quinta-feira, 22 de maio de 2025

O Abraço: Esse Aperto Que Afrouxa a Alma Da Gente !

 


O Abraço: esse aperto que afrouxa a alma da gente...
Por Abílio Machado, Psicoterapeuta (com uma ajudinha irreverente das memórias dos vários tipos de abraços que já recebi na minha jornada de vida)

Tem dias que a gente só precisa de um abraço. Nem café resolve. Nem banho quente. Nem playlist de MPB melancólica com Caetano cochichando nos fones de ouvido. Só um abraço.
Um daqueles apertados, que parece que a pessoa vai costurar sua alma de volta com os próprios braços.

Hoje, 22 de maio, é o Dia do Abraço — e antes que você revire os olhos e diga “lá vem mais uma data inventada pelo capitalismo carente de contato humano”, respira fundo e me escuta. Porque o abraço é mais velho que o dinheiro, mais confiável que Wi-Fi e mais terapêutico que sessão dupla de análise com choro liberado.

Não importa se é abraço de mãe que te segura como se você fosse voltar pro útero (e, sinceramente, às vezes a gente queria mesmo), ou aquele abraço rápido de amigo macho que dá três tapinhas nas costas porque aprendeu que carinho demais “dá ruim”. Todo abraço tem seu valor. Até os desengonçados. Sobretudo os desengonçados.

Sabe o que acontece num abraço? Corpo colado, sim. Mas o que se junta mesmo são duas solidões fazendo trégua. É como se duas almas dissessem: “ei, segura aqui um pouquinho esse peso que tá difícil sozinho”. E, por um momento mágico, quase místico, o mundo se reorganiza. A ansiedade recua. A dor perde volume. O medo pega licença.

Eu, como psicoterapeuta, já vi de tudo: gente que entrou no consultório com a armadura do Iron Man e desabou no primeiro abraço. Porque às vezes o afeto não precisa ser dito, precisa ser sentido. E o abraço é isso: linguagem de toque, dialeto da pele, gramática do afeto.

Agora, filosofa comigo: por que será que o abraço faz tanto bem tanto pra quem dá quanto pra quem recebe?
Simples. Porque é um momento em que a gente sai do eu e entra no nós. É o oposto do egoísmo. É altruísmo em formato de laço. É a única forma de doar calor sem conta de luz.

Tem quem diga que um bom abraço dura pelo menos vinte segundos pra liberar ocitocina — aquele hormônio do amor, da confiança, da ligação profunda. Mas quem tá contando segundos quando a alma agradece?

Portanto, se você está lendo isso e tem alguém aí por perto… vai lá. Abraça. Se for aquele abraço de urso, melhor ainda. Se for o abraço meio tímido, tortinho, tá valendo também. O importante é que ele seja sincero, porque abraço falso tem a mesma vibe de terno com alfinete no bolso: desconfortável e inútil.

E se ninguém estiver por perto?
Ah, então abraça a si mesmo. Sério. Cruza os braços, aperta os ombros, e sussurra: “tamo junto, viu?”.
Porque até a gente precisa se lembrar, de vez em quando, que merece carinho.

Feliz Dia do Abraço, meu caro leitor.
E quando a vida apertar… que nunca falte um aperto bom de verdade como diz o gaúcho: um abraço apertado de três voltar e meia !

Feche seus olhos abra seus braços, se abrace e diga agora: _ Recebo o abraço caloroso do Abilio, nesse momento.

Hohohoho 

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