quinta-feira, 5 de junho de 2025

"Entendendo e Combatendo a Depressão: Um Guia Completo"

 




A depressão é uma realidade que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, mas compreender seus mecanismos e aprender a lidar com ela pode fazer toda a diferença. Neste guia completo, exploramos desde o conceito da depressão até as recomendações práticas para prevenção e tratamento.

No início, abordamos o que é a depressão, seus possíveis gatilhos e os sintomas que podem surgir. É fundamental reconhecer os sinais precoces e buscar ajuda quando necessário. Além disso, discutimos os diferentes níveis de intensidade da depressão e como ela pode se manifestar de formas variadas.

No decorrer do e-book, destacamos a importância de hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, a prática de atividades físicas e o desenvolvimento de hobbies, como formas de prevenção e auxílio no combate à depressão. Essas práticas não apenas melhoram a qualidade de vida, mas também fortalecem a saúde mental.

Por fim, não poderíamos deixar de mencionar a importância da comunicação adequada com aqueles que enfrentam a depressão. Oferecer apoio, compreensão e evitar frases inadequadas são passos essenciais para auxiliar quem está passando por esse desafio.

Este guia foi elaborado com o intuito de fornecer informações valiosas e práticas para aqueles que buscam entender, reconhecer e buscar tratamento adequado para a depressão. Aproveite cada capítulo, absorva o conhecimento compartilhado e esteja sempre atento ao bem-estar mental, tanto o seu quanto o daqueles ao seu redor.

Juntos, podemos combater a depressão e promover uma vida mais saudável e equilibrada. Se você deseja saber mais sobre o assunto, não hesite em explorar o conteúdo completo deste e-book e buscar apoio profissional, se necessário. Lembre-se, a saúde mental é tão importante quanto a física.

Peça pelo e-mail profabiliomachado@gmail.com ou pelo WhatsApp 41 998451364 



Quais técnicas facilitam a 'autorização subjetiva'?

 a “autorização subjetiva” é um conceito crucial na clínica psicanalítica contemporânea, especialmente nos debates sobre gênero, nomeação e posição do sujeito frente ao desejo. Ele aparece com força na obra de Pedro Ambra, mas também em autores como Lacan, Christian Dunker, Marie-Christine Laznik e Judith Butler, sob diversas formas.

A seguir, exploro quais técnicas e posturas clínicas facilitam esse processo de autorização subjetiva, sempre com base no campo da psicanálise (sobretudo lacaniana ampliada e crítica).


🗝️ O que é “autorização subjetiva”?

A autorização subjetiva é o momento em que o sujeito assume responsabilidade simbólica pela posição que ocupa no desejo.
Ele deixa de esperar ser nomeado por outro (família, analista, sociedade) e se autoriza a existir por si mesmo, ainda que de modo inventivo ou não-normativo.

Exemplo:

  • Não é o analista que “diz” se alguém é homem, mulher ou trans.

  • O sujeito se nomeia, e o analista escuta sem corrigir — e ajuda a sustentar essa nomeação.


🧠 1. Acolhimento do dizer sem antecipar o sentido

Técnica:

📌 Suspender interpretações precipitadas.
📌 Permitir que o sujeito nomeie o que está em jogo sem se apressar em rotular (homossexualidade, psicose, perversão etc.).

Exemplo clínico: Um paciente diz “eu me vejo como mulher, mesmo tendo um corpo masculino”.
Resposta facilitadora:
“Você pode dizer mais sobre como essa imagem se constrói?”
(em vez de interpretar isso como “recusa do falo” ou “delírio de identificação”).


🧬 2. Trabalhar com o sinthoma como forma de saber inconsciente

Técnica:

📌 Lacan propõe que o sinthoma (forma singular de gozar) pode ser uma solução criativa do sujeito frente à impossibilidade de inscrição plena no Outro.

O analista ajuda o sujeito a sustentar seu sinthoma, em vez de dissolvê-lo, se ele lhe serve de estrutura.

💡 Isso vale especialmente em sujeitos trans: a transição pode ser um sinthoma de enodamento — um modo legítimo de inscrição simbólica.


