terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Collins, F. C. (2007). A Linguagem de Deus. Editora Gente. RESUMO

"Resumo de livro"



Sumário

Resumo. 2

Avaliação Crítica. 4

Aplicação Prática. 6

Bibliografia. 10

 

Resumo

Nos capítulos seguintes, o livro de Collins pretende responder se é possível ou não a harmonia entre descobertas científicas e a existência de Deus. Ao avaliar essa questão, a Gênesis é questionada e, após análise teológica superficial, ele conclui que o relato inicial do primeiro livro da Bíblia é uma alegoria poética da criação. O capítulo sete é uma avaliação de duas posturas sobre a relação entre fé e ciência: ateísmo e agnosticismo.

 No primeiro caso, o autor rebate as contradições levantadas por Richard Dawkins, professor de Oxford e autor de uma série de livros contra toda postura religiosa na sociedade moderna e na ciência. A resposta dada a Dawkins é que suas afirmações se baseiam no que as pessoas fazem da religião e não em sua essência propriamente dita: “É muito fácil para Dawkins atacar a caricatura da fé que ele nos apresenta, mas não se trata da fé real”.

Quanto ao agnosticismo, afirma o escritor: “Embora o agnosticismo seja uma posição cômoda para muitos, do ponto de vista intelectual ele transmite certa fragilidade. Será que iríamos respeitar alguém que insistisse em dizer que a idade do universo não pode ser conhecida nem parou para verificar as evidências?”. Mas, fingir que o problema não existe não significa resolvê-lo.

 Nos capítulos oito e nove, Collins trata do criacionismo e do desígnio inteligente, mas não apoia nenhuma das duas posições. Sua objeção ao criacionismo prende-se à literalidade do Gênesis e sua falta de explicações para algumas evidências genéticas, apresentadas em seu livro, favoráveis à evolução. Diz ele: “Assim, de acordo com a lógica racional, o criacionismo da Terra Jovem chegou a um ponto de falência intelectual, tanto em sua ciência quanto em sua teologia. Sua insistência é, assim, um dos maiores enigmas e uma das maiores tragédias de nosso tempo. Ao atacar as bases de praticamente cada ramificação da ciência, ele amplia a ruptura entre as visões de mundo, científica e espiritual, justamente numa época em que se necessita desesperadamente de um caminho em direção à harmonia”.

 A força de tal afirmação não condiz com a fraqueza dos argumentos, pois o melhor caminho para a harmonia não está em tornar o Gênesis uma representação poética já que, em termos de análise teológica completa, sua literalidade pode ser defendida. Explicar um fenômeno não implica falsidade de uma teoria, mas pode implicar compreensão incompleta. Há inúmeras situações para as quais a teoria da evolução não tem explicação completa, mas o cristianismo apresenta uma resposta cientificamente fundamentada. Exemplo disso é a explosão do Cambriano, que pode ser explicada por uma catástrofe global como o dilúvio bíblico.

 Ao tratar do desígnio inteligente, sua atenção se concentra na ausência de previsões científicas dessa teoria e em “imperfeições” em determinados organismos humanos, como o dente siso, a coluna e o olho. Contudo, suas afirmações não explicam o processo ocorrido para atingir a formação de determinados organismos complexos, e ignora que vários órgãos considerados sem importância, as “imperfeições”, tiveram suas funções compreendidas.

No fim do livro, Collins propõe uma posição chamada por ele de “BioLogos”, na qual afirma a existência de Deus, mas Sua ação na criação e no desenvolvimento do universo ocorreu por meio de um processo lento, de bilhões de anos de auto-organização, com base na teoria do Big Bang e na teoria da evolução. Sua postura contrasta com a exigência de critérios e cientificidade apresentadas no livro, pois relega Deus a um papel secundário na criação.

