quarta-feira, 27 de novembro de 2024

O ego: O sutil vilão das conexões humanas !

 


O Ego: O Sutil Vilão das Conexões Humanas

Por Abilio Machado 


O ego é uma dessas entidades invisíveis que habitam o nosso ser. Um companheiro de jornada, ora discreto e silencioso, ora barulhento e autoritário. Ele nos protege, nos dá identidade e até nos impulsiona a conquistar nossos objetivos. Mas, como todo elemento poderoso, seu uso descontrolado traz consequências perigosas — especialmente em grupos de trabalho e nas interações sociais, tanto presenciais quanto virtuais.


O Ego Sutil: A Manipulação Silenciosa


Em sua forma mais sutil, o ego se apresenta como uma máscara. Não causa conflitos evidentes, mas age nos bastidores. É aquele momento em que alguém em um grupo se esquiva de uma crítica construtiva com um sorriso que esconde o incômodo. Ou quando, numa reunião, um colega apresenta uma ideia já mencionada por outro, mas reivindica o crédito de forma elegante e quase imperceptível.


Essa sutileza é traiçoeira. Cria distâncias invisíveis entre as pessoas e alimenta ressentimentos silenciosos. Não é à toa que muitas equipes, apesar de aparentemente funcionarem bem, carregam tensões não verbalizadas.


O Ego Intransigente: O Tirano da Convivência


Por outro lado, há o ego que não se contém. Ele entra em cena com prepotência, erguendo barreiras e exigindo atenção, normalmentese manifesta com palavras: eu sou, eu faço, eu aconteço: Sou o melhor! Sou o mais bonito! Sou o mais perfeito! Principalmente nas redes sociais, ele se manifesta através destes comentários arrogantes, da necessidade constante de ter a última palavra ou da exposição exagerada de conquistas. Em algum momento você acaba se deparando com um ser assim, que inclusive usa mecanismos de falsa modéstia, de falsa humildade.


No ambiente de trabalho, é aquele colega que não aceita ser contrariado, que interrompe os outros para impor sua visão e que enxerga as críticas como ataques pessoais. Esse ego intransigente cria ambientes tóxicos, onde o medo e a competitividade substituem a colaboração.


Os Males do Ego nas Conexões Humanas


O ego, quando mal administrado, desestabiliza relacionamentos e impede a troca genuína de ideias. Em grupos de trabalho, isso pode levar a uma queda na produtividade, pois as pessoas passam mais tempo se defendendo do que contribuindo. No ambiente social, cria uma atmosfera de tensão e desgaste emocional.


Nas redes, o ego exacerbado transforma discussões em batalhas de vaidades. Em vez de diálogos construtivos, vemos monólogos destinados a reforçar a própria imagem. E assim, a conexão verdadeira — aquela baseada na empatia e no entendimento mútuo — se perde.


A Solução: Humildade e Autoconhecimento


A saída para esse dilema está no equilíbrio. Reconhecer o ego é o primeiro passo para domá-lo. A prática da humildade, o exercício da escuta ativa e a capacidade de aceitar críticas são ferramentas poderosas para isso.


Nos grupos de trabalho, o foco deve estar na missão coletiva, e não nas glórias individuais. Nas redes, a empatia deve substituir a necessidade de estar certo.


Afinal, conexões reais não se constroem com disputas, mas com respeito e colaboração.


Conclusão


O ego faz parte de quem somos, mas não precisa ser nosso carrasco. Com consciência e equilíbrio, ele pode ser nosso aliado, ajudando-nos a crescer sem destruir as pontes que nos conectam aos outros. Olhando a si mesmo agora responda a si mesmo: "Como esta o meu ego neste momento?!"


Abilio Machado Neuropsicoartepedagogo ICH.

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#EgoSutil #HumildadeSempre #EmpatiaNasRedes #ColaboraçãoNoTrabalho #Autoconhecimento #ConexõesHumanas


terça-feira, 19 de novembro de 2024

O silêncio

 


🇫🇮🤝🏻😲 Na Finlândia, o silêncio é sinal de respeito: Ao contrário de muitas culturas, onde o “small talk” é comum, os finlandeses preferem interações mais substanciais. Na Finlândia, o conceito de conversa trivial, ou "small talk", não é nem incentivado nem algo com que muitos se sintam confortáveis. Curiosamente, a língua finlandesa sequer possui uma palavra específica para designá-lo.