🔍 3. Escuta da nomeação como ato performativo

Técnica:

📌 Quando o sujeito se nomeia (“sou travesti”, “sou homem trans”), o analista não deve corrigir, julgar ou interrogar a consistência dessa nomeação.
📌 A escuta é sustentadora, não questionadora.

O foco clínico se torna:
— “Como essa nomeação organiza sua posição no desejo?”
— “Isso alivia ou amplia o seu sofrimento?”

Essa abordagem retira o analista da posição de “garante da verdade do sujeito”.


🌐 4. Operar pelo corte simbólico, não pela norma moral

Técnica:

📌 A função do analista não é reeducar ou corrigir, mas provocar rupturas simbólicas que permitam o sujeito inventar seu lugar.

Isso inclui trabalhar o desejo como enigma:
— “O que é que você quer com esse corpo, esse nome, essa posição?”
— “É isso que você quer ser para o Outro?”


🪞 5. Respeitar o tempo lógico do sujeito

Técnica:

📌 Lacan propõe que as decisões subjetivas não surgem de convencimento, mas de um tempo lógico interno: instante de ver → tempo de compreender → momento de concluir.

O analista deve sustentar esse tempo, mesmo em casos em que o sujeito “vacila” na nomeação ou experimenta posições diversas.

Não se trata de acelerar o processo, mas de dar espaço para que a autorização emerja de forma própria.


💬 6. Valorizar a dimensão política e coletiva da nomeação

Técnica:

📌 Nomear-se não é apenas um ato interno — é um gesto social, que demanda reconhecimento pelo Outro (família, escola, sociedade).

O analista pode escutar:
— “Em que espaços essa nomeação é acolhida?”
— “Com quem você pode ser quem você é?”

Esse gesto reconhece que a subjetividade também se estrutura no laço social, como mostram autores como Judith Butler e Pedro Ambra.


Resumo das Técnicas Facilitadoras

TécnicaObjetivo clínicoFundamento teórico
Acolher o dizer sem antecipar sentidoEvitar rotulação e abrir espaço para nomeaçãoLacan (dizer), Butler (performatividade)
Trabalhar com o sintomaSustentar invenções subjetivas legítimasLacan (sinthoma, RSI)
Escutar a nomeação como atoValidar a nomeação como estrutura psíquicaAmbra (nomeação), Dunker (subjetivação)
Cortes simbólicos sem moralismoPermitir invenções fora da normaLacan (ato analítico)
Respeitar tempo lógico do sujeitoAcompanhar decisões éticas sem pressãoLacan (tempo lógico)
Considerar o laço socialReconhecer que identidade precisa de espaço no OutroButler (reconhecimento), Ambra

🔚 Conclusão clínica

A autorização subjetiva não é algo que o analista “dá”.
É algo que o sujeito conquista, e o analista sustenta, legitima e escuta, sem exigir normalizações.

É isso que transforma a clínica psicanalítica em um espaço verdadeiramente ético, político e emancipador — especialmente em tempos de crescente tensão em torno das identidades de gênero.

Como Parar de se Comparar com os Outros e Melhorar Sua Vida

 



Você já se pegou comparando sua vida, conquistas ou aparência com a de outras pessoas? 

Esse hábito pode ser prejudicial e minar sua autoestima. No mundo digital de hoje, é fácil cair na armadilha da comparação constante, mas é essencial aprender a se valorizar e buscar a aprovação de si mesmo.

Uma maneira eficaz de parar de se comparar com os outros é assumir o controle das conversas negativas em sua mente. Ao reconhecer esses pensamentos e substituí-los por afirmações positivas, você pode mudar sua perspectiva e aumentar sua autoconfiança.

Estabelecer limites saudáveis para si mesmo também é fundamental. Concentre-se em seu próprio progresso diário, defina metas realistas e celebre suas conquistas, por menores que sejam. Sorria mais, pratique a gratidão e aprenda a se tornar seu próprio modelo de sucesso.

Lembre-se de que cada pessoa é única, com suas próprias habilidades e jornada de vida. Em vez de se comparar com os outros, concentre-se em desenvolver seus pontos fortes e trabalhar em áreas que deseja melhorar. 

Mantenha um diário para registrar sua transformação e lembre-se de que o importante é ser a melhor versão de si mesmo, não de outra pessoa.