Avaliação Crítica

Não se pode negar que Francis Collins seja um cientista de primeira linha. O fato de ter alcançado o posto de diretor do Projeto Genoma lhe deu muita visibilidade e certamente teve peso determinante nas vendagens de sua obra. Apesar disso, seu conceito de BioLogos não ganhou tanta aceitação e difusão como o Design Inteligente. Contudo, apesar de sua reputação como cientista, seus argumentos a favor da existência de Deus não vão muito além do que a teologia liberal havia colocado há mais de um século. Mas ele tem o mérito de não ser fundamentalista. Collins não quer usar a ciência para provar o Gênesis, reconhece a veridicidade e importância do evolucionismo como fundamento da ciência moderna, aceita os pressupostos do Big Bang, é arredio com relação a teorias pseudocientíficas como o Design Inteligente e não pretende transformar seu BioLogos em algo semelhante.

Contudo, não justifica sua afirmação de que o ateísmo é a menos racional das visões possíveis sobre o mundo e nesse ponto parece cair na mesma armadilha de qualquer cristão não cientista: o ateísmo tende a ser amoral, é perigoso e nega a “óbvia” existência de um criador. É redutivo e excessivamente sintético quando fala do agnosticismo, como se estivesse evitando escrever sobre as concepções pelas quais não têm empatia. No final, o que fica da leitura de sua obra é que ele sempre foi um homem profundamente religioso e, movido pela necessidade pessoal de encontrar um sentido para a existência fora das pesquisas de laboratório, fez um esforço hercúleo para conciliar seu teísmo com a ciência. Em toda a obra, apresenta basicamente duas evidências a favor da existência de Deus: a Lei Moral de C.S. Lewis e a crença espiritual presente em virtualmente todas as culturas. Para ele, essa é a linguagem de Deus, inscrita de forma sutil, mas indelével na genética humana, cujo mapeamento (genoma) ele ajudou a decifrar.

 Sua tentativa de estabelecer um diálogo entre a religião e a ciência, em que a primeira não precisa invalidar a segunda quando se sente ameaçada por ela, é uma iniciativa elogiável. Collins pode não ter sido um ateu muito seguro na juventude, mas o fato de ter se afastado da religião por um tempo e escolhido uma carreira científica deixou marcas positivas. No fundo, seu Deus evolucionista também não deixa de ser um Deus de lacunas, e, como todos os deuses, foram criados por ele mesmo para suprir suas necessidades particulares. Collins é um religioso que atravessou muitos conflitos internos até escolher entre a fé o ceticismo, talvez por isso não se sinta bem em falar do ateísmo, mas precisou sufocar sua descrença para dar sentido à vivência de uma espiritualidade mística.

Aplicação Prática

Se houvesse apenas uma crença baseada em evidências, não existiriam as guerras religiosas, responsáveis pelas maiores atrocidades cometidas na historia da humanidade. Se todos pensassem da mesma forma, baseados em evidencias (o que seria ainda melhor, porque garantiria ao menos que esse pensamento estaria correto), não haveria discórdia. E um cientista dizendo que isso seria desinteressante é um argumento triste.

Acho engraçado dizer que Deus nos deu o livre arbítrio para acreditarmos no que quisermos, mas se não acreditarmos nele, então seremos punidos. Onde se aplica este livre arbítrio? E se Deus é o superior, sabe o quão “involuídos” espiritualmente nós somos e, por isso, olharia para nós com compreensão se decidíssemos não acreditar nele e não com sentimento de punição, mais uma vez, essencialmente humano.

Por todos esses motivos, não acredito no Deus, essencialmente humano, da bíblia, pois, as histórias lá contadas são fruto da imaginação ou da fraude de homens que precisavam de um argumento de poder para liderar, especialmente no velho testamento - não se pode simplesmente ignorar aquele Deus que agia como humano e dizer que no novo testamento, ele se redimiu e começou a pregar a bondade para com todos, além de seu povo. Se a bíblia fala de um Deus onipotente, então é nesse único soberano, essencialmente humano, em quem não acredito.

