sábado, 12 de dezembro de 2020

O QUE É DISTIMIA?


A distimia, também conhecida como “doença do mau humor” ou “distúrbio distímico”, ou ainda, “uma forma menos óbvia da depressão”. É um transtorno de humor, um tipo de depressão, com durabilidade maior, que embora não muito conhecida, acomete milhões de pessoas em todo o mundo.


As pessoas com distimia demonstram ser geralmente mais irritadas, tristes e possuem pensamentos negativos constantes como: “nada vai dar certo”, “eu não vou conseguir”, “isso não vai funcionar”. Esse transtorno não tem uma cronologia certa em que pode se manifestar, podendo ser na infância e vida adulta. Há relatos de idosos, por exemplo, que conviveram com a distimia a vida toda e não sabiam. Embora a distimia e a depressão possam estar interligadas e, consequentemente, seus conceitos e características serem semelhantes, é importante ressaltar suas diferenças.
Distimia x Depressão

Não é muito complicado diferenciar esses dois transtornos, mas eles podem se confundir, principalmente pela durabilidade.

1. A depressão se instala de repente e ocorre em episódios. Sua forma mais severa, faz com que a pessoa se sinta impossibilitada de realizar suas tarefas diárias (como trabalhar, estudar, ir à academia e supermercado).

2. A distimia, por sua vez, é uma forma mais branda da depressão, mas sua intensidade é maior, ou seja, a pessoa apresenta sintomas de depressão leve que permanece, no mínimo, dois anos conseguintes.

Sendo assim, a principal diferença está na intensidade e permanência dos sintomas.

Além da irritabilidade, mau humor, tristeza e pensamentos negativos, a pessoa que tem distimia pode apresentar:
  1. Problemas com sono e apetite;
  2. Autoconfiança baixa;
  3. Abatimento;
  4. Falta de energia para agir;
  5. Isolamento das pessoas;
  6. Disposição ao uso de drogas (lícitas, ilícitas e medicamentosa).


A Evolução da distimia para a depressão

Contudo, faz-se necessário alertar que em 90% dos casos de distimia acontece a evolução para a depressão, isto é, ocorre a chamada depressão dupla, agravando os sintomas e a qualidade de vida do paciente. Sendo assim, estudos apontam que
a distimia costuma afetar três vezes mais o sexo feminino do que o masculino. É bom acrescentarmos também que cerca de 100 pacientes atendidos nos postos de saúde, 7 provavelmente têm esse transtorno.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 180 milhões de pessoas tenham distimia, sendo uma das doenças mais observadas na prática clínica nos EUA e Europa. Diagnosticar o quanto antes a distimia, por tanto, serve não somente para começar o tratamento correto, mas também amenizar o sofrimento que acomete não só a pessoa, mas aqueles que estão ao seu redor.

O tratamento existe. O mais eficiente se dá através da combinação de medicamentos e psicoterapia, apresentando excelentes resultados. O tratamento ajuda o paciente a aprender a enxergar novas possibilidades na sua vida e nos seus relacionamentos interpessoais.


fonte: psicoter

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