Ao adotar essas práticas e se libertar da armadilha da comparação, você estará no caminho para uma vida mais plena, autêntica e satisfatória. 

Aprenda a se valorizar, acreditar em si mesmo e a buscar a felicidade interior. Você merece viver uma vida baseada em suas próprias realizações e não nas dos outros. 

Vamos juntos nessa jornada de autoaceitação e crescimento pessoal!

domingo, 1 de junho de 2025

O fenômeno Ozempic e o mercado ifood...

 


O fenômeno Ozempic não só tirou a fome, como ligou um grave alerta no varejo.


O que começou como remédio para diabetes virou febre para emagrecer, e agora está mudando o jeito como as pessoas consomem.


Medicamentos como Ozempic e Mounjaro estão reduzindo em até 30% a ingestão calórica diária.


Isso já impacta: vendas de snacks, refrigerantes e


fast-food estão caindo. McDonald's, Hershey's e PepsiCo já sentiram no valor das ações.


E no Brasil?


* As vendas de Ozempic dobraram em 2023.


* O país é o segundo maior mercado do mundo para esses remédios.


* Produtos ultraprocessados vendem menos em bairros de alta renda.


Enquanto isso:


* Academias estão mais cheias.


* Networking agora acontece no café da manhã e eventos esportivos, não mais na balada.


* Jovens estão bebendo menos e buscando mais saúde e foco.


O consumo está mudando.


* Marcas que vendem prazer imediato estão perdendo espaço.


* As que oferecem saúde, clareza mental e bem-estar estão ganhando.


Você, profissional do setor, já fez essa correlação para se ajustar a rota e não ficar pra trás?

O que o Japão nos ensina sobre a longevidade?!

 


O QUE O JAPÃO NOS ENSINA SOBRE A LONGEVIDADE?!

Por Abilio Machado...


O Japão é um dos países mais longevos do mundo. E não por acaso.


Com uma expectativa de vida média superior a 84 anos, o Japão não apenas prolonga os anos ele busca dar qualidade e propósito a essa vida mais longa. Por isso, quando olhamos para o futuro da longevidade, olhar para o Japão é também olhar para nós mesmos.


O que podemos aprender com eles?


Estilo de vida equilibrado A alimentação tradicional japonesa, rica em vegetais, peixes, soja e arroz, com baixíssimo consumo de alimentos processados, é um dos pilares da sua saúde duradoura. A prática de comer até estar 80% satisfeito ("hara hachi bu") é uma lição simples e profunda sobre moderação e autocuidado.


◆ Relações sociais e sentido de comunidade Nas chamadas "Zonas Azuis", como Okinawa, o conceito de moai (grupos de apoio social ao longo da vida) promove vínculos fortes, solidariedade e proteção emocional. A sensação de pertencer é um fator-chave para o bem-estar.


◆ Ikigai: ter um propósito de vida No Japão, muitos idosos continuam ativos, produtivos e com um propósito claro o famoso ikigai. Ter um motivo para acordar todos os dias, algo que nos mova, nos conecta com a saúde mental, emocional e até física.


Respeito pelas pessoas idosas


Culturalmente, o Japão valoriza o envelhecimento como um processo natural e digno. Os mais velhos são vistos como fonte de sabedoria, e o etarismo é menos presente do que em muitas sociedades ocidentais.


Essas práticas não são exclusivas do Japão. Podem ser adaptadas e integradas à nossa realidade - nas famílias, nas políticas públicas, nas empresas, nas cidades.


A longevidade saudável não é uma utopia. É uma construção coletiva baseada em escolhas, valores e atitudes.


Se queremos viver mais e melhor, precisamos pensar como sociedade:

Como acolhemos os mais velhos?

Como promovemos saúde física, mental e relacional?

Como ajudamos cada pessoa a encontrar ou redescobrir o seu ikigai?

Talvez o segredo não esteja apenas em viver muitos anos.


