O Ego: O Sutil Vilão das Conexões Humanas
Por Abilio Machado
O ego é uma dessas entidades invisíveis que habitam o nosso ser. Um companheiro de jornada, ora discreto e silencioso, ora barulhento e autoritário. Ele nos protege, nos dá identidade e até nos impulsiona a conquistar nossos objetivos. Mas, como todo elemento poderoso, seu uso descontrolado traz consequências perigosas — especialmente em grupos de trabalho e nas interações sociais, tanto presenciais quanto virtuais.
O Ego Sutil: A Manipulação Silenciosa
Em sua forma mais sutil, o ego se apresenta como uma máscara. Não causa conflitos evidentes, mas age nos bastidores. É aquele momento em que alguém em um grupo se esquiva de uma crítica construtiva com um sorriso que esconde o incômodo. Ou quando, numa reunião, um colega apresenta uma ideia já mencionada por outro, mas reivindica o crédito de forma elegante e quase imperceptível.
Essa sutileza é traiçoeira. Cria distâncias invisíveis entre as pessoas e alimenta ressentimentos silenciosos. Não é à toa que muitas equipes, apesar de aparentemente funcionarem bem, carregam tensões não verbalizadas.
O Ego Intransigente: O Tirano da Convivência
Por outro lado, há o ego que não se contém. Ele entra em cena com prepotência, erguendo barreiras e exigindo atenção, normalmentese manifesta com palavras: eu sou, eu faço, eu aconteço: Sou o melhor! Sou o mais bonito! Sou o mais perfeito! Principalmente nas redes sociais, ele se manifesta através destes comentários arrogantes, da necessidade constante de ter a última palavra ou da exposição exagerada de conquistas. Em algum momento você acaba se deparando com um ser assim, que inclusive usa mecanismos de falsa modéstia, de falsa humildade.
No ambiente de trabalho, é aquele colega que não aceita ser contrariado, que interrompe os outros para impor sua visão e que enxerga as críticas como ataques pessoais. Esse ego intransigente cria ambientes tóxicos, onde o medo e a competitividade substituem a colaboração.
Os Males do Ego nas Conexões Humanas
O ego, quando mal administrado, desestabiliza relacionamentos e impede a troca genuína de ideias. Em grupos de trabalho, isso pode levar a uma queda na produtividade, pois as pessoas passam mais tempo se defendendo do que contribuindo. No ambiente social, cria uma atmosfera de tensão e desgaste emocional.
Nas redes, o ego exacerbado transforma discussões em batalhas de vaidades. Em vez de diálogos construtivos, vemos monólogos destinados a reforçar a própria imagem. E assim, a conexão verdadeira — aquela baseada na empatia e no entendimento mútuo — se perde.
A Solução: Humildade e Autoconhecimento
A saída para esse dilema está no equilíbrio. Reconhecer o ego é o primeiro passo para domá-lo. A prática da humildade, o exercício da escuta ativa e a capacidade de aceitar críticas são ferramentas poderosas para isso.
Nos grupos de trabalho, o foco deve estar na missão coletiva, e não nas glórias individuais. Nas redes, a empatia deve substituir a necessidade de estar certo.
Afinal, conexões reais não se constroem com disputas, mas com respeito e colaboração.
Conclusão
O ego faz parte de quem somos, mas não precisa ser nosso carrasco. Com consciência e equilíbrio, ele pode ser nosso aliado, ajudando-nos a crescer sem destruir as pontes que nos conectam aos outros. Olhando a si mesmo agora responda a si mesmo: "Como esta o meu ego neste momento?!"
Abilio Machado Neuropsicoartepedagogo ICH.
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