O que os cristãos não entendem é que não acreditar no Deus da bíblia, não me impede de acreditar, pois, posso acreditar na existência de um ser superior envolto de amor, que não seja o deus da bíblia. Seria um ser superior com uma genuína preocupação com um quase semelhante (em termos evolutivos) que eventualmente teria interesse em nos ajudar a passar por essa fase tão primitiva em que nos encontramos onde Ele já superou há muito tempo. Para mim esse seria o Deus mais lógico para qualquer cientista: uma criatura tão evoluída que para nós, pode ser designada como “Deus”, porém, que está de acordo com a ciência da evolução e com as observações empíricas que fazemos.

Porque não pode haver existência de algum tipo de vida após a morte, mas que continue evoluindo nos mesmos padrões que observamos no mundo físico? Se o bóson de higgs, descoberto recentemente, apresenta uma variante da teoria do surgimento do universo, indicando que ainda antes do big bang, houve uma outra fase de interação da matéria com o imaterial, porque o oposto não pode acontecer quando a nossa matéria morre e talvez ainda continue existindo algum tipo de matéria que nos caracterize? E que vai continuar seu caminho evolutivo ou não, da mesma forma que a matéria sem depender da interferência de um poder criador, mas de combinações de circunstâncias e eventos físicos (lembrando que a física teórica também se aplica à “imatéria”). Einstein já dizia que matéria e energia (imatéria) são intercambiáveis, então o que impede de descobrirmos que a matéria vira energia consciente após a morte?

Acho engraçado que quando se fala de Deus e religião, a fé não precisa ser provada e não pode ser questionada, mas quando a situação se inverte, os primeiros a exigirem provas são os exageradamente “crentes”. O autor diz que os milagres são raros, mas para quem acredita num Deus interventor, eles existem e para quem não acredita, eles podem ser explicados pelas leis da natureza e então o autor lança a pérola “pode, porém, esse ponto de vista ser totalmente confirmado?”, ou seja, se as leis da natureza não explicam tudo, só pode ser uma intervenção divina.

Mesmo que a ideia que você vai defender seja baseada em fé, os princípios dessa fé não podem se contradizer para ter sentido porque a questão é justamente que a lógica não pode ser afastada nem dos que alegam que a fé não precisa de provas, mesmo uma premissa que se afirme por si só (independente de provas) precisa seguir uma coerência lógica com o raciocínio que vier depois (seja qual for) e isso que muitos crentes não entendem  embora o autor, em muitos trechos do livro tenha buscado essa coerência, rejeitando o criacionismo bíblico literal e outras teorias absurdas que tentam explicar a fé em deus interventor.

O autor ataca o ateísmo porque diz ser “uma posição logicamente indefensável”, mas quase defende o agnosticismo, por ser “compatível com a teoria da evolução e muitos biólogos se colocariam nesse campo”. Se o agnosticismo é compatível com a teoria da evolução, porque o cristianismo também seria? O problema é que ele se força a tomar uma posição frente os dados que temos hoje, o que pode levar a uma conclusão forçada por medo de ficar em cima do muro e vir a ser punido. Preciso discordar do seu comentário quando diz que “é raro ver um agnóstico que se empenhou em avaliar todas as evidências favoráveis e contrárias à existência de deus”.

Não acho justo encarar o agnosticismo como covardia. Se uma pessoa não considera suficientes nenhum dos argumentos apresentados, por que deve ser obrigada a escolher algum, ao invés de esperar pelo surgimento de outro melhor? A ciência e a própria filosofia humana progridem a cada dia e quem garante que no futuro não existirá uma explicação melhor e mais aceitável pra mim, do que as que existem hoje? Chamar agnosticismo de covardia é querer incutir na mente do outro as próprias convicções, típico da natureza do ser humano, mas inválido como argumento.

Enfim, a tentativa do Collins de harmonizar seu trabalho científico (de grande valor) à sua crença religiosa é falha, pois os maiores argumentos usados (lei moral do homem, universo vindo do nada e universo “certo” para o homem) já foram longamente refutados por vários pensadores. A verdade é que a crença no Deus da bíblia continua sendo uma escolha, que também não resiste a argumentos lógicos e comumente apela para a “fé cega”, que não precisa de provas. O que os crentes não entendem é que todo sistema de crenças (seja ele baseado em fé ou não) deve ter coerência em suas premissas, o que não acontece com a fé no deus da bíblia. Não é uma questão de impor a razão à fé, mas de pretender qualquer raciocínio lógico sobre as próprias premissas daquela fé. Os crentes têm dificuldade de entender isso, mas a verdade é que suas premissas são contraditórias por si mesmas independente da fé ser provada ou não.