Mas em viver com leveza, sentido e pertencimento como o Japão vem nos mostrando. -


#Longevidade #Ikigai #Japão #ZonasAzuis

#EstiloDeVidaSaudável #Moai

#EnvelhecimentoAtivo

#VidaComPropósito #Intergeracionalidade

#corresponsabilidade #SaúdeIntegral

#Sociedade Para Todas Asidades

#LongevidadeComSentido


Fontes de apoio:

Buettner, Dan. Zonas Azuis (National Geographic)

Organização Mundial da Saúde (OMS)

Japan Gerontological Evaluation Study

Okinawa Centenarian Study

sábado, 31 de maio de 2025

A Cela do Coração!

 



A Cela do Coração

Por Abilio Machado 

Todas as manhãs, no silêncio onde os pensamentos ainda bocejam, o coração desperta. Não com o vigor de outrora — quando pulava do peito ao menor suspiro — mas com a lentidão de quem sente o peso das grades ao redor. Ele está preso. Trancado em uma cela invisível, feita de memórias mal digeridas, de promessas quebradas e silêncios que nunca deveriam ter sido deixados sem tradução.


— Me tira daqui — ele sussurra, rouco, ao cérebro, que vigia do alto da torre do raciocínio.


O cérebro ouve. Sempre ouve. Mas raramente responde. Naquela manhã, porém, talvez por cansaço ou compaixão, ele resolve quebrar o protocolo.


— Não posso — diz, seco. — É para o nosso bem.


O coração estremece. Ele sabe que o cérebro é lógico, cirúrgico, frio como bisturi. Mas ainda assim, espera por uma brecha. Afinal, o que é viver sem sentir?


Ali dentro da cela, o coração guarda seus pecados: o amor que implorou para ficar quando já era tempo de ir, os erros repetidos em nome de paixões incuráveis, as palavras que disse sem pensar e as que nunca ousou dizer. Ele não é inocente. Mas também não é vilão.


— Você me prometeu proteção, não exílio — protesta.


O cérebro respira fundo. Em sua mesa imaginária, exibe gráficos emocionais: noites mal dormidas, lágrimas em silêncio no banheiro, mensagens deixadas sem resposta. Mostra estatísticas frias: a cada entrega sem cautela, uma ferida; a cada empolgação desenfreada, uma decepção.


— Você sente demais — sentencia. — E quando sente, desmoronamos.


O coração se recolhe. Fica em silêncio por horas. Mas, como todo prisioneiro que ainda carrega esperança, ele persiste.


Lembra-se da vez em que amou sem medo, ainda que tenha doído depois. Da alegria genuína ao ouvir uma música que parecia cantar sua história. Do abraço inesperado que curou o que palavras não conseguiam.


— Mas... e a vida? — ele pergunta. — Quem vive atrás das grades, sobrevive, mas não vive.


O cérebro hesita. Ele não é cruel. Só tenta evitar o colapso. E essa é a ironia: enquanto o coração quer amar, o cérebro quer proteger. Um pede liberdade, o outro segurança.


Talvez, um dia, se entendam. Talvez encontrem uma ponte entre sentir e pensar — um lugar onde o amor não seja sentença e o medo não seja juiz. Mas por enquanto, o coração segue preso, ainda que com a chave do lado de fora. E o cérebro, guardião relutante, segue dizendo:


— Ainda não. Não hoje.


=========================================

Psicoterapeuta Abílio Machado

Psicólogo (CH) | e Terapeuta Integrativo Corporal

Pós-graduado em Neuropsicopedagogia (ICH) | Avaliação Psicológica e CFS .

Especialista no ensino de Artes, Filosofia e Teologia

Pós-graduando em Psicanálise, Psicoterapia e Psicopatologia do Adolescente


Com um olhar sensível e integrativo,  atuo no acolhimento de histórias complexas e na escuta profunda das dores humanas, promovendo espaços de reconstrução emocional e autoconhecimento. Meu trabalho transita entre a ciência, a espiritualidade e a arte — sempre guiado pelo respeito à singularidade de cada indivíduo.


terça-feira, 27 de maio de 2025

Quem Seremos Quando Formos Silêncio?!

 



Esta crônica é uma análise de um poema que achei de profundidade psicológica,  claro tem uns acréscimos sutis, meus pensamentos e um pouco dos estudos que venho fazendo dentro das sensações, pensamentos e comportamentos nestes anos. Há camadas filosóficas e psicológicas, pensamentos com referências integradas naturalmente... pois argumentos embazados creditam ou avalizam minhas letras juntadas em frases e orações...