Desde cedo, crianças finlandesas aprendendo inglês são surpreendidas ao descobrir que, em interações com estrangeiros, esse tipo de conversa é visto como um elemento esperado. Em reuniões sociais, é comum que os finlandeses não sintam necessidade de preencher o silêncio com falas desnecessárias – pausas podem durar minutos, sem desconforto. Esse respeito pelo silêncio reflete uma preferência cultural que valoriza a profundidade sobre a superficialidade.


Se um dia você visitar a Finlândia, lembre-se: o silêncio não é falta de interesse, mas uma oportunidade de reflexão mútua. Para respeitar esse espaço, é melhor evitar conversas superficiais, como comentários sobre o clima.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Como lidar com pessoas que só querem ouvir o que lhes convém?!

 


Lidar com pessoas que só querem ouvir aquilo que lhes convém pode ser uma experiência frustrante e desafiadora, especialmente quando você tenta ser honesto ou trazer perspectivas diferentes. Aqui estão alguns conselhos sobre como enfrentar essas situações de maneira construtiva:


1. Aceite que Não é Possível Controlar a Reação dos Outros


Você pode oferecer suas opiniões, conselhos e pontos de vista, mas não pode obrigar ninguém a escutar, entender ou mudar. Reconhecer essa limitação pode aliviar a frustração. Cada um tem seu próprio tempo para aceitar ou rejeitar ideias.


2. Escolha Suas Batalhas


Nem toda discussão vale a pena. Algumas pessoas não estão abertas a mudanças ou a escutar algo que contradiga suas crenças. Antes de iniciar uma conversa delicada, pergunte-se se vale o esforço ou se a pessoa está disposta a ouvir. Em algumas situações, o silêncio pode ser mais sábio do que uma insistência que só gera desgaste.


3. Seja Claro e Objetivo


Ao compartilhar sua opinião, seja direto e objetivo. Evite rodeios, mas também evite tons acusatórios ou condescendentes. Uma comunicação clara e direta reduz a chance de mal-entendidos e pode abrir brechas, mesmo que pequenas, para a reflexão do outro.


4. Use Exemplos Pessoais


Quando possível, compartilhe suas experiências em vez de apenas expor uma opinião. Relatar algo que aconteceu com você pode ser menos ameaçador do que argumentar diretamente contra a perspectiva do outro. Histórias pessoais têm o potencial de tocar a pessoa de forma mais emocional.


5. Esteja Preparado para a Resistência


Se você perceber que alguém está decidido a ouvir apenas o que lhe convém, esteja preparado para a resistência. Pessoas assim podem distorcer suas palavras, minimizar seus argumentos ou simplesmente ignorá-los. Aceitar essa possibilidade ajuda a manter a calma e a não reagir de forma exagerada.


6. Mantenha a Calma e Evite o Confronto


Confrontar diretamente alguém que só quer ouvir o que lhe agrada geralmente resulta em defensividade. Em vez disso, tente manter um tom calmo e empático. A sensatez pode ser mais convincente quando apresentada com tranquilidade e sem julgamento.


7. Seja Um Espelho, Não Um Juiz


Tente espelhar o que a pessoa está dizendo, refletindo suas ideias de volta para ela sem julgamentos. Isso pode ajudá-la a perceber suas próprias incoerências sem que você precise apontá-las diretamente. O papel de um espelho é mostrar a realidade, e às vezes a pessoa pode se dar conta de algo apenas ao ouvir suas próprias palavras ecoadas de forma imparcial.


8. Não Leve para o Lado Pessoal


Quando alguém se recusa a ouvir, isso geralmente não é um reflexo de você, mas das próprias limitações e medos dessa pessoa. Evite tomar a resistência como um ataque pessoal. Mantendo uma postura equilibrada, você evita desgastes emocionais desnecessários.


9. Desenvolva Sua Paciência


Lidar com pessoas que têm uma visão limitada requer paciência. Entenda que a mudança de perspectiva pode levar tempo, e algumas pessoas talvez nunca mudem. Pratique a paciência, reconhecendo que o crescimento e a maturidade são processos individuais.


