quinta-feira, 20 de junho de 2024

Mensagem aos Profissionais de Saude

 



Tenho visto um certo padrão nos meses de junho, em anos alternados, num o enfermeiro da noite deixou todos com suas sondas expostas para poder dormir e herdei uma infecção urinária que vai e volta, intermitente, noutro o técnico de enfermagem me dá medicação em dose errada, noutro o acesso da artéria escapa durante a noite e há imensa perda de sangue, e ontem por um descuido quase que o bom dia de hoje não seria um aviso de falecimento, eu estou preparado, porém penso naqueles que ficam e que de alguma maneira sentiriam minha falta, bem como meus sonhos e projetos. Por isso preciso dizer está mensagem: _

*Profissionais de Saúde e Segurança*

Queridíssimos...

Gostaria de dirigir algumas palavras a todos vocês que, diariamente, dedicam-se a cuidar das vidas e a garantir a segurança de tantas pessoas. A responsabilidade que carregam é imensa, e a importância de cada ação tomada por vocês não pode ser subestimada.

*A Importância da Acuidade*

Em suas profissões, a acuidade – a capacidade de ser preciso, cuidadoso e atento aos detalhes – é crucial. Cada decisão, cada movimento, pode ter consequências significativas. Uma pequena desatenção, um momento de descuido, pode levar a danos irreparáveis, afetando vidas de maneira profunda e duradoura.

*A Vigilância Contínua*

Sabemos que a rotina pode ser exaustiva, e que as demandas são constantes e muitas vezes urgentes. Contudo, a vigilância contínua é essencial. A segurança e o bem-estar das pessoas dependem diretamente da atenção e do cuidado que vocês dedicam a cada tarefa, a cada paciente, a cada situação de risco.

*O Valor do Trabalho Bem-Feito*

A excelência no trabalho de vocês é mais do que uma meta, é uma necessidade vital. Quando vocês exercem suas funções com dedicação e precisão, vocês estão não apenas cumprindo um dever profissional, mas também salvando vidas e promovendo um ambiente mais seguro e saudável para todos.

*Gratidão e Reconhecimento*

A sociedade deve reconhecer e valorizar o empenho e a competência de todos os profissionais de saúde e segurança. Vocês são os guardiões da vida, aqueles que, muitas vezes, colocam a própria segurança em risco para proteger a dos outros. Seu trabalho é nobre e digno do mais profundo respeito e admiração.

*Um Compromisso Contínuo*

Convido a todos a renovarem seu compromisso com a acuidade e a excelência. Continuem sendo rigorosos, atentos e dedicados. Esqueçam, não se apaguem a algum descuido ou falha acontecida e se reforcem à boa conduta, seja ação ou de caráter. Lembre-se que cada ação cuidadosa, cada decisão bem-pensada, faz uma diferença enorme.

Vocês têm nas mãos a responsabilidade de cuidar de vidas. Que essa missão inspire sempre o melhor de cada um, garantindo que todos possam contar com a segurança e o cuidado que merecem.

Parece dramático, não?! Mas é real. Com profundo respeito e admiração, porém com medo em algumas vezes:

🎅Abilio Machado🎅
Paz profunda ✌ 🙏 🙌 🎅

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sábado, 15 de junho de 2024

Sincronismo das emoções com os órgãos do corpo, dores e doencas.

 


**Sincronismo das Emoções com os Órgãos do Corpo, Dores e Doenças**


Você sabia que nossas emoções podem afetar diretamente nossos órgãos e causar dores e doenças? O corpo humano é um sistema complexo onde cada emoção está conectada a um órgão específico. Quando reprimimos ou não lidamos adequadamente com nossos sentimentos, podemos acabar somatizando essas emoções, o que pode resultar em dores físicas e doenças.


Por exemplo:

- **Fígado**: Associado à raiva e frustração. Quando não expressamos ou liberamos essas emoções, podemos sentir dores de cabeça, tensão muscular e problemas digestivos.

- **Coração**: Ligado às emoções de amor e ódio. Sentimentos intensos podem causar palpitações, pressão alta e outras condições cardíacas.

- **Estômago**: Relacionado à ansiedade e preocupação. Excesso de preocupações pode levar a problemas digestivos como gastrite e úlceras.

