sábado, 25 de setembro de 2021

Por que tomar decisões é angustiante?!

 


Por que tomar decisões é angustiante?!



Por que decidir algo me deixa tão desesperado, por quê?
Lembro-me de não saber o que fazer em vários momentos de minha vida, a ansiedade, o medo, a indecisão me tomaram conta nestes momentos, como ao ser mandado embora do emprego, por exemplo, a mudez tomou conta, mas o cérebro gritava.
Queria fugir e ao mesmo tempo rir, um conflito que surge entre as mais variadas informações que naquele instante parecem ferver. Uma mistura entre a indefinição e a indecisão, e apenas quando se sai do local, e se começa a andar é que toda a raiva e frustração ganham tamanho, as lágrimas correm, as palavras certas aparecem, as soluções daquele evento e não àquele que se encontra agora estar desempregado, sem aquele trabalho específico.
Na minha despedida do quartel, meu lar naquele pouco mais de ano, e eu estava perdido sem saber o que fazer, se corria ou ficava, por mais que tivesse planos, o medo me tomou posse e automatizei, fiz tudo como robô seguindo simplesmente...
O mesmo acontece com alguma ofensa recebida, há um instante mínimo de reação onde uma avaliação é realizada em micro tempo, e depois de uma reação adversa ao que somos é que na paz reinante nos vêm soluções de que aquilo era tão banal que nem merecia uma nota registrada nas páginas de nosso cérebro.
O mesmo acontece quando fui fazer o curso de montagem de motores, cheguei e ‘dei de cara’ com nomes de peças e funções que para outros seriam comuns, mas que para mim eram de outro planeta e tive de num instante tomar a decisão em desistir do curso ou encarar e processar em mim as novas informações, como em outros cursos que pareciam repetir as mesmas coisas de sempre e em mim tive de alimentar a esperança que talvez no final daquele curso houvesse de surgir um algo novo naquela reciclagem que fazia.
Quando acontecem estes eventos e o pânico me toma por inteiro eu tenho a tendência de me achar incompetente (baixa auto-estima), por que qualquer um que esteja por perto parece que é tão rápido a tomar decisão menos eu. Isso não acontece quando estou fazendo uma prova sozinho ou uma redação, ou quando estou desenhando ou pintando, ou quando estou escrevendo teatro ou atuando ou ensaiando um texto, por que são áreas em que eu domino muito bem e sei no meu planejamento cerebral todo o processo e execução.
O que me causa pânico é o desconhecido, o que acontece e me surpreende, e acredito que a trava que me atinge é o que espero, sempre espero o pior, tipo passar na sala do chefe para a demissão, ser chamado na secretaria e ser avisado que fui dispensado.
Fato que acontece em alguns grupos de teatro o medo de alguns atores e diretores com a competição, já tive experiência em certo grupo de sugerir outra abordagem e o diretor não gostar no momento da idéia e semanas depois implantar aquela idéia, aí tida como sua, demonstrando que não está preparado a ter esta concorrência à sua porta quero dizer no seu palco.
Também aconteceu com desenhos, faço design de jóias, na visita a uma empresa como funcionário da grife mantive contato direto com o presidente da renomada empresa e dias depois a minha chefe direta precisava de um email específico e eu disse que o possuía e ofereci, e ‘este email’ era o email pessoal do presidente da empresa e imediatamente fui chamado a conversar com o presidente da empresa do por quê e como eu o possuía (o email pessoal), também numa demonstração de medo de meus superiores: supervisora e chefe. E não demorou muito para que eu fosse substituído naquela terceirizada.
  Estas tomadas de decisões podem se tornar criações monstruosas de acordo com nosso repertório sobre estes momentos, minha esposa sempre tenta amenizar dizendo que gosto de generalizar muito as coisas, mas tenho em mim que a cada momento existe um comando específico, mas que ele pode ser tranquilamente adaptável a outros similares.
As dificuldades no trabalho com as novas informações, que dia-a-dia pipocam de todos os lados, superar a si mesmo no desenvolvimento das funções e absorvendo este novo aprendizado causam em nós o sentimento do chamado ‘medo de perder’, sentimento que nos tira o essencial de uma resposta rápida e imediata, sei que devemos ser prudentes e até mesmo demorar a responder até obtermos informações suficientes de garantia, mas esta paralisia que pode nos acometer pelo medo pode ser o nosso afastamento de oportunidades de ação, nos privando de talvez até mesmo errar para recomeçarmos de novo.
E o conflito perdura ‘não sei se sento na esteira ou deito na cadeira, se caso ou adoto um cachorro’.