10. Seja um Exemplo, Não Apenas Palavras


Às vezes, o exemplo fala mais alto do que qualquer palavra. Em vez de tentar convencer com argumentos, viva os valores que deseja compartilhar. O impacto de uma vida vivida de forma coerente pode ser mais transformador do que qualquer discurso.


11. Estabeleça Limites


Se a insistência da pessoa em ignorar a realidade está prejudicando sua paz ou seu bem-estar, é importante estabelecer limites. Não é seu dever "resgatar" alguém que não quer ser resgatado. Aprender a dizer "não" e a proteger seu espaço emocional é um ato de autocuidado.


12. Dê Espaço para o Silêncio


Às vezes, o silêncio é mais poderoso do que qualquer argumento. Se você perceber que suas palavras não estão sendo ouvidas, não tenha medo de encerrar a conversa ou simplesmente se afastar. O silêncio pode ser uma forma de respeito por si mesmo e pelo espaço do outro para refletir.


13. Deixe que as Consequências Falem por Si Mesmas


Se alguém insiste em ouvir apenas o que lhe convém, deixe que as consequências de suas ações falem mais alto. Não é sua responsabilidade salvar os outros de suas próprias escolhas. Às vezes, as lições mais profundas vêm quando enfrentamos os resultados das decisões que tomamos.


14. Aceite a Possibilidade de Desistir


Nem toda pessoa está disposta ou pronta para mudar. Aprender a reconhecer quando é hora de desistir de tentar convencer alguém é um ato de sabedoria e de preservação emocional. Lembre-se de que algumas sementes precisam de tempo para germinar, e talvez não seja você quem verá os frutos dessa mudança.


Lidar com pessoas que se fecham para ouvir algo que desafie suas crenças pode ser um exercício de equilíbrio entre paciência e desapego. Aprender a caminhar nessa linha tênue é um passo importante para manter sua própria paz e integridade, mesmo diante da inflexibilidade alheia.


Conselhos sobre insensatez

 


A insensatez pode se manifestar de várias maneiras: decisões impulsivas, palavras ditas sem pensar, ações que causam arrependimento. Aqui vão alguns conselhos sobre como lidar com a insensatez, seja a nossa própria ou a dos outros:


1. Pausa Antes da Resposta


Muitas vezes, a insensatez surge de momentos de impulso. Antes de reagir ou responder, respire fundo. O silêncio é uma ferramenta poderosa para evitar ações e palavras impensadas. Dê a si mesmo tempo para processar e refletir.


2. Ouça Mais do que Fala


A insensatez pode ser fruto de uma mente inquieta, que deseja impor suas opiniões sem considerar as dos outros. Pratique a escuta atenta. Não escute apenas para responder, mas para entender o que o outro realmente quer dizer. A empatia é um antídoto contra a insensatez.


3. Aprenda com Seus Erros


Cometer erros é humano, mas repetir os mesmos erros é onde mora a insensatez. Reflita sobre as experiências passadas. O que você faria de diferente? Use cada erro como um passo para a sabedoria.


4. Aceite o Incontrolável


Muitas vezes, a insensatez nasce do desejo de controlar o que não podemos. Lutar contra o incontrolável é uma forma de desperdiçar energia e sabedoria. Aceitar que há coisas que não podem ser mudadas ajuda a cultivar a paciência e a serenidade.


5. Seja Humilde para Pedir Perdão


Reconhecer a própria insensatez é um ato de coragem. Pedir perdão, quando necessário, não é sinal de fraqueza, mas de força interior. A humildade transforma situações que poderiam terminar em conflitos em oportunidades de reconciliação.


6. Evite o Precipitado Julgamento


Julgar sem saber é a marca da insensatez. As pessoas são mais complexas do que parecem, e o que vemos é apenas uma fração de sua história. Evite conclusões rápidas e lembre-se de que, muitas vezes, a sabedoria está em aceitar que não sabemos tudo.


7. Cerque-se de Pessoas Sábias


Procure estar perto de pessoas que têm paciência, prudência e serenidade. O ambiente influencia nossas escolhas e atitudes. A sabedoria é muitas vezes absorvida por osmose, convivendo com aqueles que têm um olhar mais sensato sobre a vida.


8. Cuide de Sua Saúde Emocional


Muitas atitudes impensadas vêm de um estado emocional fragilizado. Cuide de seu bem-estar mental, emocional e espiritual. A insensatez, muitas vezes, é fruto de um coração ferido ou de uma mente sobrecarregada.