 

 

Bibliografia

Collins, F. C. (2007). A Linguagem de Deus. Editora Gente.


 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

A RELAÇÃO ENTRE DORES FISICAS E AS DORES EMOCIONAIS

 


A RELAÇÃO ENTRE DORES FÍSICAS E AS DORES EMOCIONAIS


Um massoterapeuta humanizado precisa saber que o corpo fala e entender que muitas dores físicas dos seus pacientes podem ter causas emocionais. E, sim, a sua massagem também pode ajudar. Eu sou psicomassoarteterapeuta, com formação em psicologia, arteterapia,  massoterapia e atualmente pós em neuropsicopedagogia ICH e constelação sistêmica. 


Muitas vezes achamos que, para o corpo funcionar bem, basta uma alimentação saudável aliada à pratica de atividades físicas, não é mesmo?! Ainda assim, existe um outro fator de igual importância: a saúde emocional. E pode ter certeza que ela tem um papel muito importante no bom funcionamento do nosso corpo.


O descuido com o psicológico é uma porta aberta para doenças, como: depressão, ansiedade, compulsões, gastrite, enxaqueca, bruxismo, entre outras. Por exemplo, quando estamos tristes, com medo, raiva, o nosso corpo libera os hormônios cortisol e adrenalina. Essas substâncias, quando liberadas de forma constante, causam um desequilíbrio no nosso organismo e podem trazer junto uma série de dores físicas.


Então, o problema não está em sentir as emoções, mesmo elas sendo negativas, mas, sim, na desproporção delas, que impactam na qualidade da nossa saúde. Sintomas físicos com causas emocionais podem se transformar em doenças e eu tenho certeza de que não é isso que queremos para a vida.


Para te ajudar a entender melhor a relação entre as dores físicas e suas causas emocionais, preparei uma lista que mostra como o corpo costuma reagir a alguns sentimentos e emoções. Lembre-se de que cada paciente é único e as reações podem mudar de um corpo para o outro.


causas emocionais: 


Dores físicas e suas causas emocionais

Ombros= pressão, responsabilidade em excesso

Costas = muitas expectativas, perfeccionismo (superior)

medo do futuro, insônia, ansiedade (meio)

problemas financeiro, emoções mal resolvidas (inferior)

Tornozelo= instabilidade, incerteza, não se permite ser feliz

Pescoço = Estresse, ansiedade, preocupação, rigidez.

Cotovelos=Dificuldade de se conectar com os outros

Quadril= instabilidade, falta de prazer na vida

Pés= negatividade consigo mesma.


Sabendo de tudo isso, você e suas mãos de fadas podem ajudar muitas pessoas através da sua massagem humanizada, porque ela estimula a liberação dos remédios naturais e diminui o nível de cortisol e adrenalina no corpo. Além de diminuir a dor do seu paciente, os hormônios do bem, que são liberados durante a massagem, também vão ajudar esta pessoa a relaxar, dormir melhor e até se sentir mais feliz.


Massagem não se trata, apenas, de uma questão de estética, e sim de saúde, qualidade de vida, bem-estar, autoestima. Minhas mãos podem ajudar as pessoas a serem melhores e pessoas melhores fazem um mundo melhor e associado com a psicoterapia o resultado é muito maior . E esse é o meu propósito, fazer a minha parte a fim de um mundo melhor para as minhas filhas, meu filho e meus amigos. 


Agora, me conta aqui uma experiência sua, você já aliviou uma dor física que tinha causa emocional ?!