Por Abilio Machado. Ator, Dramaturgo e Acadêmico em Psicologia.
Poetha Abilio Machado
Enviado por Poetha Abilio Machado em 11/08/2011
Código do texto: T3153887
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resenha Gruspun H. (1999). Crianças e Adolescentes com Transtornos Psicológicos e do Desenvolvimento. São Paulo. Atheneu.

 

Gruspun H. (1999). Crianças e Adolescentes com Transtornos Psicológicos e do Desenvolvimento. São Paulo. Atheneu.

RESENHA

PSICOPATOLOGIA INFANTIL

Gruspun H. (1999). Crianças e Adolescentes com Transtornos Psicológicos e do Desenvolvimento. São Paulo. Atheneu.

Machado, Abilio . Agosto/2011

Os casos apresentados parecem queixas ainda presentes na nossa sociedade, das atitudes comportamentais das crianças, o processo de diagnóstico que o capítulo vem mostrar sobre os distúrbios quanto a sua classificação, epidemiologia, causa de risco, prognósticos e tratamentos e neste livro é o objetivo a transmissão dos conhecimentos a este processo de diagnóstico, da classificação, saber avaliar e delinear os tratamentos e prevenções aos transtornos do desenvolvimento psicológico, emocional, social, psiquiátrico e mental em que crianças e adolescentes.
Os sintomas apresentam sinais em quatro áreas: emocional, de conduta, relacionamento e desenvolvimento. Sendo: os emocionais como medo e ansiedade. E os de conduta apresentando um quadro anti-social aparecem sendo mais graves, assim comparado com os sintomas dos adultos, sendo comportamento desafiante; agressivo e ameaçador; anti-social cometendo delitos como furto, roubo, atos de violência em grupo, incendiário e abuso de drogas. Sintomas do chamado círculo de delinqüência juvenil.
O psicológico e mental apresentam áreas de relevância como regularização da motricidade e da atenção; fala e linguagem, jogos; controle esfincteriano; habilidades escolares; especialmente as de leitura, de escrita, de matemática e inclusive as artísticas. O processo de desenvolvimento cerebral é uma comunicação entre os genes e meio ambiente, pode ser corrompido causando distúrbios, quebra da corrente causando déficits estas causas podem ser do indivíduo ou serem causadas como adversidades no microambiente de formação, resultado de toxinas drogas, infecções, estresse, problemas sociais que trazem variáveis como nutrição, abuso de drogas.
A extensão, o tempo, localização e a natureza darão efeitos desde lesões leves até lesões graves e irreversíveis, pode ocorrer compensação, que é quando o cérebro recria outros caminhos para cumprir a função desejada.
Os sintomas emocionais podem ser avaliados através de testes aplicados diretamente à criança e adolescente, como testes de inteligência e de aptidões, e antes nos pais também.
Quanto às dificuldades de relacionamento os seus sinais podem surgir desde a amais tenra idade, e traz em alguns casos o problema estaria propriamente nela ou em quem ela se relaciona.
Na classificação é usado o CID 10 e DSM IV que classificam segundo a sintomatologia e incluem o prejuízo social, vida familiar, escola e aprendizado, amizades em jogos e esportes; o sofrimento da criança bem como a ameaça que pode causar. Enquanto a CID 09 no DSM III não incluem o relacionamento e o ambiente ao paciente, ficando restrito apenas à psiquiatria.
A epidemiologia pode ocorrer em áreas de risco onde a ação da doença poderá atingir um número maior de crianças, tendo ou não prevalência que dependerá de aspectos ligados à cultura e ao gênero. Há de ser criterioso sobre os fatores de risco que influenciarão o diagnóstico em sua combinação de sintomas que seguem três fatores: predisponentes, desencadeantes e perpetuadores, e também a ausência de protetores. Os pacientes em grande parte apresentam vários sintomas que o ligam a vários transtornos.
Na etiologia para verificar se a causa é genética o uso de alguns exames laboratoriais são os únicos métodos preventivos e avaliativos para incluir ou excluir o indivíduo. A classificação é mais para comunicação entre os profissionais, sobre os eixos para diagnostico desde o transtorno depressivo decorrente, como episódio atual leve, somático e o psicossomático.
Na CID 10 a classificação é específica, mas também se usa a letra F:
.Transtornos do desenvolvimento Psicológico: F80 a F89.
Transtornos emocionais e de comportamento com início usualmente ocorrendo na infância e adolescência: F90 a F98.
E o Retardo mental: F70 a F77.
Os não específicos:
Transtornos de humor afetivos: F30 a F39.
Transtornos neuróticos relacionados ao estresse e somatoformes: F40 a F48. Esquizofrenia: F20.
 Transtornos não orgânicos do sono: F51.
O tratamento é uma carga de expectativas desde o diagnóstico e, agora o tratamento.  As medidas terapêuticas com medicação ou com terapia psicológica podem ser separadas ou unidas para dar resultado, aplicadas por profissionais habilitados.
O manejo correto da medicação e da dieta tem intenções fundamentais para auxiliar das terapias como: psicoterapia de grupo, psicoterapia individual, psicanálise, psicodrama, terapia comportamental, terapia cognitiva, terapia cognitivo-comportamental, terapia interpessoal, terapia familiar e terapia institucional (hospital dia). A dieta é necessária devido à ação de alguns elementos nutricionais que podem interferir ou alterar a ação medicamentosa.