9. Não Deixe o Orgulho Cegar


O orgulho é um aliado da insensatez. Ele nos faz acreditar que sabemos mais do que sabemos, que temos razão quando estamos errados. Não permita que o orgulho te impeça de aprender ou de admitir erros. A sabedoria, muitas vezes, nasce da humildade.


10. Busque a Paz Interior


A verdadeira sensatez vem de um coração em paz. É difícil ser sensato em meio ao caos interior. Busque práticas que te tragam calma, seja meditação, oração, uma caminhada na natureza ou qualquer atividade que te conecte com o que é essencial.


Lembre-se de que todos cometemos atos de insensatez em algum momento. O importante é reconhecer, aprender e crescer com essas experiências, desenvolvendo, ao longo do tempo, uma sabedoria que nasce da compreensão e da paciência consigo mesmo e com os outros.


terça-feira, 12 de novembro de 2024

Sarjeta política

        

Sarjeta Política

A sala está escura, iluminada apenas por uma vela solitária no centro da mesa farta. A família está reunida: pais, avós, dois filhos. Ninguém toca na comida; o silêncio só é rompido por um barulho ao longe, um murmúrio que cresce em intensidade.

Cada um reflete sobre o dia que passou: escola, trabalho, idas ao banco, telefonemas, compras apressadas, conversas apressadas nos corredores. A mente parece estar em outro lugar, preocupada com algo maior, mais inquietante, mas ninguém ousa comentar.

O filho mais novo, num momento de coragem, tenta mais uma vez o apelo que tanto repete: quer ser chamado pelo nome de gênero escolhido. A mãe suspira, a voz carregada de tristeza:
— Amadinho, você recebeu o nome do seu avô, Ehleon... Trocar agora, por Joaquina? Entenda, é difícil para nós também.

A irmã, do outro lado da mesa, bufa de indignação:
— Que egoísmo o seu! Nosso mundo está desmoronando e você preocupado com nome? Por que tudo tem que ser tão complicado?

O pai, sentado em silêncio, mantém uma calma quase inumana. Ele olha para a filha, depois para o filho, tentando sorrir, mas a tristeza é visível. Abaixa a cabeça, não toca na comida. A quietude dele começa a assustar.

O garoto que quer ser tratado como menina sente o clima pesado, como se algo perigoso estivesse prestes a acontecer. Observa o pai, lembra-se dos vários telefonemas ao longo do dia, de quando ele desligou a televisão, bloqueou o Wi-Fi, confiscou os celulares. Ele tinha acabado de escrever para João Pedro – o amigo que tanto queria impressionar – quando o aparelho foi arrancado de sua mão.

O ruído distante aumenta, agora está perto demais. Mesmo com as janelas fechadas, luzes fortes azul e vermelha piscam através das cortinas. A menina tapa os ouvidos. O rapaz, distraído, esboça um sorriso – a luz o faz recordar uma noite recente, uma fuga, um encontro proibido.

De repente, o pai coloca as duas mãos sobre a mesa, e a mãe grita ao mesmo tempo em que a porta é arrombada com um pontapé. A sala antes escura agora se ilumina em um clarão que revela cada detalhe, cada rosto, cada expressão de medo e surpresa.

Naquele instante, nada mais importa: cargos políticos, sobrenomes importantes, mesadas generosas, as viagens a Porto de Galinhas, as noites em Buenos Aires, as férias em Abadia e os cruzeiros nas ilhas gregas em fevereiro, fugindo do carnaval brasileiro. A cena luxuosa e controlada se dissolve, expondo segredos e pecados familiares.

A verdade irrompe como as luzes que invadem a sala, dissipando a fantasia de estabilidade. As escolas caras, os carros novos, a lancha, os cartões e contas sem fim – tudo aquilo some, desce pelo ralo junto com a sensação de segurança. A realidade bate como uma tempestade lá fora, levando embora tudo o que eles julgavam ser sólido.

Agora só resta a escuridão. A escuridão política que assusta, que assola, que revela o vazio no qual todos estão imersos.