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sábado, 4 de fevereiro de 2023

04 de fevereiro Dia Mundial do Câncer

 


O dia 4 de fevereiro é o Dia Mundial do Câncer, uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para marcar a data e colaborar para a conscientização e educação sobre o tema, divulgo abaixo algumas dicas de prevenção. As informações são do Instituto Nacional de Câncer (Inca): 

Pequenos hábitos podem ter grandes impactos na sua saúde

Não fume!
Essa é a regra mais importante para prevenir o câncer, principalmente os de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e esôfago. Ao fumar, são liberadas no ambiente mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes.


Alimentação saudável
Uma ingestão rica em alimentos de origem vegetal (frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas) e pobre em alimentos ultraprocessados (como aqueles prontos para consumo ou prontos para aquecer e bebidas adoçadas) pode prevenir novos casos de câncer. Evite, também, comer carne processada (presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru). 


Mantenha o peso corporal adequado ao longo da vida
Pratique atividades físicas, como caminhar, dançar, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear e cuidar da casa ou do jardim, ou busque modalidades como a corrida de rua, a ginástica, a musculação, entre outras. Experimente, ache aquela modalidade que você goste, aproveite e busque fazer dessas atividades um momento prazeroso e divertido. 


Mantenha seus exames de rotina em dia
É importante a realização periódica de exames. Tão importante quanto fazer o exame é saber o resultado, seguir as orientações médicas e o tratamento indicado. 


Evite a ingestão de bebidas alcoólicas.


Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar (inclusive nos lábios). 



Fonte: Inca /  Abilio Machado Psicoarteterapeuta ICH

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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

6 Dicas Do Que Fazer Quando Você Se Sente só


Sozinha Ou Sozinho:  Assim...


Sozinha ou sozinho? Vamos começar lendo este quadrinho sobre sentir-se assim antes de avançarmos para o texto.


A primeira coisa a se fazer quando você se sente sozinha ou sozinho é entender o quanto isso é prejudicial ou o quanto é recompensador. Como no quadrinho acima, estar só é apenas estar só.

Embora vivamos numa sociedade globalizada, com muita gente a nossa volta: no trabalho, na condução, na família onde quer que seja, muito do “estar só” vem de algumas coisas que escolhemos para nós mesmos.

Vale a pena, se isso for recorrente, falar com um Psico.Online ou com o seu próprio psicoterapeuta a respeito, principalmente, porque o problema, como na grande maioria das vezes, existe quando essa solidão e afastamento passam a ser excessivos e interferir diretamente na sua relação.

Nada que não seja equilibrado é muito bom para qualquer um de nós. Entendido?

Mas a ideia do post é dar algumas sugestões do que fazer quando você se sentir sozinha ou sozinho, ou o que fazer quando você se sentir assim, já a máxima: “estou me sentindo pra baixo” ou “estou me sentido triste” é bastante comum aqui na Internet e na nossa sociedade moderna.
Fala sobre o seu sentimento com alguém que você confia para não ficar sozinha ou sozinho.

Nesse momento você tem algumas escolhas e algumas certezas que não estão muito bem afirmadas com a realidade: “não quero falar com um conhecido”. “Não acho que seja importante falar sobre isso”. “Não vai adiantar nada falar sobre isso”.

Tá errado viu! Falar é um dos principais caminhos para que esse sentimento passe. Você pode falar com alguém de confiança e que esteja disposto a ouvir, pode falar com um psicólogo ou pode falar com um desconhecido. Mas fale!


Em último caso, lance mão de ferramentas online como vídeos ao vivo no Instagram, do Facebook, Periscope.

Organize o ambiente

Essas horas são as melhores para fazer os afazeres domésticos, rever fotos, arrumar os livros o que nos leva para a próxima dica. Mas tenha em mente que o antigo dito popular que “cabeça vazia oficina do diabo” tem lá suas realidades quando estamos sozinhos ou sozinhas.

Tanto por que a origem do termo Diabo tem relação com DAI-MON, “provedor, aquele que divide”, de uma base DA-, “repartir, dividir”. “representa o diabolos por excelência, fator básico da separatividade pessoal, que se encontra na fonte mesma da violência a nível individual, social e ambiental. Portanto, o egocentrismo pode ser considerado a causa comum de todo tipo de violência.”