Poetha Abilio Machado
Enviado por Poetha Abilio Machado em 29/01/2012
Reeditado em 05/02/2012
Código do texto: T3467913
Classificação de conteúdo: seguro

ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO “Primo Basílo”

 ABILIO MACHADO 

ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO 

Análise de uma interação social em uma obra literária:

“Primo Basílo”

...de Eça de Queiroz.

Análise apresentada pela EQUIPE 03 A, à disciplina

de AEC - Analise Experimental do Comportamento II,

ministrada pelo Professor: Ms. Felipe G. de Oliveira ao

4º Período de Psicologia da Faculdade Evangélica do

Paraná.

Curitiba, 11 de novembro de 2011


“Primo Basílo... de Eça de Queirós.”


Questionar, levantar possibilidades sobre a vida de uma personagem, a AEC,

mostra sua aplicabilidade no contexto do cotidiano, na vida de nós mortais, que em

minha visão traz uma compreensão melhor sobre o estudo comportamental, pois as

figuras fictícias usadas pelo autor são sempre frutos de uma observação, de um

entendimento pessoal e que ele alude criando ou assemelhando situações para

demonstrar aqueles comportamentos que lhe chamaram a atenção.


Neste trabalho, específico sobre a obra de Eça de Queirós, O Primo Basílio

(1878), os recortes dos diálogos para estudo dizem respeito à personagem Luísa e sua

auxiliar doméstica e seus comportamentos. Traz na sua essência um comportamento

da época, um romantismo dentro do movimento literário que ficou conhecido como fase

realista, que como seus outros contos mostram e muito as peripécias da sociedade

portuguesa do sec. XIX, que não deixa de ser atual, pois seu trato é sobre uma esposa

jovem que se vê dentro de um casamento, até que em alguns momentos feliz, mas que

com o retorno ao país de seu primo Basílio, seu primeiro amor, o qual teve de

negligenciar pelo arranjo matrimonial da época. Luísa, é apanhada num turbilhão,

adultério e refém de sua empregada, que acaba interceptando sua correspondência.

Às vezes na sua consciência achava Leopoldina "indecente"; mas tinha um fraco por ela: sempre

admirara muito a beleza do seu corpo, que quase lhe inspirava uma atração física. Depois a

desculpava: era tão infeliz com o marido! Ia atrás da paixão, coitada!

E aquela grande palavra, faiscante e misteriosa, de onde a felicidade escorre como a água de

uma taça muito cheia, satisfazia Luísa como uma justificação suficiente: quase lhe parecia uma

heroína; e olhava-a com espanto como se consideram os que chegam de alguma viagem

maravilhosa e difícil, de episódios excitantes.

Só não gostava de certo cheiro de tabaco misturado de feno, que trazia sempre nos vestidos.

Leopoldina fumava. (descrição dos pensamentos de Luísa (Cap.01, p.11).

Como exposto no trabalho realizado na última aula, dia 09, para que haja

possibilidade de um estudo comportamental se precisa ter o conhecimento do histórico

daquela vida, do que o indivíduo viu ou presenciou que veio a estimular determinada

resposta, por isso no início citei os pensamentos da personagem, pois sua amiga dos

tempos de solteira e vizinha lhe promove certa inveja pelos prazeres e libertinagem,

não só verbais quanto de relacionamentos.


De acordo com Ernesto Guerra da Cal (1953, p. 27), estudioso das obras de

Eça:

Visto que segundo as anotações de Maria Amélia Matos (1991,p.2) pensar é

aqui entendida como uma classe de operantes verbais pré-correntes encobertos

(principalmente tatos e ecóicos) relativos a um assunto ou problema, cujos efeitos

principais são sobre o repertório comportamental do próprio emitente, e que, nesse

sentido, não produzem alterações no ambiente físico ou social do ambiente. Contudo,

alteram a probabilidade de ocorrência de outros comportamentos do emitente, e estes

sim, que alteram seu ambiente físico e/ou social.