O poema:

Quem? 

Aqui jaz uma dama de extrema beleza, 

Era suave nos passos e no coração 

Acho que era a mais bela dama 

Que já houve em todo o Oeste. 

Sua beleza desaparece; a beleza é passageira;

 Por mais rara, por mais rara que seja; 

E quando eu desaparecer, 

quem se lembrará desta dama do Oeste? 

Walter de la Mare

Minha crônica:


"Quem seremos quando formos silêncio?"

Por Abilio Machado 


Aqui repousa alguém. Não importa o nome, o rosto ou a época. Apenas alguém.

Alguém que um dia caminhou com leveza, acreditou na beleza, e, por instantes, sentiu-se eterno.

E então passou.

A transitoriedade da vida não é só um fato biológico, mas um fardo existencial. Envelhecer, perder, esvaziar-se: tudo isso é parte do currículo oculto de viver. Aprendemos a andar, a falar, a produzir. Mas não aprendemos a terminar. Não nos ensinaram a morrer em paz – nem a deixar ir o que amamos com leveza no coração.

Por isso a beleza nos dói tanto. Não por ser bela, mas por não durar. O poema de Walter de la Mare revela isso: a beleza, por mais rara, se dissolve. E com ela, uma parte nossa também se desfaz. É como se cada rosto que o tempo leva carregasse um pedaço da nossa memória emocional.

A fotografia, esse artifício moderno, não captura a alma — apenas a detém por um segundo antes de escorrer entre os dedos da eternidade.

Rever imagens antigas de nossos pais, avós, ou de artistas que um dia foram símbolos de vitalidade, é como olhar para espelhos que sussurram: “isso também passará contigo”.

Mas será que isso é apenas perda? Talvez não.

A velhice, essa grande niveladora, nos torna iguais não pela decadência, mas pela revelação: todos temos um fim e, portanto, todos temos um valor. Quem chegou ao auge — mesmo que só por um instante — já viveu algo extraordinário.

Erik Erikson, psicólogo do desenvolvimento, chamou isso de "integridade do ego": a última etapa da vida, em que se espera olhar para o vivido com um senso de completude, e não de desespero. Mas isso exige coragem. A coragem de não negar a decadência, mas aceitá-la como a assinatura do tempo nas obras mais humanas.

Somos herdeiros do silêncio de nossos antepassados.

Não lembramos seus nomes, mas carregamos seus traços, seus medos e esperanças. Sentimos como eles sentiram, amamos como eles amaram, tememos como eles temeram. E, no entanto, acreditamos que somos os primeiros a viver tudo isso.

Não somos.

A condição humana é um ciclo contínuo de perguntas não respondidas e belezas passageiras.

E, daqui a 200 anos, quando ninguém lembrar dos nossos rostos, talvez alguém ainda repita:

"Quem se lembrará do que fui, quando eu desaparecer?"

O sol já viu tudo — e não guarda nada.

A eternidade não coleciona lembranças, apenas continua.

Mas talvez, num plano mais amplo, onde o tempo não mede, nem separa, nos reencontremos.

Não como corpos que cessam, mas como consciências que despertam.

Como diria Carl Jung, “A vida não vivida é uma doença da alma.” Talvez este ciclo que chamamos vida seja apenas um estágio de formação — uma incubadora para a consciência.

Como alunos que, ao fim da última aula, saem pelas portas da escola não tristes, mas aliviados.

Talvez descubramos que a vida era só isso:

Uma breve sala de aula, onde aprendemos a amar o que passava, e a aceitar que o fim, no fundo, era só uma vírgula — antes de algo muito maior.


Referências integradas:


Walter de la Mare (poeta original citado: Quem?) 

Erik Erikson – Psicologia do Desenvolvimento (Teoria Psicossocial) 

Carl Gustav Jung – Psicologia Analítica (conceito da individuação e da vida não vivida) 




análise precipitada

A professora chama os pais com urgência para a escola.Os pais Perguntaram ao filho o que havia acontecido , o filho responde que a professo...