Ou seja, se você está com a cabeça vazia, provavelmente está agindo violentamente contra sí. Entenda que somos ativos, precisamos de ação e movimento. Logo, é essencial que nestes momentos você: arrume as contas, organize o livro, movimente-se.
Assista um filme ou leia um livro ou história em quadrinhos

Nesses momentos não queremos pensar muito. Nada melhor que um seriado sem sentido e bem fraquinho de pensamento para nos ajudar a distrair e alterar o foco.

Um filme, uma série, são recursos rápidos assim como uma história em quadrinho. Mas você poderá ir além e pegar um livro. Leia, começou e não gostou, pegue outro. Não gostou, faça de novo até encontrar um que prenda sua atenção. Não existe a obrigatoriedade de ler livros até o final e esquecemos disso. Nesse momento o importante é que você coloque sua energia em algo que te direcione a novos horizontes.
Chore se tiver vontade

Nossa sociedade tem um problema com o choro. E como o meme diz: “o choro é livre”. Aliás, é essencial. Além de todos os benefícios físicos ele vem com benefícios emocionais incríveis. Não chorar impede o fluxo essencial. Sabe o que acontece quando uma panela de pressão não deixa sair a pressão? Explode. Pense sobre isso.
Invente coisas para relaxar

Este é o momento para tomar um banho com sais, essências, luzes apagadas ou coloridas ou só um banho demorado. Você inclusive pode fazer isso em duas etapas, faça o conhecido “escaldapé” onde você enche um recipiente com água quente e mergulha os pés por um tempo e aproveite para relaxar.

Dá inclusive para ler alguma coisa ou escutar uma música enquanto faz isso.

Se preferir, você pode meditar. Temos vários textos aqui no blog ou na internet mesmo falando sobre a meditação e os benefícios que ela traz para o corpo e para a cabeça.
Sentir-se sozinho ou sozinha é diferente de estar só.

E o mais importante,

Saiba que por mais que você está com essa sensação de que está sozinho ou sozinha você não está. Há milhões de pessoas no mundo fazendo o mesmo que você e fazendo outras coisas. Tente não construir barreiras, mas criar pontes. Sei que é meio “falar é fácil”, mas é que quando entramos em uma sintonia ruim, cabe a nós sairmos dela. Claro que a ajuda vem se você permitir.

Ouça o que seu coração, sua intuição, seja lá o nome que você dá para aquela sensação de “é isso que deveria fazer” diz. Muitas vezes ela ajuda muito.

E claro, conte com nossos Psicos.Online. use a caixa-de-segredos ( email - whatsapp) . Chame nos canais de contato e redes sociais. Os psicólogos e psicólogas podem ajudar muito nesse processo de entender como é lidar com o “sentir-se só”.
Referências[1] http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/demonio
[2] Cuidar da paz – Roberto Crema

fonte: Psicos.Online 

Uma Fase De Difícil Para Superar: Separação, Divorcio e Desamor.




Separação, Divórcio E O Desamor Uma Fase De Difícil Superação



A Separação, divórcio e o desamor é uma fase de difícil superação pela qual, quase todos irão passar, com mais ou menos intensidade MAS que passa.

Você sabia que existem pelo menos 5 fases pelas quais teremos que passar até que consigamos nos esquecer de alguém especial?

Pois é, superar o desamor e a ruptura com alguém que amamos não é nada fácil. São muitos os momentos bons que deixaremos pra trás e a torrente de emoções que uma situação de separação nos proporciona pode se assemelhar ao fim do mundo.

Geralmente é um dos membros de uma relação que decide “abandonar o barco” e ainda que pareça que esse será o que menos sofre, nem sempre a história é assim. Existem relações que terminam, mas o amor permanece vivo e isso acaba por complicar a transição para uma nova vida sem a pessoa amada.


Não é fácil aceitar a separação, divórcio

E claro, chegado ao ponto de deixar para trás tudo o que se viveu, passaremos por muitas recordações que golpearão nossa mente uma e outra vez. Certamente, não é nada fácil aceitar que a situação chegou ao fim, que a outra pessoa seguirá sua vida sem a gente e que tudo o que vivemos juntos ficará para trás, para não voltar.