Este romance carrega características psicológicas próprias através destas

quadras de diálogos que vem auxiliar ao nosso estudo e principalmente ao profissional

de investigação comportamental.

O estilo literário vai muito mais além do meramente verbal. Ter estilo

não é possuir uma técnica de linguagem, mas ter uma visão própria do

mundo e ter conseguido uma forma adequada para a expressão dessa

paisagem interior.

As palavras são, pois, mais alguma coisa do que o veículo de

comunicação, por meio do qual o artista nos faz chegar a sua

mensagem. Por detrás delas, implícita, misteriosamente presente, está

uma apreensão total da realidade; uma atitude vital, uma concepção

subjetiva do mundo, uma particular maneira de o simplificar, de o

transformar, adaptando-o à personalidade, à própria maneira de o

sentir, de “o pensar” por assim dizer.

Pois, podemos compreender e entender os comportamentos individuais, os

reforçadores que os antecedem e os estimulam, bem como o reconhecimento do

contexto em que acontecem os comportamentos, neste estudo são as categorias

verbais que nos auxiliarão.

A análise da página 16 é de mando, pois subentende-se que Juliana não

obedeceu ao trabalho e acabou sendo lembrada pela patroa da necessidade da roupa

arrumada na mala, através desta descrição verificamos a diferença funcional da ouvinte

e da emitente.

A página 17, traz uma situação de tato, pois é devido ao desejo do marido, que

acha Leopoldina uma má influência, e portanto, não é bem vinda. É tato, por estar sob

a visão do controle, sensações e lembranças.

Na página 21, existindo uma partilha da informação, e como acima uma

discriminação e identificação social caracteriza-se como tatear.

Na página 24, vemos claramente que há um confronto situacional entre ambas,

uma querendo revitalizar o valor e os conceitos do marido e a outra ameaçadora

demonstrando que é cumpridora de que pode ser bem mais perigosa que

simplesmente comentar sobre a visita de Leopoldina... Característica ecóica, em

reforçar e fazer lembrar, demonstração de necessidade perceptiva.

Sobre a página 45, Juliana pede para sair, mas é lembrada de suas funções, dizse doente e é parte de seu aprendido a lamentação da sua doença causa comoção e

liberação, porém um controle verbal, entraria o mando e o ecoar, pois aparece as

características necessárias.

Na página 55, Luísa está perdida em pensamentos quando é abordada, aqui

existe a presença de encobertos, que estão ali, na lembrança de Luísa, onde ela

retrocede em si na busca daqueles momentos, fato este que a faz ter uma reação

brusca com Juliana quando esta lhe traz luz, é o mando.

Leopoldina era filha única do Visconde de Quebrais, o devasso, o

caquético, que fora pajem de D. Miguel. Tinha feito um casamento

infeliz com um João Noronha, empregado da alfândega. Chamavamlhe a “Quebrais”; chamavam-lhe também a “Pão-e-queijo”. Sabia-se

que tinha amantes, dizia-se que tinha vícios. Jorge odiava-a. E dissera

muitas vezes a Luísa: Tudo, menos a Leopoldina!

Na página 66, o mando entra novamente, através da cobrança da atitude da

doméstica, a qual se esquiva de sua função, e também por que se trata de Basílio a

bater na porta.

Na página 69, a uma intenção fora do contexto original, em primeira visão sobre

as perguntas seria uma verbalização poética, como há uma compreensão da situação

coloco-a como ler, a ouvinte conseguiu reconhecer e verbalizar uma resposta

adequada.

Na página 77, o ecoar vem atroz através das palavras, que retumbam uma

ameaça sobre o fato de que Luísa se encontrava ausente.

Na78, vem o mando através da ordem expressa.

Na 81, vem um pedido consensual de que entrará mais uma personagem no

ambiente, seria este que tipo de reforçador? Para mim mais negativo que positivo para

a situação, de ver Basílio e Luísa à casa sem a presença do marido.

Na 88, o arrumar a cama, o ter ouvido barulho, há o mando e o ecoar, bem que

tal estímulo, não interferiu naquele momento nos amores do casal, só depois Luisa vem

saber de quem se tratava.

Na 97, o mando de novo, a colocação dos papeis, a bem que a presença da

empregada parece mais como uma tentativa de interrupção e coação, buscando

informações para um emparelhamento.

Na 111, a empregada volta a usar a comoção da patroa, pois aprendeu que se

passar mal, acaba ganhando liberação para sair a perambular e ter com a tia.

Na página 135, uma presença negativa da empregada que é surpreendida na

sua tentativa de ouvir a conversação, um estímulo negativo que causa aversão à

patroa.