#poethaabiliomachado
#Sarjetapolitica
#12Nov201020h50



Biópsia de Próstata: Medos e Benefícios - Ponto de Vista Psicológico pelo Paciente e Psicoterapeuta Abilio Machado

 

 Biópsia de Próstata: Medos e Benefícios

Ponto de Vista Psicológico pelo Paciente e Psicoterapeuta Abilio Machado

Eu paciente... Em manutenção de um câncer de bexiga, imaginava que ia ganhar alta, porém ao realizar um conturbado exame de ressonância da pelve o laudo não foi animador ao saber que fui diagnosticado PI Rads4, então não escaparei da biopsia, fui atrás de informações para entender e poder argumentar. Hoje temos no Brasil o câncer de próstata como o 2º que mais mata... veja imagem com dados:

A biópsia de próstata é um procedimento médico que gera muitas dúvidas e ansiedade entre os pacientes, principalmente devido ao receio de um possível diagnóstico de câncer. Esta preocupação é comum, mas ao compreendermos os sintomas, o diagnóstico e o tratamento desse tumor, podemos ter uma visão mais clara dos benefícios desse exame, ajudando a reduzir o impacto psicológico.

Entendendo o Tumor de Próstata

O câncer de próstata é uma doença que afeta a próstata, uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga e responsável pela produção de parte do fluido seminal. Essa é uma das neoplasias mais comuns entre homens, especialmente aqueles com mais de 50 anos.

Embora a maioria dos tumores de próstata cresça lentamente e possa não causar sintomas significativos por anos, há casos de tumores mais agressivos, que exigem diagnóstico e tratamento rápidos para evitar a progressão da doença.



Principais Sintomas

Na fase inicial, o câncer de próstata pode ser assintomático, dificultando o diagnóstico precoce. Quando os sintomas aparecem, eles costumam ser confundidos com problemas urinários comuns em homens mais velhos, o que pode retardar a procura por ajuda médica. Entre os sintomas mais frequentes estão:

  • Dificuldade para urinar ou sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
  • Necessidade de urinar com frequência, especialmente à noite;
  • Dor ou desconforto ao urinar;
  • Presença de sangue na urina ou no sêmen;
  • Disfunção erétil.

Esses sintomas são comuns em outras doenças da próstata, como a hiperplasia benigna (um aumento não canceroso da próstata), mas quando persistem, é fundamental procurar um urologista para investigar.

Diagnóstico: Da Desconfiança à Necessidade da Biópsia

O diagnóstico do câncer de próstata geralmente inicia-se com um exame de sangue para medir os níveis de PSA (antígeno prostático específico) e com o toque retal, no qual o médico avalia possíveis anormalidades na próstata. Quando esses exames sugerem a presença de alterações suspeitas, a biópsia é recomendada para confirmar ou descartar o câncer. No meu caso o diagnóstico foi resultado de uma ressonância magnética, pois sou cardiopata grave com baixa ejeção cardíaca com indicação a transplante cardíaco e exames como cistoscopia não foram liberados pela equipe cardíaca e nem anestesiológica, então para olhar o cancer de bexiga foi pedido este exame e encontraram alteração na próstata mais acentuada no lado direito da próstata, minhas dores sempre foram mais á esquerda na pelve e testículo devido ao que sabemos hoje varicocele severa.

Quais os fatores de risco?

Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de um homem desenvolver câncer de próstata. São eles:

  • Idade: o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.
  • Histórico de câncer na família: homens cujo o pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco.
  • Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal mais elevado.

A biópsia consiste em retirar pequenas amostras da próstata para análise microscópica, o que pode gerar ansiedade devido ao desconforto do procedimento e ao medo de um diagnóstico positivo para câncer. Esse temor é compreensível, pois a biópsia é uma etapa decisiva para determinar a presença e a agressividade do tumor.



Medos e Ansiedade no Contexto da Biópsia

Muitos homens relatam sentir ansiedade e medo ao se submeterem a uma biópsia de próstata, e essas emoções podem ser divididas em três principais preocupações:

  1. Medo do Procedimento: A própria ideia de uma intervenção na região pélvica já é desconfortável, e o medo da dor ou de possíveis complicações (como infecções) intensifica a ansiedade.

  2. Medo do Diagnóstico: A perspectiva de receber um diagnóstico de câncer traz à tona questões de mortalidade e saúde, levando ao medo de perda de controle e de possíveis mudanças drásticas de vida.

  3. Estigma e Vulnerabilidade: Para muitos homens, questões relacionadas à próstata e ao desempenho sexual são sensíveis e podem afetar a autoestima e a autoimagem. A possibilidade de um diagnóstico que comprometa essas áreas pode ser perturbadora.