A dor emocional que sentimos pode inclusive ser mais devastadora que uma dor física e para algumas pessoas parece que a relação era tão intensa que o outro se assemelha à uma droga. Na verdade, o amor e as drogas utilizam os mesmos circuitos neuronais, por isso que os psicólogos e psicólogas por vezes recomendam que não se mantenha contato com a outra pessoa (pelo menos por um tempo) para evitar recaídas.

O desamor não é um processo linear e SIM, as recaídas são habituais nesse processo. O que quero dizer com isso? Que existem altos e baixos. São várias as fases do desamor que temos que superar com o tempo, mas se encontramos com a pessoa amada, acabamos por regredir nas etapas de superação.

Por isso os cientistas afirmam que no processo de separação, igual que com as drogas, o melhor é o “tudo ou nada”. Ao menos se queremos evitar o sofrimento durante mais tempo e evitar as recaídas que podem levar a maior sensação de fracasso e a maiores conflitos com o ou a ex.

A separação nem sempre é fácil.



Decidir pela separação nunca é simples, e é necessário muita reflexão e conversa. Quando, enfim, a decisão é tomada, é hora de contar aos filhos, e ter responsabilidade ao contar e o que contar. E é nesse momento que muitas vezes os pais ficam sem saber como agir ou agem por impulso e fazem o início de uma destruição de uma separação amigável.


As criadoras do Núcleo de Separação Com Filhos dizem ser fundamental evitar que brigas e discussões aconteçam na presença da criança. Segundo ela, é muito importante lembrar que relações parentais tóxicas podem fazer mal para a saúde mental dos pequenos.


– A crise conjugal faz parte do mundo adulto e o que a criança deve saber é que eles podem brigar e ficar tristes, mas isso não tem relação com ela e deve-se comunicar que eles vão resolver.


Quando estiverem certos que a melhor opção é a separação, o ideal é que os pais revelem essa decisão juntos. A partir daí alguns pontos precisam ser observados:
- As crianças não precisam saber todos os detalhes, mas é imprescindível que a situação seja tratada com verdade. Seja clara e verdadeira quando conversar com os pequenos sobre a separação;
- Crie um ambiente passível de diálogo para que a criança se manifeste livremente, expondo seus medos e inseguranças;
- Evite que a criança tome partido de uma das partes;
- Crianças necessitam de uma vida organizada e estruturada. É importante elas saberem com antecedência como será a sua rotina após a separação. Uma boa ideia é a elaboração de um calendário, em um lugar visível, com todas as datas importantes e em que casas elas estarão nesses dias;
- Quando se trata da educação dos filhos, é importante que os pais “falem a mesma língua” e estejam alinhados quanto às regras e obrigações do pequeno. Estando separados ou juntos;
- Cuide para falar numa linguagem que a criança entenda (dependendo da idade de cada um) e certifique se que ela conseguiu entender bem;
- Informar a escola sobre a situação que a criança ou adolescente está passando;
- Evitar outras mudanças na rotina da criança (preservar a rotina da criança);
- Lembrar sempre que a crise conjugal faz parte do mundo adulto. O casal pode não estar mais junto e muitas emoções podem surgir neste período. Mas pai e mãe são para sempre, isso não vai mudar nunca.


Muitas vezes, o casal tem dificuldade de se separar e usa as crianças como argumento para permanecerem juntos. Mas isso é o pior que podem fazer para todos. Além de que, ensinam as crianças que as relações afetivas são permeadas por hostilidade, agressão, indiferença e/ou infelicidade.

A guarda compartilhada


A guarda compartilhada é, desde 2014, a guarda legal que traz a ideia de uma gestão conjunta de responsabilidade. Ela faz com que os pais continuem sendo responsáveis pela formação, criação, educação e manutenção dos seus filhos ainda que separados. Ela equipara a função parental, valorizando os pais na mesma proporção.