Na 139, existe um vislumbre de perigo sobre a chegada da carta e

reconhecimento do emitente, o tato aparece, no cuido do ato.

Na 146, a presença do marido causa uma reação impulsiva e Luisa se desfaz da

carta, mas presa à imagem amorosa retorna par tentar recuperar, porque aquelas

palavras lhe satisfazem, são um perigo mas que se transforma em reforço positivo ao

seu sentido romântico, deste sonhar.

Na 148, Luisa tenta demonstrar controle sobre o controle, dizendo que a

chegada da carta não irá proporcionar nenhum desconforto, coisa que não é a verdade.

Na pagina 189, Juliana faz tremer as estruturas do ambiente ao revelar o que

antes Luisa achava encoberto, faz ela ecoar seus propósitos que questiona a

autoridade antes exercida e que acaba por ter agora uma afronta.

Nas 212-214, Juliana questiona a fuga de Basílio, que tenta se afastar pelo caso

das cartas sumidas mas este acaba sendo um estímulo a mais para ela que exige uma

paga de 600 mil contos de réis, e também verbaliza toda a diferença social que as

separa, numa verdadeira apresentação histérica dos fatos.

Na página 221, existe o ecoar de novo com outras presenças de verbalizações

subjetivas, mas a empregada deixa de ser naquele instante um aversivo.

Na 223, é um diálogo estranho pois ao mesmo tempo que há o medo,negativo e

aversivo, existe uma procura de se fazer passar por auxiliadora, ou seja, positiva.

Nas 224 e 229, novamente as cartas, o uso de um objeto, só o fato de

mencionar, causa tamanho furor e ganhos, através de um subjetivo que causa mal

estar à senhora, ante a ameaça.

Nas páginas seguintes o retorno do marido a não funcionalidade da doméstica

acabam trazendo outra vertente que é o ecoar e o mando de Jorge, o marido, se vendo

sob ameaça de ter de sair da casa, Juliana se submete e acaba retornando as suas

funções, e assim mesmo sem deixar de lembrar à Luisa que se comporte. Acabam

traçando um contrato social, de relacionamento nestas últimas, pois se encontra a

articulação, que é o manejo coerente buscando a ambas uma auto-conscientização

comportamental.

Acabei por ler um artigo sobre O Primo Basílio que traz pormenores sobre toda a

elaboração de condução, estrutura e personalidades das personalidades e enredo

desta obra de José Maria, realizado por Élica Luiza Paiva (2006) ‘Da obra literária à

minissérie televisiva: um estudo da transcodificação da decadência moral da

personagem Luísa do romance O Primo Basílio de Eça de Queirós’, que indico aos

colegas e professores.


Referências bibliográficas:

QUEIRÓS, Eça. (1997).O Primo Basílio. 18. ed. São Paulo: Ática.

PAIVA, Élica Luiza (2006). Da obra literária à minissérie televisiva: um estudo da

transcodificação da decadência moral da personagem Luísa do romance O

Primo Basílio de Eça de Queirós. Dissertação apresentada como requisito

parcial para obtenção do Grau de Mestre, no Programa de Pós-Graduação

Stricto Sensu em Comunicação, Área de Concentração: Mídia e Cultura, Linha

de Pesquisa: Ficção na Mídia, da Faculdade de Comunicação, Educação e

Turismo da Universidade de Marília, Marília – SP

O PENSAMENTO SISTÊMICO EM PSICOLOGIA INTRODUÇÃO

 O PENSAMENTO SISTÊMICO EM PSICOLOGIA INTRODUÇÃO 

“Ser Sistêmico... Quando aprendemos a pensar sistematicamente, já temos o resultado de um processo que envolve liberdade, escolhas, ética, ecologia, amor e paz. Pensar sistematicamente é contar uma nova narrativa sobre nós mesmos. “Pensar sistematicamente é desenvolver uma atitude ética baseada no amor. Telma P Lenzi 

RESUMO 

No final do século XIX, a família brasileira recebeu grande influência da família burguesa européia da qual era remanescente do capitalismo e das relações sociais vigentes na época. Destacava-se na classe média urbano o modelo de família ideal, com o homem provedor da casa e a mulher responsável pelos filhos, excluindo-a da produção. Em meados da década de 1950, surgiu o movimento de atendimento conjunto à família, sendo esta considerada e pensada como uma unidade. Foi por volta dos anos 60, nos Estados Unidos, que este modelo de terapia familiar teve início. Levando assim, a Psicologia a utilizar o pensamento sistêmico, que advém da física quântica nas suas ultimas forças da Psicologia Humanista e Psicologia Transpessoal. 