- **Pulmões**: Conectados à tristeza e depressão. Essas emoções podem afetar a respiração e o sistema imunológico, tornando-nos mais suscetíveis a resfriados e outras doenças respiratórias.

- **Rins**: Associados ao medo. Sentir medo constantemente pode causar problemas urinários e de pressão arterial.


Reconhecer e entender essa ligação pode ser o primeiro passo para uma vida mais saudável e equilibrada. Pratique técnicas de gerenciamento de estresse, como meditação e exercícios físicos, para manter suas emoções em equilíbrio e, assim, proteger sua saúde física.


Lembre-se, cuidar da mente é cuidar do corpo!


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A ARTE DA PACIÊNCIA

 



**A Arte da Paciência**


A paciência é uma virtude que muitos consideram difícil de praticar, mas ela é essencial para uma vida equilibrada e feliz. Em um mundo onde tudo acontece em um ritmo acelerado, aprender a ser paciente pode ser um verdadeiro desafio, mas também uma grande conquista.


Paciência não é apenas a capacidade de esperar, mas a habilidade de manter a calma e a tranquilidade durante os momentos de espera. É saber que cada coisa tem seu tempo certo para acontecer e que, às vezes, precisamos dar um passo atrás para ver o quadro completo.


Praticar a paciência pode trazer inúmeros benefícios, como:


- **Redução do estresse**: A paciência nos ajuda a lidar melhor com situações difíceis, evitando o estresse e a ansiedade.

- **Melhores decisões**: Com paciência, temos mais tempo para refletir e tomar decisões mais acertadas.

- **Relacionamentos mais saudáveis**: Ser paciente com os outros fortalece nossas relações e promove um ambiente de respeito e compreensão.


Cultivar a paciência requer prática e dedicação. Algumas dicas para desenvolver essa habilidade incluem:


- **Meditação e mindfulness**: Essas práticas nos ajudam a estar presentes no momento e a controlar nossa impaciência.

- **Respiração profunda**: Respirar profundamente nos momentos de frustração pode ajudar a acalmar a mente.

- **Definir expectativas realistas**: Entender que nem tudo acontece na velocidade que desejamos pode nos ajudar a ser mais pacientes.


A arte da paciência é um caminho para a paz interior e a satisfação na vida. Aprenda a abraçar a espera e a confiar no processo.


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sábado, 8 de junho de 2024

O JOÃO ABANDONADO

 

*O JOÃO ABANDONADO*

Era uma vez um homem chamado João, que passou sua vida toda trabalhando arduamente para sustentar sua família. Ele era um pai carinhoso, um marido dedicado e um amigo leal. Quando jovem, João era a força motriz de sua casa, sempre pronto a ajudar e a apoiar aqueles que amava.

Os anos passaram e a vida seguiu seu curso. Os filhos de João cresceram, formaram suas próprias famílias e seguiram suas carreiras. A esposa de João, Maria, adoeceu e partiu, deixando um vazio enorme em seu coração. Sozinho, João começou a sentir o peso dos anos. Sua saúde, outrora robusta, começou a fraquejar. A energia de outrora foi substituída pela fragilidade e pela dependência.

João esperava com ansiedade as visitas dos filhos, mas elas se tornaram cada vez mais raras. O tempo, que outrora parecia um amigo, agora se mostrava um inimigo implacável. Os filhos, sempre ocupados com suas próprias vidas, se esqueceram do pai que tanto os amou e cuidou. João passou a maior parte de seus dias sentado na velha cadeira de balanço, olhando pela janela e esperando por uma visita que quase nunca acontecia.

Em um dia particularmente solitário, João refletia sobre sua vida. Lembrou-se dos momentos felizes, das risadas e dos abraços calorosos. Perguntava-se onde foi que tudo se perdeu. Sentiu uma profunda tristeza ao perceber que o abandono não era apenas físico, mas também emocional. Ele se sentia invisível, como se sua existência não tivesse mais importância para aqueles que ele tanto amava.

A solidão de João tornou-se um companheiro constante. Ele passou a escrever cartas para si mesmo, tentando preencher o vazio deixado pela ausência dos filhos. Em suas cartas, ele expressava seus sentimentos, suas memórias e suas esperanças de um dia ser lembrado novamente.

