"Se o fim fosse o começo, o que aconteceria se eu estivesse no
meio?"
por Abilio Machado
Frase usada no texto
teatral “Morte e Suco de Laranja”, vencedor de melhor texto
original e melhor atriz no 1º FETEPI e Melhor poesia no Campoesia…
Um texto iniciado na UTI cardíaca do Hospital da Cruz Vermelha e
concluído nas idas e vindas de ônibus, sim, paciente
revascularizado que fazia sua reabilitação de ônibus. Bom sem
melodrama vamos ao ensaio sobre a frase… posso afirmar que é
provocativa e que nos leva a uma reflexão psicológica profunda
sobre a natureza cíclica da vida, a ressignificação das
experiências e a busca por um entendimento mais amplo do tempo e da
existência. Essa expressão nos convida a explorar os conceitos de
fim, começo e a incógnita do que se encontra entre esses dois
extremos.
Do ponto de vista
psicológico, essa frase sugere que as experiências de fim e começo
estão intrinsecamente conectadas, e que o meio é um território
fértil para crescimento, aprendizado e transformação. Ela nos
lembra que, muitas vezes, o encerramento de uma fase ou a conquista
de um objetivo marca o início de algo novo e, ao mesmo tempo, é um
momento em que podemos refletir sobre as lições aprendidas e
integrá-las em nossa jornada.
Psicologicamente,
essa frase nos convida a explorar o tempo e o significado atribuído
a eventos e transições em nossas vidas. Ela nos desafia a
questionar se os conceitos de fim e começo são absolutos ou se são,
na verdade, pontos de referência que usamos para dar sentido à
nossa experiência. Isso nos leva a refletir sobre a natureza fluida
do tempo e a compreender que as etapas da vida estão em constante
evolução.
Ao considerar "Se
o fim fosse o começo, o que aconteceria se eu estivesse no meio?",
somos levados a refletir sobre a importância de valorizar e explorar
o presente, pois é nesse espaço intermediário que a vida acontece.
O meio representa a jornada em si, os desafios, as experiências e as
oportunidades de crescimento pessoal. É onde podemos nos encontrar,
descobrir nossos recursos internos e explorar o potencial de
autotransformação.
Esse questionamento
psicológico também nos leva a refletir sobre a ressignificação
das experiências. Ao considerar que o fim e o começo são
interligados, somos convidados a explorar como podemos reinterpretar
eventos passados, encontrar novos significados e reconstruir
narrativas pessoais que sejam mais saudáveis e construtivas. Essa
capacidade de ressignificar é fundamental para nossa saúde mental e
bem-estar emocional.
Além disso, "Se
o fim fosse o começo, o que aconteceria se eu estivesse no meio?",
nos desafia a abraçar a ambiguidade e a incerteza que permeiam a
vida. Muitas vezes, procuramos por respostas e clareza, mas a verdade
é que o meio pode ser um espaço de possibilidades infinitas.
Aceitar a incerteza e aprender a lidar com a ambiguidade é uma
habilidade psicológica importante que nos permite adaptar-nos às
mudanças e abraçar o desconhecido com coragem.
A frase
"Se o fim fosse o começo, o que aconteceria se eu estivesse no
meio?" nos convida a uma análise psicológica profunda sobre a
natureza da vida, a ressignificação das experiências e a
importância de valorizar o presente. Explorar o meio é uma jornada
de autodescoberta, crescimento e aceitação da incerteza. É um
convite para repensar nossa compreensão do tempo, dos ciclos da vida
e do significado que atribuímos às nossas experiências.
Diante desse
questionamento, um exercício psicológico que pode ser útil é o
exercício da reflexão sobre transições. Reserve um momento
tranquilo para pensar em um momento de fim e começo em sua vida.
Pode ser uma mudança de emprego, o término de um relacionamento, a
conclusão de um projeto importante ou qualquer transição
significativa que você tenha vivido. Reflita sobre como você
experimentou essa transição e o que aprendeu com ela. Em seguida,
tente identificar o que estava presente nesse espaço intermediário,
entre o fim e o começo. Quais foram as emoções, desafios e
oportunidades que surgiram nesse período? Como você cresceu e se
transformou?
Outro exercício
valioso é o exercício da ressignificação. Escolha um evento
passado que você considere como um fim ou uma perda significativa.
Reflita sobre como essa experiência moldou sua vida e como você a
percebe atualmente. Tente encontrar novos significados e narrativas
positivas que possam ser atribuídas a esse evento. Considere as
lições que você aprendeu, o crescimento pessoal que ocorreu e como
essa experiência contribuiu para o seu desenvolvimento como
indivíduo.
Por fim, o exercício
da aceitação da ambiguidade pode ser útil para lidar com a
incerteza do meio. Reserve um tempo para meditar ou praticar a
atenção plena, permitindo-se estar presente no momento presente,
sem tentar controlar ou antecipar o que está por vir. Pratique a
aceitação de que nem tudo precisa ser completamente definido ou
resolvido, e que o espaço intermediário entre o fim e o começo é
um terreno fértil para o crescimento, a descoberta e a criação de
novas possibilidades.
Em resumo, "Se
o fim fosse o começo, o que aconteceria se eu estivesse no meio?"
é uma frase que nos convida a explorar profundamente a natureza
cíclica da vida e a encontrar significado no espaço intermediário.
Através de exercícios de reflexão, ressignificação e aceitação
da ambiguidade, podemos expandir nossa compreensão de nós mesmos e
do mundo ao nosso redor. Ao abraçar a jornada, o meio se revela como
um período de crescimento, transformação e infinitas
possibilidades.