"A guarda compartilhada é muito eficiente para ajudar a inibir a alienação parental e é determinada inclusive, quando não há consenso entre o casal. O que ocorre é muita informação equivocada sobre seu funcionamento, o que pode provocar alguma resistência. Mas ainda sim, é a mais recomendada."



A separação e a custódia dos filhos

 



A separação do casal é, na maior parte dos casos, um processo complicado e doloroso, especialmente para os mais pequenos. As crianças são a parte mais vulnerável da família e uma separação mal orientada pode colocá-las numa clara situação de risco, comprometendo seriamente a sua estabilidade emocional e o seu processo de maturação. 

Os adultos são responsáveis por evitar tais consequências, enfrentando o processo sem nunca esquecer que os bens mais importantes são os filhos. Com o fim da relação, todos os membros da família enfrentam novas situações e diversos problemas (emocionais, económicos, de organização, ...) que fazem parte de uma nova vida à qual se deverão adaptar o quanto antes.

A custódia dos filhos 

Os pais nunca visitam os filhos porque ser pai ou mãe não pode ser exercido numa visita. Os pais partilham tempo e espaços com os filhos; por este motivo, quando a custódia não é partilhada, falamos de pais com que as crianças vivem e de pais com quem não vivem. As crianças passam a maior parte do tempo com o progenitor com quem vivem e tem a sua custódia e uma menor parte com o outro progenitor, normalmente tardes durante a semana e fins-de-semana alternados. 

Em todo o mundo a tendência é adoptar, com a separação, a custódia partilhada dos filhos, o que se organiza com a partilha equilibrada do tempo por ambos os progenitores, procurando que ambos continuem a ter uma presença relevante na vida dos seus filhos. Em Espanha, por exemplo, várias Comunidades Autónomas elaboraram leis para pôr esta situação em prática. As vantagens deste modelo de custódia estão precisamente em apoiar a manutenção das ligações emocionais com ambos os progenitores e favorecerem as condições para afastar o conflito da vida dos filhos. 

Estar contínua e amplamente na vida dos filhos permite aos pais envolverem-se, acompanhá-los nos trabalhos, nas suas atividades académicas ou desportivas, dar-lhes banho, deitá-los e ter uns minutos para que lhe contem as suas preocupações antes de dormir. Assim, a qualidade da relação com os filhos aumenta. Aqui os pais não acompanham apenas, mas vivem a vida dos filhos, permitindo-lhes ser um modelo com o qual aprenderão. O segundo problema contra o qual este modelo luta é o próprio conflito. Um conflito surge quando existe uma hipótese de ganância. Os filhos não podem ser algo que se ganha ou perde em tribunal. Se permitirmos isto, alguns pais, cegos pelo seu ressentimento, podem adoptar comportamentos prejudiciais para às crianças. Os filhos devem ser afastados da guerra pela casa ou pelo dinheiro. 

"Nenhuma criança poderá ser dividida em dois e, por melhor que queira fazer, nenhum juiz poderá decidir o que é melhor para uma criança pelos próprios pais."  

Por fim, este modelo de custódia equilibra a partilha das responsabilidades entre homens e mulheres, permitindo e obrigando ambos a exercer as suas responsabilidades como protetores e educadores. Os homens têm as mesmas capacidades para tomar conta de um filho que as mulheres, independentemente da idade daquele. 

Em determinada altura, as crianças quererão esta mais com um, noutra com outro. Às vezes preferirão o colo da mãe, outras um abraço do pai. São as crianças que devem escolher; não devem ser obrigadas a escolher um ou outro. porém não devem ser tolhidas ou influenciadas a estas escolhas através da alienação parental, ato que se tornou comum  em um querer o afastamento do outro, sem saber os danos de construção física-mental-social e comportamental da criança e ou adolescente. Neste caso diferente do poeta Cazuza :"Mentiras sinceras não interessam" e não cabem.



PSICÓLOGO AMGO OU AMIGO PSICÓLOGO

  Na delicada dança das relações humanas, um verso inesperado ecoa: "Muitas vezes não se quer um psicólogo, e sim um amigo." Essa...