Certo dia, ao revirar suas coisas, um dos filhos encontrou uma dessas cartas. Ao ler as palavras tristes e sinceras de seu pai, sentiu uma pontada de culpa e arrependimento. Percebeu o quanto havia negligenciado aquele que tanto fez por ele. Em um impulso, reuniu seus irmãos e juntos decidiram que era hora de mudar.

Os filhos começaram a visitar João regularmente, trazendo consigo não apenas companhia, mas também amor e atenção. A casa de João, antes silenciosa e triste, voltou a ter risos e conversas animadas. João, apesar das dificuldades, voltou a sorrir, sentindo-se novamente amado e valorizado.

A história de João é um lembrete doloroso, mas necessário, de que o abandono de um idoso não é apenas uma questão física, mas também emocional. Que possamos sempre valorizar aqueles que nos deram tanto e nunca esquecer que o amor e a atenção são os melhores presentes que podemos oferecer.

Por @psicoterapeutaabiliomachado "O João Abandonado"

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quinta-feira, 11 de abril de 2024

05 FATOS PARA SE SABER SOBRE DP- DOENÇA DE PARKINSON

 



Dia 11 de abril é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson e informar-se sobre essa e outras doenças pode ser fundamental para assegurar uma qualidade de vida. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o problema.

1. O que é a doença de Parkinson e como se manifesta?

A doença de Parkinson é uma doença neurológica, crônica e progressiva, sem causa conhecida, que atinge o sistema nervoso central e compromete os movimentos. Quanto maior a faixa etária, maior a incidência. Do ponto de vista não motor, é comum que o paciente relate, cerca de 20 anos antes, sintomas como constipação intestinal e a perda de olfato.

Os principais sintomas motores da doença de Parkinson e que direcionam para fazer o diagnóstico são: tremor de repouso, que aparece quando a pessoa está sentada e com a mão descansada - e tende, no início, a desaparecer quando a pessoa usa aquela mão para fazer alguma coisa - ; a bradicinesia, que faz com que a pessoa tenha dificuldade em realizar movimentos voluntários e promove a lentificação de reflexos e movimentos do corpo; rigidez muscular; e curvatura da postura para frente, o que chamamos de antero-flexão do tronco.

2. Qual a faixa etária que a doença de Parkinson acomete? Os números estão crescendo?

Sem dúvida, é uma doença cuja prevalência aumenta conforme nós envelhecemos, particularmente a partir dos 60 anos de idade. Se pensarmos que atualmente a população vem, gradativamente, invertendo a pirâmide etária, é natural que haja maior chance dos casos crescerem. O que aumenta a necessidade de conhecimento sobre a doença e pesquisas para que tenhamos tratamentos cada vez mais eficazes para o controle.

3. A doença de Parkinson é hereditária?

A doença de Parkinson pode ser hereditária, porém isso acontece em uma minoria dos casos e que normalmente começam em uma idade precoce, entre 30 e 40 anos. Classicamente, os sinais aparecem por volta dos 60-65 anos de idade. Quando há o fator genético, é possível mapear alguns genes já conhecidos, o que pode, no futuro, facilitar o estudo e, potencialmente, melhorar a abordagem desses casos.

4. Tem como prevenir?

Até o momento, a causa para o desenvolvimento do Parkinson é desconhecida. Estudos apontam que exposição a pesticidas, uso de substâncias estimulantes, aumento do estresse oxidativo celular podem contribuir, mas não há ainda uma causa única para explicar o aparecimento da doença. E, por isso, não há nenhuma recomendação preventiva.

O que existe hoje são evidências suficientes que apontam que a realização de atividade física, 150 minutos por semana, reduz significativamente os sintomas.



5. Qual o tratamento?

Além da atividade física, há algumas opções: medicamentoso, fisioterápico e até cirúrgicos, em alguns casos. Nos casos medicamentosos, os tratamentos aumentam a disponibilidade de dopamina no sistema nervoso central, neurotransmissor responsável pela transmissão de sinais na cadeia de circuitos nervosos. Quando indicado o tratamento cirúrgico, chamado de DBS (Deep Brain Stimulation), é como se um marca-passo fosse inserido em regiões profundas do cérebro para estimulá-lo. Há também muitas dúvidas sobre o uso do canabidiol para tratar a doença de Parkinson, mas até o momento não existem evidências suficientes para que a gente recomende o uso. Importante também ressaltar que cada paciente deve ser avaliado de forma individual pelo seu médico.