Benefícios da Biópsia e a Perspectiva Psicológica

Mesmo com o medo envolvido, a biópsia de próstata apresenta benefícios importantes, tanto do ponto de vista clínico quanto psicológico.

  1. Detecção Precoce e Tratamento: A biópsia permite um diagnóstico preciso e, caso o câncer seja identificado, a possibilidade de tratamento precoce aumenta significativamente as chances de cura. Esse conhecimento pode trazer um grande alívio psicológico, pois dá ao paciente controle sobre a doença e sobre as opções terapêuticas.

  2. Alívio da Incerteza: Permanecer em dúvida sobre a saúde pode ser psicologicamente desgastante. Para muitos, receber um diagnóstico – seja ele positivo ou negativo – traz um alívio emocional, pois encerra a fase de incertezas e permite que o paciente planeje seus próximos passos.

  3. Autocuidado e Empoderamento: Submeter-se à biópsia representa um passo de coragem e autocuidado, um ato que reforça a valorização da saúde e o compromisso com o próprio bem-estar. Esse sentimento de responsabilidade pode melhorar a autoestima e fortalecer a resiliência diante de novos desafios.


Estratégias para Lidar com o Medo da Biópsia

Enfrentar o medo da biópsia é um processo que envolve preparo emocional e o suporte de profissionais qualificados. Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar:

  • Informação Completa e Confiável: Buscar informações claras sobre o procedimento pode desmistificar o exame e reduzir medos infundados. Conversar com o médico sobre as etapas da biópsia e sobre o que esperar ajuda a preparar-se mentalmente.

  • Apoio Familiar e Psicológico: Compartilhar preocupações com amigos e familiares ou procurar um psicólogo especializado em saúde masculina pode proporcionar apoio emocional, aliviando sentimentos de solidão e insegurança.

  • Mindfulness e Técnicas de Relaxamento: Práticas como respiração profunda e meditação podem ajudar a reduzir a ansiedade antes do procedimento. Focar no presente e cultivar pensamentos positivos são técnicas úteis para enfrentar momentos de estresse.

Concluindo:

Embora a biópsia de próstata seja um exame que desperte muitos medos, seus benefícios em termos de diagnóstico e prevenção do câncer são inegáveis. Compreender o câncer de próstata, seus sintomas e o papel crucial do diagnóstico precoce ajuda a reduzir a ansiedade associada ao procedimento. Lidar com essa experiência com uma perspectiva informada e contar com apoio profissional e familiar são passos fundamentais para manter o equilíbrio emocional e promover uma relação positiva com a saúde.

Não deixem para depois, façam sua visita periódica ao seu urologista! Acabei de saber ontem, em consulta com a urooncologia que, mesmo me cuidando fui diagnosticado com PI Rads 4 e terei de fazer biópsia. e quando a bexiga será feita a cistoscopia sem sedação geral.


domingo, 10 de novembro de 2024

Como ser assertivo sem ofender

 


Como Ser Assertivo sem Ofender

Por Abilio Machado 

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A assertividade é uma habilidade essencial para a comunicação eficaz e positiva. Ser assertivo significa expressar suas opiniões, necessidades e sentimentos de forma clara e direta, respeitando tanto os seus próprios limites quanto os dos outros. No entanto, muitas vezes, as pessoas confundem assertividade com agressividade, o que pode levar a conflitos e mal-entendidos. Neste artigo, vamos explorar maneiras de desenvolver a assertividade sem ofender, promovendo diálogos respeitosos e construtivos.


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1. Compreenda a Diferença entre Assertividade e Agressividade


Assertividade e agressividade são atitudes bem diferentes, embora, às vezes, possam ser confundidas. Enquanto a assertividade busca um equilíbrio, onde você defende seus interesses e ideias com respeito, a agressividade é marcada pelo tom rude e pela imposição das próprias ideias, geralmente desconsiderando o ponto de vista do outro.


Assertividade é uma comunicação que respeita a si e ao outro.


Agressividade tende a ser invasiva e frequentemente gera ressentimento.


A consciência dessa diferença é o primeiro passo para ser assertivo sem ofender.


