  • boca seca;
  • dificuldade para respirar.

Há também sintomas psicológicos, como preocupação excessiva, fixação nos problemas, irritabilidade, dificuldade para dormir, desorientação, confusão mental e medo de perder o controle, de enlouquecer ou de morrer.

Em alguns casos, dois ou mais problemas de saúde mental acometem o mesmo indivíduo, como transtorno de ansiedade e depressão, podendo levar ao aparecimento de outros sintomas. Por isso, é importante procurar orientação de profissionais para receber um diagnóstico completo e preciso.

Como tratar as fobias?

As fobias são transtornos mentais incapacitantes que devem ser tratados por especialistas a fim de trazer mais qualidade de vida ao indivíduo e evitar o desenvolvimento de outros problemas de saúde, como depressão, isolamento social e pensamentos de morte.

Como visto, o medo irracional e incontrolável pode gerar sofrimento e trazer limitações relevantes no dia a dia das pessoas, por isso o diagnóstico e o tratamento precoces das fobias é fundamental para a manutenção da saúde do indivíduo, evitando constrangimentos e limitações.

O tratamento de uma fobia deve ser iniciado após um diagnóstico minucioso, que abranja aspectos físicos, cognitivos e psicossociais. Essa avaliação clínica detalhada serve como ponto de partida para a escolha das técnicas mais eficazes para atender às necessidades específicas de cada paciente.

Os principais tratamentos para esse tipo de transtorno são os medicamentosos e os psicoterapêuticos, que podem ser indicados pelos médicos de maneira isolada ou conjunta, dependendo das causas do problema e do grau de incapacitação da pessoa atendida.

Tratamento não medicamentoso

Algumas abordagens psicoterapêuticas têm sido eficazes no tratamento de fobias, principalmente a terapia de exposição e a terapia cognitivo-comportamental. Essas modalidades baseiam-se na aplicação de técnicas psicológicas para entender as causas do transtorno e fazer com que a pessoa confronte as situações causadoras da ansiedade ou do medo.

As sessões de psicoterapia devem ser regulares para chegar aos objetivos traçados. Nesse processo, o papel do profissional é fazer com que a pessoa compreenda que é possível enfrentar seus medos e temores mais profundos de forma a superar sua fobia e aumentar sua autoestima.

A escolha da psicoterapia mais adequada depende de vários fatores, como evolução do transtorno, sintomas apresentados, histórico clínico e colaboração do paciente atendido. Esse tipo de tratamento visa desde a solução de problemas até a modificação de comportamentos, para que o indivíduo conheça a si mesmo e o mundo a seu redor.

Tratamento medicamentoso

O uso de medicamentos normalmente é indicado na fase inicial do tratamento psiquiátrico nos casos mais graves ou avançados de fobia, nos quais há sintomas associados ou mais expressivos.

Os antidepressivos e os tranquilizantes têm mostrado resultados positivos na diminuição da ansiedade e da agitação típicos dos quadros de fobia, mas devem ser usados de maneira controlada e por um curto período para que não causem reações adversas ou problemas secundários.

A prescrição de fármacos deve ser feita por um médico especialista, mediante uma avaliação clínica completa e detalhada, que deve incluir exames laboratoriais, histórico familiar e de dependência de álcool ou drogas e testes físicos e psicológicos.

Tratamento de fobias com hipnose funciona?

A terapia com hipnose, ou hipnoterapia, é uma modalidade terapêutica alternativa que utiliza técnicas hipnóticas para descobrir as causas dos problemas apresentados pelo indivíduo e ajudá-lo a resgatar memórias e a enfrentar seus medos e traumas por meio do transe.

A hipnoterapia tem sido empregada no mundo todo como ferramenta auxiliar no diagnóstico e no tratamento de problemas de saúde física e mental. No Brasil, essa abordagem é reconhecida pelos Conselhos Federais de Medicina (CFM), de Psicologia (CFP), de Odontologia (CFO) e de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).

Assim, como nos demais tratamentos, a pessoa deve passar por uma avaliação prévia de um hipnoterapeuta certificado. É importante ressaltar que a hipnose é uma alternativa terapêutica e coadjuvante aos tratamentos convencionais realizados por profissionais especialistas da área da saúde.

O ideal é contar com uma equipe multidisciplinar capacitada para dar assistência aos pacientes e seus familiares em todas as etapas de diagnóstico e tratamento. O atendimento deve ser realizado por psiquiatras, clínicos gerais, psicólogos e terapeutas, com foco na recuperação e na manutenção da saúde integral do paciente.

Em todo esse processo, o incentivo e o apoio de amigos e familiares é essencial, já que muitas pessoas diagnosticadas com fobias acreditam que seus medos são passageiros ou não precisam ser tratados. Entre as principais recomendações para ajudar uma pessoa a lidar com o problema, estão não reforçar as causas da fobia, comemorar os progressos e dar suporte nos momentos de crise.

A busca por informações e orientação profissional nos casos de transtorno de ansiedade é de extrema importância para garantir bem-estar, autonomia e independência a quem sofre desse transtorno. Para que mais pessoas entendam sobre as fobias e procurem ajuda especializada, compartilhe este artigo nas suas redes sociais.


fonte:www.hospitalsantamonica.com.br  

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