DIA MUNDIAL DA DOENÇA DE PARKINSON - 11 DE ABRIL

 


No dia 11 de abril é celebrado o Dia Mundial da Doença de Parkinson; o distúrbio neurológico marcado pelos tremores nas mãos é comum em uma a cada mil pessoas. Ainda hoje, uma série de estigmas é associada à doença, tornando a conscientização da temática cada dia mais necessária. 

“Com a doença diagnosticada e tratada adequadamente, o paciente consegue viver com ela em uma condição de vida bastante elevada”, comenta o professor Egberto Reis Barbosa, chefe do Ambulatório de Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento da Divisão de Neurologia Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. 

Doença neurodegenerativa 

A doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa de prevalência alta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de quatro milhões de pessoas são afetadas por ela, o que representa cerca de 1% da população mundial a partir dos 65 anos. “À medida que o contingente de pessoas idosas aumenta, o número de pacientes com a doença de Parkinson também vai aumentando progressivamente”, explica Barbosa. 


Doenças neurodegenerativas são conhecidas como proteinopatias, ou seja, uma proteína, que normalmente é produzida no cérebro, apresenta uma função na transmissão sináptica. Essa sofre uma degeneração estrutural, fator que leva à perda neuronal progressiva. “Nessa doença, o principal problema é a perda de neurônios em uma região do cérebro que se chama substância negra. Eles produzem um neurotransmissor que se chama dopamina, então, todo o arsenal terapêutico para melhorar o paciente com doença de Parkinson é baseado na reposição de dopamina”, explica o professor. 

O médico também comenta que, com o tempo, a doença pode levar a uma incapacidade motora e, como não tem cura, é encarada como um desafio para a medicina. Contudo, na maioria dos casos, os pacientes que seguem o tratamento corretamente conseguem ter uma alta qualidade de vida, reforça ele. “A imagem que se tem é de uma doença muito incapacitante, mas boa parte dos pacientes evolui muito bem, mesmo a longo prazo. Há pacientes que, sob tratamento, mal se percebe que eles possuem a doença. Então, a perspectiva de vida para boa parte dos pacientes é bastante satisfatória, desde que o tratamento seja aderido corretamente.”




Sintomas e identificação 

Além dos conhecidos tremores nas mãos, a doença de Parkinson pode gerar também instabilidade postural, rigidez nas articulações, lentidão nos movimentos e outros sintomas. Porém, o professor da Faculdade de Medicina da USP diz que a maior parte dos pacientes, cerca de 80%, ainda apresenta os tremores como primeiro sintoma. Um contingente menor apresenta rigidez de membros e dificuldade de locomoção. 

O diagnóstico da doença costuma ser feito durante exames clínicos: “Os casos que são apresentados com tremores levam poucos meses para serem identificados, ao passo que aqueles que não apresentam tremor podem levar anos”, adiciona Barbosa. Manifestações pré-motoras da doença também são identificadas e podem auxiliar no diagnóstico final. As mais comuns delas são a perda de olfato e o transtorno comportamental do sono. “Às vezes essas manifestações precedem em vários anos as manifestações motoras”, diz o especialista. 

Como dito, a doença de Parkinson não apresenta cura, mas esse fato não impede que os pacientes tenham qualidade de vida. “Apesar da ausência de cura, os terapêuticos hoje são bastante eficazes para manter os pacientes em uma condição de vida bastante satisfatória”, comenta o professor, reforçando o combate de estigmas associados à doença.  

Além disso, é interessante notar que o tratamento é uma combinação do tratamento medicamentoso (remédios) com atividades físicas regulares. Alguns dos remédios necessários para o controle da doença são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A Levodopa, que é o principal recurso para o tratamento da doença de Parkinson, é fornecida tanto nos postos de saúde quanto pelo Programa Farmácia Popular, que vende o medicamento com descontos”, lembra Barbosa. 




sexta-feira, 5 de abril de 2024

Os Filhos do Quarto: O Impacto dos Dispositivos Eletrônicos na Vida dos Adolescentes

 


por Abilio Machado Psicoarteterapeuta


No mundo contemporâneo, testemunhamos uma mudança significativa na forma como os adolescentes interagem com o ambiente ao seu redor. A geração atual está crescendo em um cenário dominado por dispositivos eletrônicos, com a tecnologia desempenhando um papel cada vez mais proeminente em suas vidas. Um fenômeno que tem chamado a atenção dos pais e profissionais da saúde mental é o isolamento voluntário dos adolescentes em seus quartos, onde se entregam a celulares, tablets e jogos. Este artigo explora o impacto dessa tendência, que podemos chamar de "os filhos do quarto", na psique e nas relações interpessoais e individuais dos adolescentes.


