As vezes ao me deparar com alguns textos, me.alimento daquelas palavras, em outros tenjo asco e, outras me dão um incentivo a escrever sobre o poder da palavra.
As palavras sejam escritas ou faladas têm um poder incomensurável. Dizer ou escrever tudo o que for preciso, somente o que for preciso ou nada mais do que for preciso é sem dúvida uma tarefa muito difícil.
Há situações que é melhor não falar, mesmo que pensem que você desconhece o assunto, do que abrir a boca e não deixar dúvida alguma.
Dia desses, quando eu esperava ser atendido em uma de minhas consultas no hospital me chamou atenção uma mensagem sobre este tema que estava escrito em um pequeno livreto deixado em cima do balcão, que em síntese dizia assim:
"Palavras levantam ou derrubam. Acalmam ou revoltam. Acariciam ou ferem. Harmonizam ou destroem. Ora são pontes, ora são muralhas. As vezes unem; outras vezes separam. Palavras têm força. Peso. Poder. Po- dem promover a paz ou podem provocar uma guerra".
Certamente já se ouviu falar em guerras que foram defagradas, em conseqüência de algo que foi dito num momento impensado.
Quem nunca experimentou situações de ódio, rancor, indiferença, paixão ou amor, despertadas por palavras proferidas no auge da exaltação?
Palavras têm ressonâncias eternas. Têm conseqüências inesperadas e, às vezes, irreparáveis. Podem levar ao céu e também impelir ao abismo.
E, uma vez proferidas, como retirá-las?
Como desfazer os estragos por elas provocados?
Há sempre a possibilidade de um pedido de perdão ou a tentativa de alguma explicação para minimizar o impacto causado.
Mas como colar uma porcelana sem deixar as marcas da emenda?
Seria o mesmo que tratar das feridas e ignorar as cicatrizes.
Palavras exigem refexão, cautela, serenidade, jamais a impulsividade. A refexão e o cuidado previnem estragos, enquanto a impulsividade gera atritos e desentendimentos.
É claro que preferimos estar em companhia de pessoas bem humoradas, simpáticas, sorridentes do que viver com aquelas que quase sempre estão mal humoradas ou carrancudas.
Entretanto o que se deve procurar evitar são constrangimentos provocados por pessoas que querem fazer brincadeiras com todos, que contam piadas nos momentos mais inadequados e que se acham no direito de zombar dos que estão por perto.
A linha entre ser brincalhão e ser inconveniente é muito tênue.
Tipo o indivíduo que se acha numa intimidade tão grande que dentro de um grupo militar ante um vídeo estrangeiro onde aparece o médico fazendo exames nos jovens recrutas apalpa os testículos, e naquele universo de membros , ele , o bom e velho gozador escolhe você para dizer que ali seria o seu lugar, tipo: bora lá, este lugar vai te deixar feliz... é o lugar certo para você...
Feito de graça, sem noção alguma.
Devemos fazer com que nossas palavras sejam sempre mensagens de conforto, fé e esperança e que jamais ofendam, desrespeitem ou magoem nossos semelhantes.
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