Pensamento sistêmico, refere-se a uma nova visão de mundo que enfatiza o interesse pelas relações. Como ciência a Psicologia estuda o comportamento humano e este inserido numa grande rede relacional. O individuo nasce faz parte de sua família primária, que educa, influência, transmite crenças e valores, etc., logo a escola vai fazer parte de outra relação que é a escola onde sofre influência de grupos de amigos, lazer, grupos religiosos, o que amplia sua rede de relações. Envolvido o indivíduo neste meio de alguma forma será influenciado para estruturar sua personalidade. Dependerá das relações onde o indivíduo está inserido o comportamento do mesmo. 

Diante dessas afirmações o pensamento sistêmico é um novo paradigma da ciência, uma idéia que já vinha sendo cogitada e trás implicações revolucionárias e profundas no âmbito científico e também repercute no âmbito pessoal. 

Neste novo paradigma o universo então, é visto como uma teia dinâmica de eventos inter- relacionados com um objetivo comum. A concepção sistêmica vê o mundo em termos de relações e integração. Os sistemas são totalidades interligadas, cujas propriedades não podem ser reproduzidas a unidades menores. 

Outra característica desse pensamento é o princípio do diálogo que articula e une conceitos focaliza possíveis relações entre disciplinas e efetiva contribuições entre elas o qual é denominado de interdisciplinaridade. Para embasar o pensamento sistêmico, deve-se fazer uma retrospectiva histórica. 

Os primeiros estudos da psicologia remontam a Grécia em torno de 500 anos a.C. através de Sócrates, Platão e Aristóteles. Esses filósofos enfatizaram a racionalidade do homem e a imortalidade da alma. Na idade média a psicologia foi evidenciada através de Santo Agostinho e São Tomas de Aquino. Porém foi no renascimento, através de Descartes que foi enfatizado o conceito de dualidade do corpo e mente que favoreceu o nascimento da psicofisiologia, no século XIX. O que veio a influenciar a visão do homem dando enfoque mecanicista na ciência através de uma metodologia determinista com pretensões explicativas, o que gera o método analítico. 

No período de 1832 a 1860 na Alemanha a psicologia se desvincula da filosofia e se torna uma ciência tendo como objeto de estudo o comportamento, a vida psíquica e a consciência. 

Durante o século XX, a psicologia havia adquirido varias escolas com linha de pensamento controversas, como o estruturalismo, o funcionalismo, o behaviorismo, a psicanálise e a psicologia humanista. Para podermos discutir a forma com que estas escolas viam o homem, é necessário voltar ao discurso analítico de Rene Descartes, que influenciou todas as ditas ciências modernas, colocando como importante aquilo que poderia ser provado e visto, e descartando os conteúdos que não eram possíveis de ser experimentados e reproduzidos. 

Dentro disto tínhamos a escola behaviorista, que via o homem formado por estímulos que eliciavam respostas, moldando o ser dentro destas relações, e a psicanálise, onde eram analisados pensamentos de forma racional para todos os processos da psique. Estas duas linhas tinham visões diferentes do homem, mas ao serem analisadas apenas levavam em consideração um lado do homem, usando de uma visão fragmentada e, portanto insuficiente para a compreensão deste. 

O homem é um ser biopsicosocial e espiritual, e a cisão sistêmica trás a importância desta visão como um todo. Não podemos analisar as situações que envolvem os indivíduos de uma sociedade sem entendermos como as situações psicológicas alem a parte biológica deste ser, como a sociedade em que ele vive influencia estas relações psicológicas, atribuindo valores e metas para o individuo, e como a espiritualidade dele ajuda na visão de mundo, alem de muitas outras relações. 

A Teoria Sistêmica tem suas origens na física quântica, a partir da mudança na visão de mundo, onde passou-se da concepção linear-mecanicista de Descartes e Newton para uma visão holística e ecológica.

 O termo holístico, refere-se a uma compreensão da realidade em função de totalidades integradas, cujas propriedades não podem ser reduzidas a unidades menores. 

A partir da nova ciência a família passa a ser considerada um sistema aberto, devido ao movimento dos seus membros dentro e fora e de uma interação uns com os outros e com sistemas extrafamiliares (meio-ambiente, comunidade, etc). As ações e comportamentos de um dos membros influenciam e simultaneamente são influenciados por comportamentos de todos os outros. Para física quântica o universo é considerado um organismo que vive pulsando denominada respiração cósmica, semelhante ao corpo humano. 

O cosmo é um sistema em movimento, vivo orgânico, espiritual e material. A noção de espaço e tempo como também causa e efeito perde seu significado. A natureza humana é vista na sua totalidade, interdependentes, sistêmica em conexão com o cosmo. 