A Fuga Digital

A tecnologia trouxe consigo inúmeras vantagens, incluindo o acesso a informações e a possibilidade de se conectar com pessoas de todo o mundo. No entanto, quando o uso dessas ferramentas se torna excessivo, pode criar uma desconexão com o mundo real. Os adolescentes de hoje frequentemente optam por se isolar em seus quartos, imersos em suas telas, em vez de interagir com a família ou amigos.


Os quartos que costumavam ser refúgios de descanso e privacidade agora se transformaram em santuários digitais. O acesso constante às redes sociais, jogos e conteúdo online proporciona uma fuga temporária da realidade, mas também leva a uma desconexão das emoções, das relações interpessoais e das atividades do mundo real.


Impacto na Psique

O uso excessivo de dispositivos eletrônicos, muitas vezes em detrimento de atividades físicas, sociais e criativas, tem implicações significativas para a saúde mental dos adolescentes. Entre os impactos mais preocupantes, estão:


1. Ansiedade e depressão: O constante contato com as redes sociais e a comparação com vidas aparentemente mais emocionantes de outros podem desencadear sentimentos de inadequação, alimentando a ansiedade e a depressão.

2. Problemas de sono: A exposição à luz azul das telas à noite pode afetar negativamente o sono, levando a distúrbios do sono e cansaço crônico.

3. Isolamento social: O isolamento físico resultante do tempo excessivo em quartos com dispositivos eletrônicos pode prejudicar as habilidades sociais, dificultando o estabelecimento de relações interpessoais saudáveis.

4. Problemas de concentração: A constante interrupção causada por notificações e a necessidade de multitarefa pode prejudicar a capacidade de concentração e o desempenho acadêmico.


Impacto nas Relações Interpessoais

O isolamento digital também tem implicações profundas nas relações familiares e de amizade. À medida que os adolescentes se retiram para seus quartos e dispositivos eletrônicos, a comunicação cara a cara diminui. Isso pode levar a mal-entendidos, conflitos e uma sensação de distância entre pais e filhos.


Além disso, as amizades podem ser afetadas, já que muitos adolescentes preferem se comunicar via mensagens de texto ou mídias sociais em vez de passar tempo juntos pessoalmente. Essa falta de contato físico e olho no olho pode dificultar o desenvolvimento de habilidades sociais importantes.


O Papel dos Pais e Profissionais de Saúde

Para lidar com "os filhos do quarto" e minimizar os impactos negativos dos dispositivos eletrônicos na vida dos adolescentes, é essencial que os pais desempenhem um papel ativo. Aqui estão algumas estratégias a serem consideradas:


Definir limites de tempo: Estabeleça regras para o uso de dispositivos eletrônicos e promova atividades familiares que não envolvam telas.


Comunique-se abertamente: Incentive a comunicação aberta com os adolescentes para que eles se sintam à vontade para compartilhar seus sentimentos e preocupações.


Exemplo: Os pais devem servir como modelos de comportamento saudável, equilibrando o uso de dispositivos com atividades offline.


Promova atividades offline: Incentive a participação em atividades esportivas, artísticas e culturais, que ajudam a construir habilidades sociais e emocionais.


Acompanhamento profissional: Se você perceber sinais de problemas emocionais ou comportamentais, busque a ajuda de um profissional de saúde mental.


A tendência dos "filhos do quarto" é um desafio contemporâneo para pais, educadores e profissionais de saúde mental. Embora a tecnologia seja uma parte inevitável da vida moderna, é crucial encontrar um equilíbrio saudável que promova o bem-estar emocional e as relações interpessoais dos adolescentes.

PSICÓLOGO AMGO OU AMIGO PSICÓLOGO

  Na delicada dança das relações humanas, um verso inesperado ecoa: "Muitas vezes não se quer um psicólogo, e sim um amigo." Essa...