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2. Use a Comunicação Clara e Direta, sem Subestimar ou Elevar o Outro


A clareza na comunicação evita mal-entendidos e, muitas vezes, ofensas. Tente ser direto e objetivo, mas com um tom educado e respeitoso. Evite usar sarcasmo, expressões de julgamento ou frases que possam ser interpretadas como críticas pessoais.


Em vez de falar “Você sempre atrasa e atrapalha o trabalho!”, prefira algo como: “Notei que tivemos dificuldades em cumprir o prazo por causa de atrasos. Como podemos melhorar isso juntos?”


Esse tipo de formulação mostra assertividade e vontade de resolver a situação, sem colocar a outra pessoa na defensiva.


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3. Foque na Linguagem “Eu”


A linguagem que usamos pode tornar a comunicação mais leve e menos ofensiva. Uma estratégia eficaz é priorizar o uso de declarações com "eu" em vez de "você". As frases em primeira pessoa ajudam a focar na experiência pessoal, evitando que o outro sinta-se atacado.


Em vez de dizer: “Você nunca escuta o que eu digo!”


Tente: “Eu me sinto ignorado quando não sou ouvido nas discussões.”


Esse tipo de declaração ajuda a evitar reações defensivas, pois a outra pessoa entenderá seu ponto de vista sem sentir-se culpada.


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4. Mantenha o Tom de Voz e a Linguagem Corporal Neutros


Nossa comunicação vai além das palavras: o tom de voz e a postura corporal também transmitem intenções. Um tom de voz agressivo ou uma postura ameaçadora (como braços cruzados ou expressões faciais rígidas) podem ser mal interpretados, mesmo que o conteúdo da mensagem seja neutro.


Mantenha um tom de voz calmo e evite falar de forma muito rápida, o que pode dar a impressão de irritação.


Use gestos abertos e mantenha contato visual respeitoso, que demonstram transparência e interesse.


Esse cuidado ajuda a tornar a comunicação mais acessível e a evitar que o outro sinta-se desrespeitado.


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5. Escute Ativamente para Entender o Outro


A assertividade inclui saber ouvir. Uma comunicação saudável é uma via de mão dupla, e ouvir ativamente a outra pessoa pode resolver muitos mal-entendidos. A escuta ativa envolve:


Dar atenção total a quem está falando, sem interrupções;


Resumir o que foi ouvido para garantir entendimento;


Demonstrar empatia e reconhecer as perspectivas do outro, mesmo que você discorde.


Essa prática não apenas evita ofensas, mas também demonstra respeito e vontade de compreender o ponto de vista alheio.


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6. Pratique a Empatia nas Suas Respostas


Colocar-se no lugar do outro é uma prática essencial para ser assertivo sem ser ofensivo. A empatia permite que você reconheça as emoções e necessidades de quem está ouvindo, promovendo um diálogo mais respeitoso.


Por exemplo, ao precisar dar um feedback construtivo, você pode começar reconhecendo os pontos positivos antes de entrar nas áreas que precisam de melhoria. Dizer algo como “Eu admiro o esforço que você colocou neste projeto” demonstra apreço, abrindo espaço para a assertividade.


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7. Defina Limites sem Impor Suas Vontades


Ser assertivo também significa saber dizer “não” quando necessário, sem sentir culpa ou gerar desconforto no outro. Definir limites é importante para manter o respeito próprio e a harmonia nos relacionamentos, mas essa ação deve ser feita de maneira gentil.


Ao definir limites, seja claro e firme, mas ofereça alternativas sempre que possível. Em vez de simplesmente recusar um pedido, você pode dizer: “Neste momento, não posso ajudar com isso, mas talvez possamos encontrar outra solução juntos.”


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A assertividade é uma habilidade valiosa que fortalece as relações e promove o respeito mútuo, desde que seja usada com empatia e atenção à forma como comunicamos. Ao sermos assertivos sem ofender, criamos um ambiente de confiança e abertura, onde todos se sentem respeitados e valorizados. Essa prática, quando bem desenvolvida, contribui para uma comunicação saudável e evita os conflitos desnecessários, permitindo que todos possam expressar-se de maneira autêntica e construtiva.


PSICÓLOGO AMGO OU AMIGO PSICÓLOGO

  Na delicada dança das relações humanas, um verso inesperado ecoa: "Muitas vezes não se quer um psicólogo, e sim um amigo." Essa...