Voltando a Psicologia o que verificamos que a inserção do pensamento sistêmico surge na terceira força denominada de Psicologia Humanista que enfatiza a compreensão da existência humana, a busca do sentido de vida, o homem inserido numa teia de comunicações repleto de possibilidades. Enfatizando uma visão holística do ser humano. 

Daí surge à quarta força denominada de Psicologia Transpessoal, considerada um desdobramento da Psicologia Humanista tendo como principal preocupação às experiências dos indivíduos em outros níveis de consciência que transcendem o ego. Possuindo como embasamento toda a visão sistêmica que se origina da física quântica. Gerando então o método sintético. 

O método sintético oriundo do pensamento sistêmico serviu com embasamento para a consolidação da quarta força em psicologia denominada Psicologia Transpessoal. Para os cientistas transpessoal o desenvolvimento espiritual vai fornecer novas opções de vida para o individuo, mas não despreza o caráter interativo do ser humano com o seu ambiente. Apenas amplia essa visão para uma natureza macro que vai além do planeta, mas ao cosmo. A visão de homem é de um ser multidimensional formado pela mente, corpo, interação social e espiritual. Isso de uma maneira integrada, orgânica e total. 

CONCLUSÃO 

Dentro da ótica de uma terapia sistêmica encontram-se hipóteses que os seres humanos, no intercâmbio uns com os outros, realizam adaptações mútuas: exemplos, uma reunião entre amigos, faz convites para momentos retrospectivos, como lembrar tempo de infância, juventude. 

O encontro terapêutico é um processo onde o passado deixa de ser um dado histórico para ser uma construção subjetiva, na qual é possível reescrever e reinventar repetidamente cada história, tornando possível a construção de vínculos mais saudáveis e satisfatórios com outras pessoas. A história de um olhar A metodologia da psicologia sistêmica não pode ser passada como uma receita, pois depende muito da habilidade do profissional de articular o grupo, levantar questões válidas e, sobretudo saber que cada sistema é único. Circunspecto por pessoas únicas. Isto traz a precisão de conhecer sempre coisas novas, novas possibilidades, novas idéias, o que torna importância para estreitamento terapêutico visando abrigar todo este método. 

O deslocamento do foco de atenção do intrapsíquico para o relacional no campo das práticas terapêuticas com seu papel social. Conceitos com práticas, terapias de grupo e psicodrama se esquematizam nessa época.


Graduação de Psicologia

FEPAR 8ª  Turma

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

UNIVERSO 25

 


"UNIVERSO 25"
O experimento "Universo 25" é um dos experimentos mais aterrorizantes da história da ciência, que, por meio do comportamento de uma colônia de camundongos, é uma tentativa dos cientistas de explicar as sociedades humanas. A ideia do "Universo 25" surgiu do cientista americano John Calhoun, que criou um "mundo ideal" no qual centenas de ratos viveriam e se reproduziriam. Mais especificamente, Calhoun construiu o chamado "Paraíso dos Ratos", um espaço especialmente projetado onde os roedores tinham abundância de comida e água, além de um amplo espaço para viver. 


No início, ele colocou quatro pares de camundongos que em pouco tempo começaram a se reproduzir, resultando em um rápido crescimento populacional. No entanto, após 315 dias sua reprodução começou a diminuir significativamente. Quando o número de roedores chegou a 600, formou-se uma hierarquia entre eles e surgiram os chamados "desgraçados". Os roedores maiores começaram a atacar o grupo, com o resultado que muitos machos começaram a "entrar em colapso" psicologicamente. Como resultado, as fêmeas não se protegeram e, por sua vez, tornaram-se agressivas com seus filhotes. Com o passar do tempo, as fêmeas mostraram comportamentos cada vez mais agressivos, elementos de isolamento e falta de humor reprodutivo. Houve uma baixa taxa de natalidade e, ao mesmo tempo, um aumento da mortalidade em roedores mais jovens. Então, apareceu uma nova classe de roedores machos, os chamados "ratos bonitos". Eles se recusaram a acasalar com as fêmeas ou a "lutar" por seu espaço. Tudo o que importava era comer e dormir. A certa altura, "belos machos" e "fêmeas isoladas" constituíam a maioria da população. De acordo com Calhoun, a fase da morte consistia em duas fases: a "primeira morte" e a "segunda morte". O primeiro foi caracterizado pela perda de propósito na vida além da mera existência - nenhum desejo de acasalar, criar jovens ou estabelecer um papel na sociedade. Com o passar do tempo, a mortalidade juvenil atingiu 100% e a reprodução chegou a zero. Entre os camundongos ameaçados, a homossexualidade foi observada e, ao mesmo tempo, o canibalismo aumentou, apesar de haver fartura de comida. Dois anos após o início do experimento, nasceu o último bebê da colônia. Em 1973, ele havia matado o último rato do Universo 25. John Calhoun repetiu o mesmo experimento mais 25 vezes, e todas as vezes o resultado foi o mesmo.
O trabalho científico de Calhoun tem sido usado como um modelo para interpretar o colapso social, e sua pesquisa serve como um ponto focal para o estudo da sociologia urbana.
Atualmente, estamos testemunhando paralelos diretos na sociedade de hoje ... homens fracos e feminizados com pouca ou nenhuma habilidade e nenhum instinto de proteção, e mulheres excessivamente agitadas e agressivas sem instintos maternos.



Para reflexão sobre comportamento humano  é comportamento  social... sim, isso é ciência!


Via  Paulo Melo

#psicoeducacao #sociedade  #experiencia #ciencia  #comportamentosocial #psiabiliomachado #aprendizado #comoagemospares

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Enfrentamentos de si...

 


PENSE O QUANTO É DIFÍCIL MUDAR A SI MESMO E ASSIM PODERÁ ENTENDER O QUÃO PEQUENA É A CHANCE DE VOCÊ MUDAR O OUTRO.


Às vezes pode ser difícil mudar, né? 

Existe todo um processo que começa pelo fortalecimento da mente, blindagem de sentimento, atitudes e mudanças de crenças, para que assim você possa mudar de fato. Agora, imagine, se é difícil mudar a si mesmo, porque você acha que seria fácil mudar o outro? 

Você pode guiar, aconselhar, mas mudança de verdade só acontece quando a pessoa quer e você pode fazer isso por ela.

Nossa função de terapeuta é auxiliar você,  para isso você tem de querer, dar está chance a você de sair da prisão criada e a qual vive realimentando a cada dia ao autorizar que seu passado comande os seus passos ou amarre seus desejos e sonhos.

A psicologia te entende, pois estuda çonportamentos a muitos anos, desde a Grécia e talvez antes mesmo disso... 


Abilio Machado 

Psicomassoterapeuta


#psicoeducacao #psiabiliomachado #terapiaintegrativa #terapiacognitivocomportamental #specht 

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Falando sério sobre a vagina

 


FALANDO SÉRIO SOBRE A VAGINA

1. O corrimento vaginal é normal
2. Não é necessário usar roupas íntimas 24/7.
3. As vaginas são suficientemente ácidas, quase como o cloro, daí a descoloração da calcinha
4. O xixi não sai pelo canal vaginal e sim pela uretra
5. O esperma de um homem pode modificar o pH e o cheiro da sua vagina
6. Não é normal ou seguro para você que as vaginas cheirem a flores, então pare de esperar que isso aconteça. Não use desodorante e sabonete nessa região.
7. PARE a lavagem vaginal, não use douching ou perfume porque eles são merda para as vaginas.
8. A vagina é autolimpante. Use somente água, lave com sabão só a parte de fora e evite sabão que mata bactérias
9. Fazer sexo não tem correlação de quão "apertada" é sua vagina.
10. Infecções fúngicas são comuns!
11. A melhor coisa que você pode fazer pela sua vagina é deixá-la sossegada.
12. Se a sua vagina fede ou seu corrimento fede e tem uma cor amarela, verde ou castanha, por favor visite o seu médico ginecologista.
13. Deixe-a respirar. Evite dormir de calcinha 😉
14. A VAGINA é uma cavidade interna, NÃO a área genital inteira, o que você vê no exterior é a sua vulva. Por favor, nunca use sabonetes em sua vagina.
15. Sempre urinar depois de fazer sexo para enxaguar o trato urinário de líquidos que poderiam ficar presos lá e causar infecções do trato urinário.
16. Beba muita água.
17. Use calcinha de algodão. O uso de seda, cetim e renda em uma base regular pode irritar sua vulva e modificar o ph.
Não discuta comigo sobre isso. Eu não me importo se você diz que sua mãe colocou você em fraldas de cetim e tudo o que você usou na vida é calcinha de cetim. Se isso é verdade, sua vagina está desligada. Te garanto.
18. Pare de colocar pó de talco na sua vulva, pare IMEDIATAMENTE! O talco causa câncer. Isso não é uma farsa ou uma brincadeira e eu não me importo que sua tia Myrtle, tia Myrtle de 97 anos, usa talco duas vezes por dia, todos os dias. Pare! HOJE!
19. O ambiente vaginal geralmente é muito agressivo para os espermatozóides, exceto quando você está ovulando à medida que o Ph se torne alcalino ele assegura que o espermatozoide viva entre 3 e 5 dias.

Fonte: enfermagem por amor.

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